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3 dias depois.

Alanna.

Hoje era sexta feira e eu já estava com tudo pronto para ir viajar com Michel, estávamos na casa dele deitados na cama, íamos sair de madrugada e enquanto não dava a hora eu enchi a mente dele pra gente vir deitar.

—A gente vai ficar em um hotel? – pergunto enquanto ele descansava a cabeça no meu ombro.

— Não, vamos ficar na minha casa!

— Você tem uma casa lá? – pergunto surpresa.

— Tenho, minha vó sempre vai pra lá, deixa tudo em ordem! – ele diz.

— Caraca vou começar a traficar pra mim comprar pelo menos minha geladeira! – falo e ele ri.

— É só você pedir, eu te dou até duas! – ele diz me dando um selinho.

— Não, obrigado, aquele anel já paga um apartamento todo mobiliado! – falo e ele ri.

— Eu te dou tudo loirão, esse teu sorriso não tem preço não! – ele diz me deixando surpresa e eu sorrio involuntariamente.

Michel.

Nunca pensei que ia ficar amarradão em uma mulher de novo igual eu tô agora, vive me pondo contra parede, da uns surtos, é louca e mesmo assim me deixa amarradão. Vai entender!

Quando pedi pra minha mãe comprar o anel para ela eu pensei que poderia estar sendo precipitado, pra mim é um barulho de respeito ta ligado, mas vi que não, tava na hora mrm.

Até hoje só dei um anel para a mãe do meu filho e para Juliana, que na verdade foi um vacilo do caralho. Não por ela, mas pelas minhas atitudes, tava com ela fazia um tempinho, ela quase tinha rodado por culpa minha e eu queria agradar, dei o anel pra ela e no mesmo dia, no mesmo lugar, comi a vagabunda da Lorena, que vive pegando de amiga dela sonsa pra caralho, da mesma raça que eu!

— Você já deu um anel pra outra mulher Michel? – Alanna pergunta do nada me tirando dos pensamentos.

— Tá querendo caçar osso no passado pra que? – pergunto passando a mão no rosto.

— Me responde!

— Pra que tu quer saber disso cara? o que vai mudar? – pergunto e ela da os ombros. Mulher é um bicho do caralho mrm!

— Só curiosidade! – ela diz.

— Curiosidade mata!

— Eu vou matar você se não me responder! – ela diz brava e eu dou risada puxando ela para mim.

— Só dou essa barulho pra quem eu me amarro ta ligada? não me amarro em qualquer uma! – falo.

— Hum, então sou exclusiva? – ela pergunta e eu sorrio.

— Lógico que tu é loirão, sempre foi! – falo dando um beijo em sua boca.

(...)

De madrugada encontrei com os moleques pra gente planejar o caminho até a área, depois de tudo combinado eu voltei pra casa pra buscar a Alanna, ela estava deitada no sofá dormindo, toda encolhida com os cabelos no rosto.

— Acorda loirão, vambora! – falo tirando os cabelos do seu rosto e ela se mexe.

— Pensei que ia me deixar aqui, já tava preocupada! – ela diz se sentando.

— Tô vendo sua preocupação dormindo aí! – falo e ela ri.

Peguei as minhas coisas e as dela e coloquei no porta malas do carro, a gente entrou no carro e ela logo desceu o banco, e virou pro lado fechando os olhos. Liguei o carro e parti pra área, o carro do Gabriel tava logo a frente do meu e o D2 na frente do dele, qualquer coisinha era bala, operação tem que ser seguida na risca ainda mais por que D2 tá no meio!

Pista tava tranquila, chegamos na área e eu estacionei o carro acordando a bela dormecida.

— Já chegamos? – ela pergunta assustada e eu ri.

— Não cara, tamo nem no meio do caminho ainda. Levanta daí que o jatinho tá esperando! – falo destravando as portas e ela da um pulo do banco me assustando, mulher maluca!

— Jatinho? Caralho! – ela diz saindo do carro e eu sai em seguida.

Tinha dois jatinho, um estava com as drogas e era nesse que eu teria que ir junto com o Gabriel, D2 ia no outro com a mulher e as filhas dele. A mulher que cuida das coisas dentro do avião veio até a gente e disse que cuidaria das nossas malas, agradeci e peguei na mão da Alanna indo pro jatinho.

— Vambora! – falo.

Ela entrou na minha frente toda emocionada e deu um grito quando viu a mina do Gabriel, dei nem bola, essa mulher só pode ser louca de estar gritando essas horas.

— Alanna porra, senta! – falo puxando ela que sai de perto da garota e se senta ao meu lado.

A mulher que pegou nossas malas entrou no avião, percebi que Alanna não foi com a cara dela, sei nem por que. Falar nisso tá cada dia pior, nesses três dias que passaram deu mas de dez surtos de ciúmes, as vezes penso que tenho o dom de deixar as mulheres malucas por que é a única explicação!

— Se vocês sentirem fome podem me chamar, e esse fone é liberado, em casos de dores de ouvido, coisas do tipo! – a mulher diz apontando para os fones.

— Como coloca esse barulho aqui? – Gabriel pergunta todo atrapalhado.

— É assim! – a mulher pega o fone de ouvido que estava do meu lado e se abaixa na minha frente fazendo seus seios ficar na altura dos meus olhos, ela aperta um botão e posiciona os fones no meu ouvido se reerguendo logo em seguida.

— Ata, agora aprendi, aprendeu Michel? – Gabriel pergunta rindo e eu nem tive coragem de olhar pro lado.

— Se tiver duvid.. – antes que ela a mulher termine a frase Alanna a interrompe.

— Se ele tiver dúvida pode deixar que EU ajudo ele, não tem nenhum jumento aqui que não sabe colocar um fone.. só o Gabriel, se tiver que ensinar ensina para ele! – Alanna diz cheia de marra e eu aperto seu braço ganhando um beliscão logo em seguida.

— Não precisa ensinar nada não! – Millena diz negando.

— Enfim, vou estar lá dentro! – a mulher diz sem jeito saindo dali.

— Tá maluca cara, deixou a mulher toda sem jeito! – falo olhando para Alanna que estava de cara fechada.

— Na hora que enfiar os peitos na sua cara ela não tava né e você é outro idiota! – ela diz me olhando feio.

— Eu não fiz nada!

— Esse é o problema!

— Tu é maluca, surta do nada, parece que é louca! – falo olhando pra janela e ouvindo a risada do Gabriel e da Millena.

— Sou, sou muito louca, você não viu nada! – ela diz virando a cara pra mim.

Cheia de ciúmes, k.o nenhum, é toda minha!

Alanna | Contramão [Em Revisão] Where stories live. Discover now