Eighth

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Eram quase uma da manhã quando o último filme escolhido pelos meninos acabou. Eles, principalmente Mark, nos forçaram a assistir o primeiro filme de Senhor dos Anéis pela quinta vez, o que não era nenhum problema pra mim, já que é uma das minhas trilogias favoritas, já pra Naeul foi um verdadeiro pesadelo.

Depois do fim do filme, Mark e Naeul saíram pra comprar um pack de cerveja para nós. Aproveitei que eles saíram e decidi fazer alguma coisa pra comer. Decidi que faria alguma coisa ocidental. Procurei na internet alguma coisa gostosa e encontrei panquecas de oreo.

Comecei a procurar nos armários os ingredientes e, por sorte, encontrei tudo que precisava nos armários da cozinha.

- O que você tá fazendo? - questionou Jackson entrando na cozinha.

- Panquecas de oreo. - falei enquanto preparava a massa. - Vai querer um pouco?

- Claro, só se você tiver afim de dividir comigo. - ele coçou a nuca e eu concordei, voltando minha atenção para a receita.

Ficamos em silêncio enquanto eu terminava de preparar a massa das panquecas. Era surpreendente o fato do silêncio entre nós não ser desconfortável, acho que tudo isso se dava ao fato de nós termos decidido não ficarmos discutindo durante todo o tempo.

Pus uma frigideira no fogo e comecei a cozir a massa das panquecas, tentando ao máximo não derruba-las no chão.

- Quer que eu faça isso para você? - propôs Jackson se aproximando do fogão.

- Muito obrigada! - agradeci me afastando dali e indo até a geladeira, de onde tirei a última garrafa de soju que tinha ali.

Abri a garrafa e me sentei na ilha em minha frente enquanto observava o moreno cozinhar.

Não demorou muito para o mesmo terminar. O cheiro era bom, mas o que mais me intrigava mesmo era o gosto. Eu estava pronta para comer um pedaço

Jackson havia tirado a camisa na metade do último filme que assistimos, já que a madrugada estava ficando mais quente a cada hora que passava. Entretanto quando Jackson inclinou-se para a frente e pegou um pouco dos nachos, acabou sendo impossível não perceber suas costas se contraindo, assim também como seus músculos fortes do braço. Seu abdômen provava o que as horas na academia resultaram. 6 cubinhos.

- Aposto que está gostando do que vê, não é?! - um sorriso de canto esboçava dos seus lábios. Viro meu rosto para a frente, sentindo-me totalmente envergonhada.

Eu fiquei o encarando durante todo esse tempo. Enquanto tentava disfarçar meu nervosismo, pensando que não podia piorar, sinto seu braço ao meu redor, me puxando para junto de seu corpo com certa força e descansando minha cabeça em seu peito. Sem contar que o mesmo levou meu braço entorno de seu abdômen e acabou por descansar sua mão em meu pulso, com o intuito de não me deixar escapar.

Senti sua respiração quente bater em meu ombro quase totalmente descoberto, fazendo com que meu corpo reagisse aquilo com um arrepio.

- Er... Eu tô atrapalhando alguma coisa? - ouço a voz de Yugyeom atrás de nós e empurro Jackson o mais forte que consigo.

- Ah, não! - falo rapidamente, pulando da ilha. - Eu só tava esperando o Jackson terminar com as minhas panquecas. - procuro por um garfo no armário enquanto tentava ao máximo não deixar claro o quanto estava nervosa com aquilo.

- Uhm, não foi o que parecia. - Yugyeom comenta num tom desconfiado. - Vocês estão juntos?

Jackson soltou uma risada anasalada enquanto eu fazia de tudo pra não ter uma crise de pânico ali mesmo e cair morta no chão.

- Fala sério Yug! Eu só tava abraçando a Haneul, ela se sentiu um pouco emotiva. - mentiu de forma tão descarada, que conseguiu dar um sorriso naquele momento. - Mas agora tá tudo bem, não é?

Funguei de forma forçada, tentando parecer ao máximo que reamente estava chorando a pouco e me virei para os dois homens.

- Sim, eu já tô me sentindo muito melhor agora... - dei um sorriso forçado. - Obrigada... Jackson. - pus um pouco das panquecas na boca.

Yugyeom balançou a cabeça em concordância, mas dava pra perceber que ele não tinha caído naquele papo furado que Jackson inventou, e saiu da cozinha.

- Ufa, quase fomos descobertos. - o moreno disse pegando um garfo limpo em uma das gavetas e indo em minha direção, me fazendo dar um passo pra trás. - Ei, eu não vou fazer nada. - riu em deboche.

- Que merda foi aquela, Jackson? - questionei batendo o talher com força no mármore. - Quem te deu o direito de fazer aquilo?

- Não precisa ficar nervosa, okay? Não foi nada demais. - Jackson deu de ombros e comeu um pouco das panquecas.

Tirei as panquecas de perto dele e o ouvi protestar, mas eu o ignorei até ele decidir me puxar para próximo dele pela cintura, me fazendo deslizar pelo mármore gelado.

- Não precisa agir dessa forma, Haneul. - disse pondo os braços entre meu corpo. - Desculpa, okay? Eu só queria te provocar mesmo. - sorriu ladino.

- Isso não teve a menor graça.

- É porque você não sabe brincar. - falou de um jeito fofo e apertou a minha bochecha, balançando-a. Jackson deslizou as mãos em meu rosto, fazendo com que meus olhos ficassem bem menores do que eles já eram.

Ainda sentada na bancada e encarando aqueles olhos que faziam o mesmo, analisei o seu cabelo castanho quase na altura dos seus olhos, seu maxilar, seu peitoral malhado, seus lábios...
Ele também me observava, no início, eu até pensei que ele iria fazer algo, infelizmente eu queria que algo acontecesse, porém Jackson somente deixou um beijo em minha testa e afastou-se com o olhar baixo.

CÉUS, O QUE DEU EM MIM?

Por que diabos meu coração estava acelerado? E o pior, por que eu não fiquei brava, eu quis que algo a mais rolasse entre nós. Dei de ombros e decidi culpar a bebida, já que não tinha lógica aquilo ter acontecido.

Após terminar de comer minhas panquecas, voltei para a sala, Naeul e Mark já haviam voltado e dividiam uma cerveja, assim como Jackson e Yugyeom.

- Demorou ein. - Naeul jogou uma almofada em mim e eu a pego no ar.

- Eu tava terminando de comer... Só isso. - dei de ombros e vi Yugyeom me olhar de soslaio, mas não falar absolutamente nada.

Assisti a mais um filme antes de sentir meus olhos pesarem, me forçando a me deitar no chão duro, agora não tão duro por conta da quantidade de lençóis que nele havia.

Acredito que o resto do pessoal também não tenha dormido tão tarde, já que alguns minutos depois de entrar num sono quase profundo, senti o pano macio do cobertor envolver meu corpo e um braço passar por minha cintura.

Eu nem me dei ao trabalho de checar quem era, já que o sono e o álcool falavam mais alto que minha consciência, que gritava pra que eu abrisse olhos e descobrisse quem estava me abraçando naquele exato momento.

End Game 《Jackson Wang》Onde histórias criam vida. Descubra agora