ㅡ Me acompanhem até a minha sala. ㅡ Uma voz grave e velha veio chamar os dois cobertos de purê.
Os olhares curiosos de todos já corriam até a cena
O garoto estranho e Karina estavam sendo chamados pelo diretor
Os dois adentraram à sala
e sentaram-se
Eric parecia bastante nervoso
Enquanto Karina prosseguia sua sessāo de expressões faciais enojadas
ㅡ Peguem! ㅡ O homem de cabelos brancos e bigode entregou-os um frasco de lenços umedecidos.
ㅡ O-obrigado. ㅡ Eric agradeceu.
ㅡ Agora...poderiam me explicar que escândalo foi aquele no refeitório?
ㅡ Diretor Maia...eu...eu estava quieta no meu lugar quando esse...esse esquizofrênico atirou purê de batata em mim. ㅡ A menina disse dramática.
O diretor olhou sem entender para a garota que falava escandalosa quase em lágrimas. Em seguida, olhou para o garoto menor que permanecia calado com os lábios tremendo.
ㅡ E você? Nāo vai dizer nada? ㅡ pressionou o menino.
ㅡ É...mas..é...eu... ㅡ O garoto tentava falar, mas sua voz era quase inaldível e ele parecia nāo conseguir dizer nada.
ㅡ É verdade o que ela está falando, menino? ㅡ O homem pergunta rígido.
ㅡ Diretor...eu acho que essa escola nāo deveria receber pessoas com transtornos...aqui é uma escola normal, nāo temos como lidar com pessoas...
ㅡ Diretor! ㅡ A porta abriu-se de uma vez.
ㅡ Eu estou ocupado agora, deveria bater antes de entrar. ㅡ O homem disse sério e rígido.
ㅡ Diretor ela está mentindo! ㅡ A voz prosseguiu com maior fervor.
ㅡ O que? ㅡ O homem arqueou a sobrancelha.
ㅡ O que você está fazendo Mattheo? ㅡ A garota sussurrou entredentes.
ㅡ Eu agradeço a sua tentativa Mattheo... mas nem o próprio garoto disse nada. ㅡ Inferiu o diretor.
ㅡ Eu...eu, eu só esbarrei nela. Ela...ela j-jogou purê em mim e gritou c-comigo!!! ㅡ O garoto menor levantou-se nervoso e começou a falar rápidamente.
ㅡ Mas o que é que está dizendo??? ㅡ A loira arregalou os olhos.
ㅡ É verdade o que ele disse diretor. ㅡ Outra voz ouviu-se em seguida.
ㅡ Até você Roberta? ㅡ Karina ralhou.
ㅡ O garoto é tímido, você não devia se aproveitar do jeito dele pra tirar pouco, Karina! ㅡ A morena cacheada prosseguiu.
Eric nāo entendia o porque de estarem defendendo-o, mas mentalmente agradeceu.
ㅡ Isso está uma confusāo. Como é aluno novo e está se adaptando eu deixarei passar dessa vez, mas saibam que da próxima eu irei ligar para os pais de vocês! Isso é uma escola, nāo um lugar de baderna. - O homem dizia ao mesmo tempo que sentava-se na poltrona giratória enquanto segurava firme uma caneta. ㅡ Saiam da minha sala. ㅡ Ele disse e todos se retiraram dalí.
Eric se levantou ainda sem entender direito o porque parecia que Karina o queria tāo mal. Nāo tinha motivo nenhum! Só porque era diferente? Ah, nāo podia ser.
Ele se sentia triste e ao mesmo tempo confuso. Se ele ainda tivesse seus tutores nada disso estaria acontecendo. Malditas relacões sociais!
ㅡ Ei! ㅡ Uma voz o chamou novamente quando ele saiu de cabeça baixa e mente flutuante da sala apertada do diretor. ㅡ Você está bem?
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Querido Diário
FanfictionDiagnosticado com autismo, Eric é rejeitado pelo pai ainda criança e acaba sendo educado em casa, crescendo antissocial e metódico. Após uma crise financeira, ele e a mãe se mudam para outra cidade, e agora ele terá que frequentar a escola pela prim...
