POV. HELENA
Assim que entrei em casa atirei minha bolsa no sofá e fui em direção à cozinha,o cheirinho estava bom. Tia Geórgia estava concentrada em suas panelas no fogão,sorri comigo mesma.
Eu não sei o que seria de mim sem minha tia,ela me ajuda em tudo o que eu preciso;ela quem cuida das crianças quando chegam da escola até eu chegar do trabalho.
Em falar nesses dois....
—Oi Tia!_beijei seu rosto,ela sorriu.
—Oi Lena como foi seu trabalho hoje?_minha tia desligou o fogão.
—Foi bom tia,trabalhar com a Leandra é maravilhoso!_sentei na bancada da cozinha. —Onde estão os meus anjinhos?
—Estão ali na casa do amiguinho deles e levaram a Malévola junto!_respirei aliviada.
A cadela me odeia,o por que eu não sei. A única coisa que eu sei é que ela na vai com a minha cara. Esses dias coloquei ração pra ela e a mesma me mordeu,agora quem dá comida pra ela é a Thay ou o Nico,prefiro não arriscar ser mordida novamente.
—Bom,já que você chegou eu vou pra minha casa. Tenho que dar um trato porque hoje a noite promete!
Sorri,minha tia merece sim aproveitar a vida. Tia Geórgia não é minha tia de sangue mas a considero muito mais que isso,ela é como uma mãe para mim. A minha tia me criou desde os meus oito anos de idade, quando meus pais me deram à ela. Eu não sei até hoje o paradeiro dos dois mas isso não me importa porque nunca me faltou amor.
Tia Geórgia se mostra forte,mas somente eu sei a dor dela,a perda de um filho. Ela sofre até hoje por conta disso,fica se martirizando por algo que ela não teve um pinguinho de culpa sequer.
—Vai aproveitar mesmo tia!_levantei e beijei seu rosto. —Obrigado por ficar de olho nas crianças pra mim!
—Que nada,eu amo seus filhos. Eles são uns anjinhos e você sabe disso!_não segurei a gargalhada. —Para rir menina,não falei nada engraçado!
—Desculpa tia,mas eu e você sabemos que de anjinhos aqueles dois não têm nada. Agora vou buscar eles pois a Thay deve ter algum dever da escola!
Saímos de casa e eu me despedi da minha tia,quando eu estava atravessando a rua escutei uma voz familiar.
—SOCORRO!_olhei para a casa do vizinho e arregalei meus olhos ao ver ele segurando o braço do meu filho.
Mas que porra é essa?
—ALGUÉM ME AZUDA,SOCORRO. MAMÃE ME AZUDA!
—Fica calmo,não vou fazer nada com você!_ele soltou Nicolas.
Respirei fundo e a passos apressados me direcionei até a casa do vizinho. Quem ele pensa que é para segurar o braço do meu filho desse modo? Mas ele esta muito enganado achando que pode fazer o que bem entende.
—Filho!_cheguei a tempo de ver Thaily pisar no pé do vizinho.
Peguei meu pequeno no colo e vi seus olhos molhados pelas lágrimas. Beijei seu rosto a fim de acalmar ele,o coitadinho estava soluçando. Olhei para o vizinho e seu olhar estava em mim.
Ele é bonito,isso não tem como negar. Seus olhos verdes constratando com a sua cor de pele clara o deixa lindo,único e o que são os lábios dele?Carnudos e vermelhos.
O vizinho é lindo porém um sem noção por sempre colocar o som alto durante a madrugada,lindo também,lindo e lindo.
Já falei lindo?
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Amor sem limites
RomanceHelena é uma mulher que acabou de sair de um relacionamento abusivo,mãe de dois filhos e dona de um corpo de dar inveja em muitas mulheres. Ela vê sua vida mudar,literalmente,do dia para noite por conta do seu novo vizinho. Depois de uma "desilusão"...