CAP.1

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POV. HELENA

Assim que entrei em casa atirei minha bolsa no sofá e fui em direção à cozinha,o cheirinho estava bom. Tia Geórgia estava concentrada em suas panelas no fogão,sorri comigo mesma.

Eu não sei o que seria de mim sem minha tia,ela me ajuda em tudo o que eu preciso;ela quem cuida das crianças quando chegam da escola até eu chegar do trabalho.

Em falar nesses dois....

—Oi Tia!_beijei seu rosto,ela sorriu.

—Oi Lena como foi seu trabalho hoje?_minha tia desligou o fogão.

—Foi bom tia,trabalhar com a Leandra é maravilhoso!_sentei na bancada da cozinha. —Onde estão os meus anjinhos?

—Estão ali na casa do amiguinho deles e levaram a Malévola junto!_respirei aliviada.

A cadela me odeia,o por que eu não sei. A única coisa que eu sei é que ela na vai com a minha cara. Esses dias coloquei ração pra ela e a mesma me mordeu,agora quem dá comida pra ela é a Thay ou o Nico,prefiro não arriscar ser mordida novamente.

—Bom,já que você chegou eu vou pra minha casa. Tenho que dar um trato porque hoje a noite promete!

Sorri,minha tia merece sim aproveitar a vida. Tia Geórgia não é minha tia de sangue mas a considero muito mais que isso,ela é como uma mãe para mim. A minha tia me criou desde os meus oito anos de idade, quando meus pais me deram à ela. Eu não sei até hoje o paradeiro dos dois mas isso não me importa porque nunca me faltou amor.

Tia Geórgia se mostra forte,mas somente eu sei a dor dela,a perda de um filho. Ela sofre até hoje por conta disso,fica se martirizando por algo que ela não teve um pinguinho de culpa sequer.

—Vai aproveitar mesmo tia!_levantei e beijei seu rosto. —Obrigado por ficar de olho nas crianças pra mim!

—Que nada,eu amo seus filhos. Eles são uns anjinhos e você sabe disso!_não segurei a gargalhada. —Para rir menina,não falei nada engraçado!

—Desculpa tia,mas eu e você sabemos que de anjinhos aqueles dois não têm nada. Agora vou buscar eles pois a Thay deve ter algum dever da escola!

Saímos de casa e eu me despedi da minha tia,quando eu estava atravessando a rua escutei uma voz familiar.

SOCORRO!_olhei para a casa do vizinho e arregalei meus olhos ao ver ele segurando o braço do meu filho.

Mas que porra é essa?

—ALGUÉM ME AZUDA,SOCORRO. MAMÃE ME AZUDA!

—Fica calmo,não vou fazer nada com você!_ele soltou Nicolas.

Respirei fundo e a passos apressados me direcionei até a casa do vizinho. Quem ele pensa que é para segurar o braço do meu filho desse modo? Mas ele esta muito enganado achando que pode fazer o que bem entende.

—Filho!_cheguei a tempo de ver Thaily pisar no pé do vizinho.

Peguei meu pequeno no colo e vi seus olhos molhados pelas lágrimas. Beijei seu rosto a fim de acalmar ele,o coitadinho estava soluçando. Olhei para o vizinho e seu olhar estava em mim.

Ele é bonito,isso não tem como negar. Seus olhos verdes constratando com a sua cor de pele clara o deixa lindo,único e o que são os lábios dele?Carnudos e vermelhos.

O vizinho é lindo porém um sem noção por sempre colocar o som alto durante a madrugada,lindo também,lindo e lindo.

Já falei lindo?

Amor sem limitesOnde histórias criam vida. Descubra agora