Fire & Blood

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O DIA DA GUERRA CHEGOU MAIS CEDO DO QUE O PLANEJADO. Daenerys Targaryen despertou com a seguinte notícia: Jaime e Tyrion Lannister haviam fugido. Não se sabia que planos os irmãos possuíam, e não poderiam se dar ao luxo de aceitar qualquer risco. Assim sendo, eles imediatamente arrumaram tudo o que precisariam e marcharam.

Os Dothraki e os Imaculados seguiram por terra, sendo guiados por Arya Stark e Sandor Clegane descendo o Norte. Os demais zarparam em seus navios e na frota de Theon Greyjoy, a caminho da Baía da Água Negra, descendo pela área Leste. E ainda possuíam o apoio de Dorne, que marchava caminho acima. O cerco estava se fechando para Porto Real, que seria atacado por todos os lados, mas do alto da Fortaleza Vermelha, Cersei não demonstrava nenhum tipo de receio.

Dias se passaram até os caminhos serem entrelaçados, e aconteceu de maneira baixa e injusta, exatamente da forma que Cersei gosta de jogar. Daenerys viajava junto a seus dragões, aproximando-se de Pedra do Dragão, sendo seguida por sua frota de navios e a frota de Theon. Foi de maneira súbita que uma lança pesada e longa cruzou o céu, acertando a asa direita de Rhaegal e formando um buraco ali. Dany não entendeu o que havia acontecido, mas logo se colocou em pavorosa, ordenando que os dragões recuassem em diagonal. Mais lanças se seguiram, mas nenhuma delas pôde acertá-los. Só então ela viu: a frota de Euron Greyjoy.

Enormes navios escuros com imagens de lula rasgando o mar se apresentam com máquinas à sua proa, semelhante à besta relatada por Daenerys e que ela tanto teme. A frota de Euron Greyjoy, conhecida como Silêncio, chega mais uma vez de maneira sorrateira, e é de difícil percepção, já que o casco dos navios se confunde com as águas escuras e traiçoeiras. Foi um ataque surpresa.

Notando que não conseguiriam mais acertar os dragões, Euron logo tratou de apontar suas armas para os navios, afetando e destruindo parte da frota de seu sobrinho. Ninguém estava preparado para isso, então não sabiam como reagir. Os navios traseiros trataram de desviar o percurso, procurando evitar o combate. Os navios a frente não tiveram escolha: precisaram contra-atacar.

Daenerys viu-se enfurecida ao observar o pouco de homens e navios que possuía perdidos ao mar. Isso sem falar em um de seus dragões, que voava com um pouco de dificuldade agora com a asa machucada. Sua vontade era de sobrevoar a frota de Euron e coloca-los em chamas, mas tentou se manter racional. Enquanto fugia, ela observou. Observou muito bem os navios.

Enquanto Theon e os demais buscaram por refúgio em Pedra do Dragão, Daenerys seguiu com seus filhos até a entrada de Porto Real, onde seus soldados já estavam se alinhando. Procurou manter distância, já que a muralha estava abastecida com as mesmas máquinas antidragão, as arbalestes. Pousou atrás da formação de Imaculados e foi ter com Jorah.

"Acabamos de sofrer um ataque", avisou sua Mão.

"O quê? Como isso aconteceu? Não é possível!"

"Você vê aquele buraco na asa de Rhaegal?" apontou Daenerys, quase sem separar os dentes. "Eu quero ver aqueles navios em chamas e aquelas máquinas destruídas! Se mais algum dos meus filhos se machucar, eu irei derrubar aquela Fortaleza!"

"Acalme-se, por favor, Khaleesi. Lembre-se do seu propósito".

"Vocês alcançaram os irmãos Lannister?"

"Nós não os vimos", expirou Jorah.

"E quanto a Arya? Clegane? Onde eles estão?"

"Eles se infiltraram com sucesso durante a noite. Em breve, iniciaremos a negociação".

Enquanto isso, na Fortaleza Vermelha, Cersei descia acompanhada por seu Protetor, Gregor Clegane, e sua Mão, Qyburn, a quem perguntou: "como receberam nosso recado?"

Game of Thrones: Reescrevendo a Última TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora