Prólogo

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O sol começava a se pôr, derramando tons de laranja e rosa no céu de Copacabana. Daniel e Emma caminhavam de mãos dadas pela praia, sentindo a areia macia sob os pés descalços. O som suave das ondas quebrando na costa era uma melodia tranquilizadora, acompanhada pela brisa morna que acariciava seus rostos. Aos olhos de Daniel, Emma era a personificação da inocência e da alegria. Seus cabelos loiros dançavam ao vento, enquanto seus olhos brilhavam com a excitação de estar na praia.
       — Daniel, olhe só! — Exclamou Emma, apontando para as conchas espalhadas pela areia. — Essa aqui parece uma estrela do mar!
       Ele sorriu para sua irmãzinha, encantado com sua imaginação vívida.
       — Você tem razão, Emma. E essa aqui parece um tesouro escondido!
       Eles se agacharam para examinar as conchas, selecionando as mais bonitas para levar para casa. Gaivotas voavam em círculos acima deles, como se quisessem compartilhar a alegria do momento.
       Após um tempo coletando as conchas, decidiram começar a voltar para casa. Daniel pegou a mãozinha de Emma e começaram a caminhar lado a lado pela praia. A luz alaranjada do sol poente banhava tudo ao seu redor, tornando o cenário ainda mais mágico. O mar parecia refletir as cores do céu, criando um espetáculo de tonalidades vibrantes.
       — Daniel, eu nunca quero ir embora daqui —, sussurrou Emma, olhando para o horizonte dourado.
       Ele parou por um momento, admirando a expressão serena no rosto de sua irmãzinha.
       — Eu também, Emma. Este lugar é realmente especial.
       Enquanto continuavam a caminhar de volta para o carro, o som de uma música suave chegou aos seus ouvidos. Era um violão sendo tocado por um jovem artista de rua próximo ao calçadão. O artista era um jovem de cabelos negros e encaracolados, dedilhava o violão com habilidade, suas notas melódicas se misturando à atmosfera mágica da praia enquanto tocava "Somewhere Over the Rainbow". Algumas pessoas se reuniam para assistir à sua performance improvisada, envolvendo-os em uma serenata reconfortante.
       Enquanto a música invadia seus ouvidos, Daniel sentiu uma ressonância profunda em seu coração. Ele pensou no palco, nas multidões, na conexão intensa que a música proporcionava. Aquela experiência na praia não era apenas um momento fugaz, mas uma lembrança de sua verdadeira paixão.
       — Daniel, você vai ser um cantor famoso um dia? — perguntou Emma, olhando para ele com admiração.
       Ele abriu um sorriso e acariciou os cabelos dela.
       — Quem sabe, Emma. Eu só espero que, quando isso acontecer, você esteja lá para me apoiar.
       Os olhos de Emma brilharam de felicidade.
       Enquanto Daniel e Emma caminhavam de volta para o carro, a atmosfera mágica da praia foi abruptamente interrompida por um estrondo ensurdecedor. Um carro em alta velocidade veio em sua direção, desgovernado. O som dos pneus cantando no asfalto misturou-se com gritos de horror.
       O tempo pareceu desacelerar enquanto Daniel, com um instinto protetor, puxou Emma para si e tentou desviar do caminho do carro. Mas o impacto foi inevitável.
       O som do impacto ecoou pelo ar, seguido por um silêncio agonizante. O ar foi preenchido pelo som dos gritos de desespero dos que testemunharam a terrível cena, enquanto o violão do artista de rua permanecia em silêncio, como um lamento triste.
       A sensação de desorientação era intensa para Daniel, enquanto o mundo ao seu redor parecia se dissolver em fragmentos. Então tudo se tornou uma completa escuridão.

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