A investigação pessoal de Marinette

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Hoje pela manhã o período de aula era livre. Chamei Alya para estudar física comigo, visto que eu estava claramente precisando. Porém a minha melhor amiga disse que precisava discutir a sua estratégia para provar que o Félix é o Chat Noir com o Nino. Logo fui abandonada.

Kim estava jogando basquete com Ivan e Alix. Juleka e Rose estavam compondo músicas, enquanto Nathaniel desenhava na sala de artes. Max e Mylene estavam na informática. Chloé e Sabrina nos sofás da biblioteca mexendo no celular. Lila não sei e nem quero saber. E Adrien está vindo na minha direção agora.

Espera... Adrien está vindo na minha direção agora!

- Posso? – apontou para o lugar na minha frente e eu assenti – Alya me disse que você queria estudar física.

- Sim. Mas ela me trocou pelas paranoias dela de que Félix é o Chat Noir. – o loiro riu.

- Posso estudar com você, se quiser. Sei muito sobre física, corpos e essas coisas. – se aproximou com um sorriso sugestivo e eu recuei assustada, logo ele riu – Brincadeira. Mas sim, eu gosto de física. – fiz uma careta – Eu sei, eu sei. Realmente não é muito comum encontrar pessoas que gostam de física. Mas o que posso fazer? Ela é incrível! – rapidamente lembrei de Chat Noir.

- Acho que você exagerou. Mas vou relevar, porque realmente preciso estudar.

- Tá bom. Vamos começar.

Adrien começou a me explicar alguns conceitos e até fizemos alguns exercícios. Por um milagre eu consegui prestar atenção no conteúdo e não no rosto incrivelmente lindo do loiro.

- Ei, olha ali. – Adrien cochichou e apontou com a cabeça para o fundo da biblioteca, aonde Félix se dirigia. – O que acha de darmos uma espiada?

- Acho ótimo. – trocamos olhares determinados e levantamos tentando parecer discretos.

Félix entrou no penúltimo corredor de livros e eu e Adrien passamos por ele e fomos no último.

Comecei a observar ele entre os livros da prateleira. Félix estava de costas para nós e escolhendo o que iria pegar, enquanto cantarolava uma melodia baixa. Quando ele virou na direção da prateleira em que estávamos, eu e Adrien nos abaixamos rapidamente.

- Eu acho... Que vi um anel na mão dele. – Adrien cochichou e eu arregalei os olhos.

- Não é possível!

- Eu sei, não tem como ele ser o Chat Noir. Isso é só uma coincidência. – falou com certeza.

Félix parou de mexer nos livros e então levantamos para ver se ele já tinha ido embora ou se ainda estava ali. Meus olhos percorreram o local e pelo alcance da minha visão, não havia mais ninguém ali.

- Ele já... – antes que eu terminasse a minha fala, Adrien segurou o meu pulso e me colocou de costas para a prateleira. Em seguida aproximou seu corpo do meu. – O que...

- Bem que eu tinha escutado alguma coisa. – olhei para o lado, vendo Félix parado na frente do corredor – Vão para um quarto, seus idiotas. Aqui não é lugar de fazer esse tipo de coisa. – revirou os olhos e saiu.

Adrien soltou a respiração que estava prendendo e se afastou.

- Me desculpa por isso. É que eu consegui escutar ele se aproximando e tive que pensar rápido pra ele não achar que estávamos espionando. – assenti ainda abalada pelo que tinha acabado de acontecer. – Acho melhor irmos para a aula, o período livre já está acabando.

- Ok. – respondi simples e saí atrás dele.

Quase tive um ataque há alguns segundos com a aproximação de Adrien. Não se pode fazer uma coisa dessas. Deveria ser considerado crime.

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