II Capítulo - 6 II

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MATIAS

Não escuto nada do que me falam, na minha mente só aparecem planos para que eu suma dali o mais rápido possível. Não era assim que planejei que ela visse o que carrego em meu peito além, do amor que sinto por ela.

Um plano, eu tinha tudo arquitetado, reconquistá-la era o primeiro deles. Quando fiz essa tatuagem talvez tenha sido por impulso, mas foi a forma que encontrei de mantê-la sempre comigo. Foi um presente de formatura, o presente para ela, onde, com isso, mostraria todo o meu amor.

O casamento do meu irmão foi a melhor forma de esclarecer as coisas para mim e depois que o Lucas pediu uma chance para a Rose, tive a certeza de que eles realmente não estavam juntos, claro, apesar de viverem grudados um no outro, o que o meu irmão e amigos falavam era real, somente amizade.

A intenção era chegar de mansinho, aos poucos indo me aproximando, resgatando a confiança dela e assim pedi-la em namoro, imaginem a cena, todos os nossos familiares reunidos e, eu pedindo permissão para o meu padrinho para namorá-la. Ela seria a minha Peste eu o seu Marrento.

E com o tempo, que eu esperava não ser muito longo as coisas iriam acontecendo e aquela reação dela não seria como foi.

Mais, como tudo em minha vida é uma loucura, eu nunca tenho escolha e o destino foi lá e passou por cima de mim como uma carroça desgovernada, mas não será a primeira e muito menos a última vez que isso acontecera, então, só preciso colocar tudo no lugar para estar pronto para reconquistar o grande amor da minha vida.

Minhas malas já estavam arrumadas, eu corri como um menino escada acima, tomei um banho rápido, me arrumei, chamei um táxi e segui para o aeroporto, dessa vez não estou fugindo apenas estou com presa de deixar tudo organizado em minha vida para depois somente me preocupar com ela e nada mais. Assim que me despedi dos meus pais, não os deixando falar nada, pois meu pai não estava com cara de bons amigos. Enviei uma mensagem para Daiane ir direto para o aeroporto.

*****

— Você está bem, Aragon? – Estou com a mente tão longe olhando pela imensa janela quando sou tirada dos meus devaneios.

— Ela viu a tatuagem. – Desabafo.

— Puta que pariu, e o que você faz aqui? – Eu a olho e inspiro um pouco de ar.

— Ela foi pega desprevenida, paralisou, então, resolvi voltar para casa e organizar tudo, sei que posso contar com você e o Carlos para cuidarem das coisas por uns dias para que eu possa ter um tempo somente para ela. – Ela sorri e segura minha mão.

— Sempre! Você sabe que tem totalmente o meu apoio, Aragon? – Eu sorrio confirmando com um meneio de cabeça, beijo seu rosto e volto a olhar para os aviões que chegam e saem do imenso pátio, até que nosso voo é chamado.

Chego em casa e tudo é tão frio, nem a linda paisagem do mar me anima, deixo minha mala em um quanto e coloco meu celular para carregar assim que envio uma mensagem para minha mãe avisando que cheguei bem e ignorando todas as outras mensagens e ligações. Caio na cama e tento dormir, a única coisa que quero é colocar minha cabeça no lugar para não errar novamente, não me permitirei agir com imaturidade desta vez.

*****

Acordo cedo, bem antes do horário que costumo acordar, visto meu corpo com um moletom, passo pela cozinha, coloco a cafeteira para trabalhar e vou correr e fazer meus exercícios matinal, não consigo ficar sem esse momento no meu dia.

Após uma hora volto para minha casa, faço minha barba deixando meu rosto limpo e sério, pois hoje tenho algumas reuniões com novos investidores, que faram com que as corridas que promovo cresça ainda mais. Um meio das pessoas usarem o dinheiro deles de uma forma beneficente. Todo o dinheiro arrecadado é para ajudar instituições que fazem o bem para pessoas carentes, pessoas que realmente precisam. E cada corrida, não é somente diversão para os que amam a velocidade em quatro rodas, mas para os que querem fazer o bem.

PERFEITO PARA VOCÊ! LIVRO 2 - Duologia PerfeitosWhere stories live. Discover now