Capítulo 1 Prólogo

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Michelle

Michelle

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Lauren

   Pov Lauren

Nova York, Estados unidos era onde eu me encontrava, estava nevando, a temperatura estava abaixo de zero, meu bendito cigarro era a única coisa que me esquentava, minhas roupas velhas e o meu cachecol caindo aos pedaços não facilitava o meu caso. Não tenho dinheiro nem pra me alimentar, imagina a honra de comprar roupas novas. Já começo contando os problemas da minha vida, Meu nome é Lauren Jauregui, tenho 25 anos, sou formada em gastronomia, mas atualmente estou desempregada, e nesse momento estou entregando currículos pelo centro da cidade ou tentando entregar

- eu não posso aceitar - Disse o homem alto, com um terno caro, com uma pinta de galanteador e um sorriso branco, digno de comercial de creme dental, parece um ator de cinema. Esse rapaz é dono da cafeteria que ele não me deixou nem ao menos entrar, me recebeu aqui mesmo na porta, viu pelas paredes de vidro que eu estava chegando, então logo abriu a porta antes de mim e perguntou o que eu queria. Muita ousadia minha querer trabalhar em uma cafeteria na times Square, esse lugar são três do meu apartamento

- por favor, ao menos dê uma olhada, eu sou formada em gastronomia - ele riu, não era a primeira e nem a última vez que riram quando digo que sou formada em gastronomia, os olhares descriminatórios caem sobre em mim como uma facada no peito, só queria uma chance, uma chance de provar que eu sirvo pra alguma coisa

- e eu sou um mendigo - ele não era um mendigo, e mesmo que perdesse tudo poderia vender o seu terno, compraria casa comida e roupa lavada. O rapaz saiu de dentro da cafeteria colocou suas mãos no bolso e me encarou com um tom de superior - Escute-me, eu não estou nenhum pouco afim de dar esmolas, eu não faço caridade, então vá pedir pra outra pessoa, vá pra outro lugar, porque sendo sincero...aqui todos são melhores que você, e aqui eles não tem pena de ninguém, eu não tenho nenhum pouco. Então vê da o fora daqui

- você não quer dar nem uma olhada no meu currículo? você tem ideia de quantos quilômetros eu tive que percorrer até pra vir até aqui?

- não me importa, é muita audácia você vir aqui me pedir emprego, isso não é uma caridade, eu não dou comida de graça, com roupas assim e esse cabelo tão mal hidratado vai acabar espantando os meus clientes, você está suja e mau vestida, se olhou hoje no espelho ou nem pra isso você tem condições. Mas pra mostrar que eu não sou tão mal assim vou te dar um agradinho - ele bateu no vidro chamando a atenção de uma funcionária que logo veio ao seu encontro, ela também estava bem vestida, e olha que aquela roupa era do trabalho

- sim?

- Liza, traga café, café preto, o mais simples, traga em um copo descartável pra mim, nada do copo da cafeteria, essa garota aqui não conseguiria pagar nem pelo copo - ela entrou na cafeteria e depois de alguns segundos ela voltou com o café - pegue, já vou pro céu depois dessa caridade - peguei o café da sua mão, ele tinha um cheiro tão bom, faz tantos dias que não bebo café, estou a mercer disso já que sou fumante, precisava tanto disso, sou tão viciada em café e por alguns dias ele foi a única coisa que me manteve de pé, a única coisa que teve no meu estômago, e agora faz dois dias que eu não como nada

FalseWhere stories live. Discover now