O Acerto de Contas - Parte 1

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Capítulo XI

POV Milo

Eu fui bater na porta do meu pato, que diga-se de passagem estava frito, para leva-lo ao abatedouro. Como meu coração doía em fazer aquilo, por mais que eu soubesse que ele merecesse.

Ele não respondeu as batidas que dei na porta, quase morri pensando que ele poderia ter fugido de casa com medo de Camus. Abri a porta preocupado e vi NADA MAIS NADA MENOS do que ele e o Shunito se pegando.

Foi um susto tão grande que eu soltei um suspiro alto, o que atraiu a atenção a águia congelada que veio voando até o quarto ver o que estava acontecendo. Eu tenho certeza que o picolé ficou tão pasmo quanto eu, mas não demonstrou nem um pouco.

POV Camus

Que bom que Hyoga estava começando a se aceitar, isso significava que em breve essa crise iria passar e eu voltaria a ter meu menino novamente. Aquele breve beijo que eu presenciei me fez voltar ao meu primeiro beijo...

Flashback

Camus andava com um peso absurdo nas costas em direção ao campo de treinamento, quando viu Milo debruçado no parapeito da janela do grande Mestre do Santuário rindo como nunca tinha visto alguém rir.

Camus iria ignorar, como fazia com a maior parte das coisas frívolas que aconteciam naquele lugar, mas algo o fez parar. Milo exercia sobre o aquariano um fascínio que jamais soube explicar.

Ele deixou as coisas num canto e parou ao lado de Milo, escondido pelo parapeito, divertindo-se com a situação do Mestre Shion que se coçava tanto, mas tanto que arrancou a capa branca típica de sua função e quase rolava no chão para se aliviar.

Camus olhou intrigado para Milo, tentando entender que bicho havia mordido o Grão Mestre do Santuário.

– Pó de mico – Milo explicou rindo sem parar.

– Mas você fez isso?

A pergunta atordoada de Camus foi logo interrompida pelo grito de Shion que já havia largado a capa repleta do pó.

– Milo, Camus, vocês me pagam!

Camus abriu os olhos preocupado, queria explicar que não tinha relação alguma com aquilo. Mas a ira de Shion era tamanha que jamais conseguiria se explicar a contento naquele momento.

– CORRE!

Era Milo gritando e puxando um Camus petrificado com a situação. Camus não tinha opção senão correr com o escorpiano e fugir de Shion que vinha como a luz atrás deles.

Custou muito, mas se viram livres numa planície mais alta, local não tão frequentado pelos integrantes do Santuário. Ambos os adolescentes respiravam pesado, Milo com as mãos no joelho e Camus sentado no chão exausto.

Era como se tivessem fugido de um touro furioso. Em pouco tempo, Camus recobrou a consciência e respirou fundo antes de pular em cima de Milo o prendendo no chão.

– Seu desgraçado...

– Haha, calma gelinho! Você viu só como nós, sozinhos, despistamos o cara mais forte do Santuário inteiro?

– Isso não tem graça, Milo! Se ele tivesse nos pego...

– Mas não pegou!

– Não quer dizer que não vai pegar, afinal, ele nos viu e gritou muito bem nossos nomes. Duvido que esqueça do que você fez. O que é bem lembrado! VOCÊ FEZ! Sempre me mete nas suas confusões.

Preparativos e Provocações Where stories live. Discover now