21- " Namorando" (parte 2)

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Todos os dias as pessoas se desmoronam

Por nenhuma outra razão, além de alguém parar de tentar

E alguém parar de amar

Quem irá lutar por nós quando as costuras começarem a se abrir?

Eu vou

Porque eu te amo

( Bittersweet - Hanson)

Seu corpo no meu, é só no que consigo pensar enquanto folheio pilhas e mais pilhas de papéis.

Seu cheiro. Seu calor. O olhar doce e penetrante. Os braços fortes e quentes.

Ai meus Deus! Eu preciso de um banho frio, definitivamente.

Sair dos braços dele foi uma das coisas mais difíceis que já fiz. Mas era necessário.

Por mais que eu queira ele inteiro novamente, a vontade de fazer dar certo de verdade me trava. Eu amo aquele homem de um jeito que eu nem ao menos consigo explicar.

Mas nós nos magoamos muito nesse um ano separados, e o melhor a ser feito pra curar as feridas é realmente ir devagar. Não que eu não o deseje, bem longe disso, quem em sã consciência não deseja o meu marido.

Ele é lindo, gostoso, tem um olhar que te faz suspirar, aquele corpo que foi feito pro pecado. É impossível não deseja-lo.

Suspiro profundamente tentando encontrar minha linha de raciocínio, eu preciso me concentrar. Mas só o que me vem a cabeça é sua voz quando finalmente eu o soltei.

Eu só me dei conta do tanto que eu precisava disso agora que você me soltou. E eu não vejo a hora de te abraçar e não precisar te soltar e nem me despedir. Boa noite, amor!

Um beijo na testa seguido de outro na bochecha. Suspiros e mais suspiros.

Levanto finalmente daquele sofá e encaro meu celular me assusto quando ele toca.

- Oi, Jeanine, tá tudo bem? - estranho a sua ligação.

- Eu preciso falar com você, por favor. - seu tom de voz me preocupa imediatamente.

- Claro! Eu estou em casa, você quer vir até aqui ou quer...

- Eu vou sim!

Desligamos e então eu arrumo meus papéis de trabalho nas pastas e fecho o notebook. Quando a campainha toca já sei que é ela.

- Oi! - ela diz simplesmente.

- Oi! - abro espaço pra que ela entre. Não sei exatamente o que falar então espero que ela comece. - Senta.

Ela faz e eu sento ao seu lado.

- Eu tô grávida, Aly! - tenho certeza que não consegui disfarçar minha cara de espanto.

- Mas isso é bom, não é? - suas mãos tremem e eu tenho certeza que ela não contou ao Ike.

- Eu não sei! - ela apoia a cabeça nas mãos.

Ando até a cozinha e pego um copo d'água pra ela.

- Você não contou pro Ike! - afirmo e ela finalmente levanta o olhar e aceita a água.

QUANDO É DE VERDADE... ( Concluída)Where stories live. Discover now