Capítulo 1 - A Sereia

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Os raios de luz cortaram a água, até atingirem diretamente a face de Meredith

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Os raios de luz cortaram a água, até atingirem diretamente a face de Meredith. Ela estava dormindo sobre a água e abraçada a um peixinho - que por um acaso é seu melhor amigo. Ela revirou-se no fundo do mar, não estando nem um pouco satisfeita em ter que acordar. A Água fez algumas ondas, e levou a garota para a superfície, onde ela se espreguiçou e abriu um sorriso amável.

- Bom dia, sol. Bom dia, nuvem. Bom dia, água. Bom dia, mundo! - ela gritou enquanto bocejava e depois voltou a ficar submersa.

- Acordou animada hoje, minha querida. - a água falou docemente, e Meredith pode sentir ela gargalhar, com algumas bolhas que a atingiram. Ela ama tanto seu relacionamento com Ela, que não se importaria de ficar o dia inteiro nadando, nadando e nadando.

- Oh, com com certeza. - Ela fez piruetas embaixo da água, enquanto exalava um sorriso contagiante.

A razão para toda essa felicidade, tem nome e sobrenome. Emma López. Uma simpática moça francesa, que ela conheceu no campus da faculdade. As duas vem "conversando" há algum tempo, e sentimentos vem sendo aflorados. Contudo, Meredith não pode pensar na garota, pois a Água nunca deve descobrir que ela existe.

- Suas irmãs estão te esperando no píer, quer uma ajudinha?- questionou e antes mesmo de ser respondida, levou a garota até a superfície e depois deixou-a em pé na areia.

Meredith sempre foi uma menina cheia de energia, que adora as peculiaridades da vida. Desde de pequena, sempre teve uma imaginação fértil, e sempre foi estimulada pelos pais. Adorava brincar na praia, pois sempre esperava que em algum momento iria encontrar uma sereia. Perto de sua antiga casa, havia um pequeno bosque, em que ela jurava que morava uma família de gnomos lá.

Ela e a família foram fazer um cruzeiro pela Europa, e a menina quase morreu do coração quando ficou sabendo. Tinha apenas quinze anos, mas sua mentalidade pura, era muito similar a de uma criança. Aprendeu com o tempo que essas coisas não existem, porém, a garotinha esperançosa sempre esteve dentro de si.

Durante a viagem, o Capitão do navio pediu que todos ficassem dentro da cabine para a própria segurança, pois iriam passar por alguns momentos de dificuldade. O mar estava ficando agitado, e isso deixou todos preocupados. Meredith ficou deitada na cama, pensando no que iria fazer no próximo dia.

Uma música estranha começou a tomar conta de seus ouvidos, e por mais que fosse estranhamente maravilhosa, ela tapou os dois ouvidos com dois pedaços de algodão. Segundos depois, sua mãe saiu de dentro do banheiro da cabine, parecendo estar enfeitiçada pela melodia. Seu pai também, levantou-se da poltrona, deixando seu livro favorito cair no chão. Os dois tinham algo em comum, não estavam em si.

Meredith se lembra de muito pouco depois disso. Apenas de estar dentro da água, se debatendo e gritando por ajuda. "eu sou muito nova para morrer". Pode parecer um pouco clichê, mas foi exatamente isso que ela gritou quando a possibilidade de uma morte a atingiu. Ela ouvia não só os próprios clamores, mas também o do resto da tripulação. Eles berravam por ajuda.

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