SEGUNDO

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Não é impossível, é possível, você só não quer se magoar tentando.
-Yasmin Souza

Alice narrando

-Você acredita? - pergunto para minha "namorada"

Ai vocês me perguntam, "porque as aspas?" então deixa eu explicar:

Kimberley não é minha namorada, não oficialmente, mas nos tratamos como se fosse, entenderam? Ficamos, mas nada sério.

Estamos mais pra melhoras amigas, sim, melhores amigas, porque confio minha vida a ela, e sei que é recíproco.

Kim apareceu numa fase da minha vida muito difícil, ela me ajudou, cuidou de mim, e foi a pessoa que me salvou, se estou aqui, fazendo o que faço (a contragosto dela) foi porque ela me salvou. Devo minha vida a ela.

*Voltando ao agora*

-Não _ ela responde pasma tanto quanto eu, ao saber do caso dos fornecedores folgados _ eles não tem medo não?

-Não tinham, porque souberam que a dona é uma "mulher indefesa" _digo essa ultima parte com sarcasmo e ela ri com malícia.

-Você não parece uma mulher indefesa na cama, señorita.

-Não me provoque Kim _digo já estacionando o carro na garagem de casa.

-Se não o quê? Hum... _ela vem pro me colo e sussurra no meu ouvido: _ eu sempre quis foder dentro de um carro.

*duas hora depois*

-

Você tem certeza? _pergunto a Kim que está segurando uma glock dourada metálica.

Estamos dentro de uma casa de armas, mas especificamente na sala de treinamentos.

-Sim eu tenho.

Ela diz concentrada em acertar seu alvo que está a aproximadamente a uns dois metros de distância.

Ela fecha o olho direito, mira, e atira.

-Será? _ela me pergunta apreensiva dou de ombros e vou até lá, e vejo que ela conseguiu acertar.

-Conseguiu_ falo emburrada, enquanto ela da pulinhos e me abraça.

-Vai ter que lutar comigo, e vai perder, vai durar nem cinco minutos_ fala me provocando.

-Eu? Tem certeza? Aiai, é o que vamos ver.

Andamos até a sala de lutas e entramos, fazemos a reverência em sinal de respeito e pisamos no tatami.

Eu tiro minha jaqueta, ficando assim só de legue e cropped, me abaixo para tirar meus conturnos, e a vejo fazer a mesma coisa.

Andamos até o meio do tatami nos comprimentamos e falo:

-Aqui não somos amigas, ficante, nada, somos rivais que querem ganhar, ok?

Ela revira os olhos em resposta, e quando vou começar a contar ela vem para cima de mim, quase me dando um soco de direita que desvio no último segundo.

-Filha da put4 _ falo dando um soco no estômago dela que cambaleia para trás.

-AII _ela respira fundo e vem pra cima de mim.

Fingi que vai me dar um soco, flexiono o joelho, ela se aproveita disso pega impulso e me dá um chute na minha cabeça fazendo eu da um mortal e cair deitada, sem conseguir levantar.

-Você é muito má _ falo rindo e me arrependendo logo depois _ai.

-Eita, você esta bem? Mongre?

Reviro os olhos e me sento, estico as mãos e ela me ajuda a me levantar, passa meus braços por seus ombros, e me auxilia a sair da sala me levando até o carro.

Ela dirige e para no supermercado, ela se vira pra mim e me olha com culpa, sorrio a tranqüilizando.

-Vou comprar chocolates, pipocas, salgadinhos, refrigerantes _ela pensa um pouco _que tal fazermos um bolo?

-Vai ser ótimo _sorri nostálgica e sorrio junto, me lembrando da melhor época de nossas vidas_ como nos velhos tempos?

-Como nos velhos tempos_ ela afirma sorrindo mas vejo que ela esta emocionada tanto quanto eu _quer mais alguma coisa?

-Sorvete, um pote só de morango para mim, quando chegarmos em casa, te reembolso.

-Como se eu precisasse_rimos.

Ela desce do carro dá a volta, e entra no supermercado, enquanto fico no estacionamento, pego meu celular e começo a mexer, quando enjôo dele, olho para o retrovisor e vejo um Dodge preto, e fico imaginando quem seria o louco de ficar dando bandeira com um carro desses, dou de ombros contendo minha vontade de ir lá olhar.

Trinta minutos se passa e nada da Kim voltar, fico intrigada, mas acabo lembrando que estamos em um mercado grande e popular, então tem muita fila, já que todos os carros de quando eu cheguei, ainda estão aqui, inclusive o Dodge.

O olho pelo retrovisor, não me contenho e acabo descendo do carro.

Caminho até ele e passo a mão na lataria e digo sem querer:

-É lindo.

Depois é tudo uma confusão, sinto meu corpo sendo empurrado pelo vento, mas vento não empurra.

Foi ai que a ficha caiu, o supermercado explodiu.

O

Supermercado

Explodiu

Explodiu

Explodiu

A palavra 'explodiu' ficou martelando na minha mente.

Quando recombrei meus sentidos um bombeiro estava falando, ou tentando falar comigo.

-Senhora, qual é seu nome?

Ele perguntou mas só sabia pensar em uma coisa, o mercado explodiu, a Kim estava lá dentro, não, não, não, não pode ser, a Kim não.

Olho pro bombeiro a minha frente, a visão embaçada, ele está me olhando, esperando a resposta.

-KIM! VOLTA POR FAVOR! AI MEU DEUS. ALGUÉM TIRA ELA DE LÁ, POR FAVOR _ digo começando a chorar copiosamente.

-O que ela tem? _um socorrista pergunta ao bombeiro a minha frente que esta me olhando como se eu fosse louca.

-Uma lesão no rosto, e outro no braço, causados pelos estilhaços de vidros.

-Ok, irei levar ela conosco_ ele falou e veio na minha direção com um potinho com um líquido dentro, quando chegou perto de mim, ele me olhou _vou leva-la para o hospital, tudo bem?

A única coisa que eu consegui fazer foi encarar-lo antes de apagar.

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La DiablaWhere stories live. Discover now