O resnascer de Lila

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Meu nome é Lila Vida, tenho 30 anos e já Transo

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Meu nome é Lila Vida, tenho 30 anos e já Transo.

Mentira!!! Quer dizer, a parte do transar é verdade, e a idade também, e o nome...

Não era assim que queria me apresentar cacete!

Vamos lá novamente.

Meu nome é Lila Vida, tenho trinta anos e sou do interior de São Paulo.

Por que o "Renascer de Lila!?

Por que eu renasci novamente, quando me soltei das garras de uma mãe opressora, abusiva, psicótica.

Antes dos meu dezoito anos, eu vivia para agradar a minha mãe. Aguentava ofensas veladas, humilhações, chingamentos, e tudo isso foi culminando para a doença que eu adquiri. "BULIMIA" nome estranho né? Parece nome de algum americano  tipo, - Ola me chamo Bulimia e sou de Amsterdam. EU SEI, NÃO É ENGRAÇADO! Mas aprendi a ser mais leve depois que sai de casa.

Com dezessete anos, prestes a completar dezoito passei muito mal na escola e fui parar no hospital. Para ser mais realista, na UTI. Estava muito abaixo do meu peso, meus batimentos cardíacos muito baixos, e com uma anemia profunda. Imaginem vocês uma garota em plena puberdade, que media um metro e setenta e nove de altura, chegou no hospital com quarenta e cinco quilos? Eu só tinha cabelo e dentes! Os médicos acionaram uma assistente social, psicólogos foram chamados. Minha mãe foi chamada pela escola, e agiu como se nada tivesse acontecido! Como se ela não fosse a causadora de tudo de ruim que estava acontecendo.

Ela me privava de comer! Eu passava dias comendo salada e água, até meu sono era regulado por que ela dizia que dormir engordava. Quando eu conseguia fugir da suas vigilâncias, metia o pé na jaca, até açúcar puro eu comia. Mas depois a voz dela embrenhava na minha mente, e eu me sentia culpada. Apredi que eu poderia comer de tudo, e que era só colocar o dedo na garganta e vomitar. Então isso se tornou um vício, eu chorava diariamente enquanto comia, me sentia suja, do tamanho de um elefante.

No hospital, fui indagada várias e várias vezes sobre como era meu dia a dia, minha alimentação, se alguém estava me maltratando. Praticamente todos fizeram as mesmas perguntas, depois de muita investigação e com a ajuda da psicologa, fui diagnosticada com bulimia na quarta sessão com a psicologa. Ai minhas caras, foi um Deus nos acuda, passei por tantas coisas. Me senti tão sozinha, desamparada, querendo apenas que alguém segurasse minha mão e dissesse que tudo iria ficar bem. Minha mãe foi chamada pelo médico responsável junto com a psicóloga, foi explicado a ela tudo o que estava acontecendo comigo, que eu precisaria de acompanhamento tanto médico quanto dela própria, que se eu continuasse poderia sim vir a óbito.

No dia da minha alta, foi passado para ela todos os cuidados, até mesmo a dieta que eu deveria seguir. E assim que saimos do hospital, ela jogou tudo na lata do lixo. Foi ai que pela primeira vez depois de anos, eu vi o quanto ela me fazia mal. E que se eu estava tão debilitada era culpa exclusivamente dela. Quando eu perguntei a ela, por que ela tinha jogado fora os papéis que o médico tinha passado,  ela me disse que eles eram loucos e eu estava de frescura.

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