Capítulo 1 - A vida não é o que parece

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A vida não é o que parece. Você provavelmente se pergunta quem sou eu e porque estou aqui. Meu nome é Tyson, sou apenas um adolescente comum como qualquer outro, com um destino na vida. Mas qual o meu destino? Antes da resposta, te explicarei um pouco mais da minha vida escolar corrida. Tenho 17 anos e estou indo para o 3º ano do ensino médio. Devo dizer que sou um pouco tímido? Eu normalmente não costumo ter muitas amizades, mas as que tenho são leais. São duas garotas gentis, apelidadas de Geovanna e Rafaella.

No começo deste ano, conhecemos um garoto quieto e misterioso

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No começo deste ano, conhecemos um garoto quieto e misterioso. Seu nome era Malcoy. Ele não falava ou interagia com ninguém e tinha um olhar fechado, porém, quando começamos a conhece-lo, vimos que ele não era quem pensávamos que fosse. Ele falava que não queria amizades muito próximas, pois isso o deixava sentido de alguma forma, mas acabou dando uma chance para nós.

Semanas se passaram e nós quatro fomos ficando mais próximos, mas como Malcoy era muito fechado, não costumava compartilhar seus sentimento conosco. "Ah, eu não acredito que a srta. Milena passou uma redação para amanhã, isso é tão impossível.", Geovanna reclamava, enquanto comia o resto do sanduíche que havia comprado. "Temos que ser mais organizados, mas não tenho ideia alguma para essa redação.", assentiu Rafaella. Eu também não tinha ideias para essa redação, provavelmente seria um caso perdido se fizesse-a sozinho. "Poderíamos nos reunir na casa de alguém e fazermos juntos, não acham?", soltei minha magnífica ideia, que no final acabou dando certo. "Verdade! Poderia ser na casa do Malcoy, ouvi falar que o mesmo tinha dois irmãos mais novos! Podemos conhece-los!", Rafaella parecia ansiosa em relação a os irmãos de Malcoy. O mesmo não pareceu gostar muito da ideia, estava desconfortável, porém resolveu somente assentir. "Ok, podemos nos reunir em minha casa hoje. Mas não vão pensando o melhor, aliás, só moramos nós três."

Exatamente. Malcoy e seus dois irmãos estavam sozinhos e abandonados há anos, desde que seus pais haviam sofrido um acidente de carro. Talvez por isso era tão fechado? Estava traumatizado e incomodado com a situação. Fomos andando, depois das aulas, para sua casa. As meninas estavam felizes de finalmente conhecer seu lar e seus irmãozinhos, mas Malcoy, que andava sobre meu lado, parecia preocupado e frustado com a situação. Eu resolvi ficar quieto na minha, não queria arrumar nenhum conflito, sendo que sua história parecia dolorosa e sensível.

Era uma casa minúscula, parecia não ter sido pintada há anos. As meninas finalmente se calaram. Entramos em silêncio, mas a pequena casa não tirava a ansiosidade que estavam sentindo. Logo na entrada, já encarávamos a pequena cozinha, que a o lado esquerdo, seguiam os dois quartos e o banheiro. A casa era resumida nisso. Ficamos na cozinha esperando, enquanto Malcoy guardava a pequena louça que havia na pia. Um dos seus irmãos, provavelmente o mais novo, veio correndo em nossa direção. Ele parecia feliz com a nossa visita, o que levou as meninas a se apaixonarem automaticamente por ele. "Totty, se apresente", Malcoy disse de cabeça baixar, parecia envergonhado com a situação. O pequeno garoto parecia um pouco desconfortável. "Esse é Totty, quem vocês estavam ansiosos para ver. Ele só tem 9 anos, por isso é tão tímido.", Malcoy desistiu de esperar o menor tomar uma iniciativa. "Ele é tão fofo!" gritaram juntas, enquanto Geovanna abraçava o garoto. Parecia que Totty estava convidando-as para conhecer seu quarto, que era o segundo da casa, e acabei indo junto.

Era um quartinho basicamente vazio. Tinha apenas uma cama, provavelmente a do menor, onde a mesma parecia danificada e velha. Havia apenas um ou dois carrinhos de brinquedo, uma cômoda, onde guardava suas roupas e a de Malcoy e um lençol com um pequeno travesseiro no chão. "Eu durmo aqui!" disse Totty enquanto a pontava para a cama, "e o mano dorme ali!" novamente apontou, só que dessa vez para o lençol no chão. Nós três ficamos decepcionados e sentidos com a situação de Malcoy e seus irmãos, mas tentamos esconder apresentando sorrisos e risadas. Enquanto o pequeno mostrava seus brinquedo, voltei para a cozinha, onde estava Malcoy, reparando que o primeiro quarto estava fechado. "Ele é uma graça." tentei motivar Malcoy. "Sim, é mesmo." concordou. "Você tem outro irmão certo?", "Tenho, mas provavelmente deve estar fora, ele gosta de tomar um ar fresco todos os dias." disse enquanto apontava para o quarto fechado. Fiquei curioso para conhecer o outro. "Mas não vá se alegrando muito, ele não vai ser tão fofo quanto Totty, pois já tem 15 anos.", enquanto Malcoy comentava, fiquei imaginando como seria o garoto seria. "Qual seu nome?" perguntei, ansioso. "Skylle".

Após algum tempo, sentamos no meio da cozinha, pois não haviam cadeiras ou mesas. Totty se sentou conosco, mas estava distraído com um de seus carrinhos. Malcoy nos entregou pratos com um tipo de massa. Agradecemos e finalmente começamos a pensar na redação. Mais tarde, estávamos terminando as supostas redações, quando um garoto, provavelmente, o tal de Skylle, abriu a porta, sem sorriso algum no rosto. Ele usava uma calça larga e confortável, uma camiseta preta como qualquer outra e apresentava um cabelo lindo, um pouco longo, mas o que mais me impressionou foi a cor de seus olhos, um azul apaixonador. Ele parecia surpreso com nossa presença. "Skylle, onde estava?", disse Malcoy, que não estava em um bom modo. As meninas já começaram a sorrir e se levantar para cumprimentar o garoto, mas o mesmo foi direito para o quarto, sem dizer uma palavra sequer. "Não se preocupem, ele é assim mesmo." Disse Malcoy, levantando-se e guardando sua redação terminada em uma pequena pasta velha. As meninas voltaram a se sentar, enquanto pensavam como continuar a redação quase terminada, mas eu não conseguia me concentrar mais.

 As meninas voltaram a se sentar, enquanto pensavam como continuar a redação quase terminada, mas eu não conseguia me concentrar mais

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