Um começo ... não tão simples

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Eu sempre gostei da água, desde que me lembro eu sempre gostei da água, quando meus tios me espancavam ou coisas desse tipo a água sempre me ajudo, curando minhas feridas tirando minha dor, está na água para mim é como está em casa de verdade, ela é como uma conselheira dizendo-me quando algo está errado, me consolando quando estou sozinho no armário abaixo das escadas no escuro, por isso não foi uma grande surpresa quando começei a respirar em baixo dela ou conseguí moldar e controlar a água em todos os estágios líquido, gasoso e sólido.

Então quando meu tio me atacou porque derrubei um prato após seu filho me empurrar, não foi estranho para mim ela ter me protegido impedindo o meu tio de me machucar, o fazendo ficar sem ar e quase morrer mais antes que morresse eu a controlei para parar, após esse dia tio Valter, tia Petúnia e seu filho Duda tem medo de mim e me ignoram, o que é ótimo pois posso sair e chegar quando quero, não faço mais as tarefas de casa e posso comer bem.

Nesse tempo eu começei a pensar sobre isso, para ver se existiu no mundo alguém como eu, fiquei viciado na biblioteca fazendo amizade com a bibliotecária que era uma senhora de idade avançada, conseguir um emprego como ajudante mesmo sendo una criança de nove para dez anos, eu era muito inteligente então ela me permitiu ajudar. Esse "emprego" me deu muitas regalias como poder pegar quantos livros quiser, e ter acesso  aos livros avançados que antes séria estranho ver uma criança carregando livros de psicologia, mais logo as pessoas que frequentavam a biblioteca se acostumaram então parei de chamar atenção.
Nesse tempo estudei tudo o que podia descobrindo então que a menos que eu fosse um semideus filho de Poseidon como Percy Jackson no livro, eu não fazia idea do que eu era afinal sereias se transformam na água, isso tudo pode parecer irreal para acreditar mais eu consigo respirar em baixo da água ou controla a água, então não tenho como excluir hipóteses loucas. Apesar  de não achar nada útil com meu caso em específico eu acabei me tornando muito bom com a manipulação, a leiruta de gestos e feições, até o modo de como se respirar, usando isso em várias pessoas para treinar e conseguí o que quero.

O tempo passou rápido logo todos do comércio perto de casa me adoravam, a dona do café mais chiquê me dava café da manhã grátis todos os dias, alguns donos de lojas de roupas me davam lindas peças, com lábia e carinha inocente sempre conseguia tudo, meu controle sobre a água aumentou de modo alarmante agora posso controla a água dentro do corpo das pessoas, descobrir isso ao está voltando para casa depois de sair da biblioteca e um homem nojento me agarrar e levar para um beco, no meio do desespero deixei minha garrafa com água cair no caminho, então quando ele tentou me beijar e tirar minha roupa um ódio mortal subiu pelo meu corpo, e consegui sentir a água em seu corpo,  conseguia ouvir seu coração batendo seus músculos flexionando, com isso me concentrei em contrário deu corpo e logo ele estava sufocando com o próprio sangue, depois desse acontecimento fiquei em choque por algums dias até perceber que a culpa não era minha eu apenas limpei o mundo de uma pequena escória insignificante,  com isso começei a estudar meus poderes e os limites.

Foi nessa época que descobrir que meus aparentemente "poderes" não estavam só ligados a água com concentração e leves balanços de mão conseguia levitar objetos, transformar coisas em outras, fazer coisas quebrarem,  luzes apagarem e acenderem, reduzir e aumentar o tamanho de objetos, e o melhor e mais interessante que descobrir naquele verão foi falar com as cobras.

Eu estava sentado próximo as árvores no parque perto de casa, lendo um livro quando escutei alguém reclamar de fome e de não poder sair para não ser vista, olhei ao redor mais não havia ninguém então ampliei meus sentidos e conseguir sentir a alguns metros de mim dentro de um arbusto um coração batendo,  mais com certeza não era humano,  decidi me acerca calmamente.

*O que esse humano está fazendo?...  Se ele se aproximar mais irei mordê-lo. * disse a criatura que não sabia qual era.

*Ei não precisa me morde, só estou curioso para saber, se era você que estava falando. * respondi na defensiva.

Azul Ultramarino.Where stories live. Discover now