Capítulo 16

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Capítulo

não revisado.

Sinto as suas mãos acariciar meu rosto, não quero acordar e descobrir que foi um sonho, delicioso sonho. Mas a vontade de retribuir os carinhos e ver o rosto do homem que eu amo é maior, fui abrindo meus olhos devagar e me deslumbro com o sorriso que me encantou todos esses anos.

– Tudo bem? - Ele pergunta com a voz rouca.

– Sim. Dormi muito?

– Não, o suficiente para eu ficar admirando o seu sono tranquilo.

– É que ... Davi, sei que o momento não pede, mas o nosso encontro seria para conversar ... - Ele me interrompeu.

– Luna, não estou fugindo do assunto, ainda mais agora, eu quero você, não só nesse momento, mas por muito tempo.

– Também te quero, mas como eu disse ontem, tem que ser devagar. E não foi o que aconteceu. - Falei meio encabulada, mas o desejando.

– Se arrependeu? Porque eu não mudaria nada. - Perguntou olhando sério para mim.

– Não, nunca. Foi tudo perfeito Davi, mas ...

– Então, não tem mais nem menos, vamos tomar um banho e pedir uma pizza. Tenho que voltar pra casa e ter uma conversa com Marília.

Ele levantou me puxando, fazendo-me colar em seu corpo e sem nenhuma timidez, me envolvi em seus braços e fomos aos beijos para o banheiro e sem conter o desejo, nos amamos mais uma vez.

Fizemos o pedido da pizza e enquanto esperávamos, ele começou a contar o que tinha acontecido depois da noite da formatura.

– Tudo aconteceu muito rápido, entre a bebida e acordar na cama com Marcela. - Quando ele falou isso uma pontinha de ciúme surgiu, mas me contive. – Naquele momento de confusão eu disse que não era para acontecer, que meu sentimento por ela não era amor de um homem para uma mulher, que foi um erro aquela noite. Ela colocou a roupa e saiu chorando, me senti culpado por fazê-la sofrer, afinal, ela sempre me ajudou, sempre presente nos cuidados com meu pai e minha mãe.

Nesse momento a campainha toca. Ele levantou, recebeu pizza e eu fui arrumando a mesa, nos sentamos e nos servimos. Davi olhou pra mim e disse.

– Talvez se eu tivesse com quem conversar teria visto toda armação, mas meu tempo era só trabalhar, estudar e ver minha mãe quando chegava em casa. Não criei vinculo com amigos e namoradas.

– Você não teve namoradas antes da Marcela?

– Namorada não. Tive algumas mulheres, que não durava mais que alguns encontros, não tinha tempo pra mim, que dirá para ter alguém me cobrando presença.

– E Marcela, ela se relacionava com alguém?

– Nunca vi. E isso mais tarde ela jogou na minha cara, ela dizia que sempre esperou que percebesse o seu amor por mim.

– Mas você sabia que ela tinha sentimentos?

– Sim. Mas achava que era por eu está por perto, quando minha mãe faleceu, faltavam 4 períodos. Foi quando comecei a me afastar, só ia pra casa para dormir, Marília dizia que estava preocupada por eu não ficar em casa, mas a preocupação dela era eu me afastar da Marcela.

– Então o medo da Marília era você por um acaso se envolver com outra pessoa e querer ficar na casa e tirar elas de lá. - Afirmei.

– Sim. Mais isso só fiquei sabendo depois que a Sophia nasceu.

– E quando descobriu a gravidez?

– Não posso dizer que foi o pior dia da minha vida, porque quando ela me disse que estava grávida eu só pensei nos meus pais, na felicidade deles em ter um neto. Mas fiquei assustado, recém-formado, trabalhando em uma clínica veterinária e um salário que não era para formar uma família.

Em Seu Olhar (Completo)Where stories live. Discover now