Segundos depois de Billy entrar, Max o seguiu silenciosamente. Ao ver o padrasto daquele jeito, viu que não seria nada bom e que ele estava pior do que da última vez antes de se mudarem.
Ao pensamento daquele dia a garota sentiu seus pêlos arrepiarem nervosamente, seguiu então para o quarto dos pais e pegou o telefone, ligou para a polícia e quando estava passando o endereço ouviu o primeiro disparo.
-Senhorita, calma, respire. Precisa passar o endereço e todos iremos para seu auxilio. Já chamaremos algumas ambulâncias. - dizia a senhora com uma calma e doçura que tentavam esconder a preocupação com a menina
Maxine saiu de seu transe e terminou de passar o endereço, o segundo disparo veio sem aviso prévio e a garota desatou a chorar, desligando o telefone e indo para seu quarto pegar um taco.
Se haviam sido dois disparos podiam ser que... Não! Talvez sua mãe e Billy estivessem bem! Eles precisavam estar!
O medo tomava suas veias, domando suas mãos com tremores fortes. Tentava se acalmar, precisava fazer alguma coisa até os policiais chegarem, então ela começou a andar com suas pernas bambas.
Respirou fundo e pensou no seu irmao e sua mãe, precisava ser forte por eles, isso lhe deu a força de correr até onde estavam.
Chegando lá, brandiu seu taco e soltou um grito determinado, mas tudo que viu foi sangue e sua mãe chorando tentando estancar o ferimento do garoto loiro.
-E-eu não queria, querida. Ma-mas ele estava machucando o Billy, e-e tentou mata-lo, eu peguei a arma mas foi tudo tão rápido...
A garota voltará a chorar, o padrasto parecia já estar morto mas seu irmão ainda estava respirando, de maneira fraca, mas estava.
As sirenes começaram a soar altas a medida que se aproximavam, então Hopper entrou com sua arma de maneira tensa e alerta, mas a cena que encontrou o fez suspirar.
-Paramédicos! Rápido! - ele então checou o pulso e se aproximou da mulher em choque, repetindo incessantemente que não teve escolha - Eu sei, ele queria machucar vocês, agora nos deixe salvar o garoto, sim?
Os paramédicos entraram com macas, prontos para pegar os feridos. Uma moça levou mãe e filha para fora, cobrindo-as com um lençol, o tratamento base de choque.
Já o garoto de olhos azuis estava com os paramédicos ao seu redor, apagado com uma hemorragia. A ambulancia partiu sem anuncio, em direção ao hospital.
A cirurgia já havia sido iniciada, logo várias crianças e dois adolescentes estavam com a família. Susan estava descansando numa maca, a menina saiu de perto para falar com os amigos que pareciam preocupados.
-Max! - Lucas correu a seu encontro, abraçando a garota - Você tá bem? Soube que aconteceu uma briga na sua casa, disseram que foi o Billy!
-O que? Não! Ele só tava protegendo a gente, o pai dele é maluco... Ou era...
-Mas você ta bem, sua mãe ta bem e o Billy... Ele vai ficar bem - dizia Mike dando um sorriso animador, com a mão no ombro da amiga
-Pera, cade o Steve? - perguntou Dustin olhando ao redor - Alguém avisou a ele? Afinal, eles são amigos agora.
Nesse mesmo momento, o garoto entrou esbaforido da corrida, estava com o rosto molhado de lágrimas e a mãe o seguia preocupada.
-Cade ele? - perguntou com a voz alarmada arranhando a garganta já desgastada do choro.
-Steve, calma... - disse Maxine se aproximando, a voz calma resguardando a má notícia.
-Nos fomos na sua casa mas tava cheia de policiais! E tinha tanto sangue! - Harrington começava a hiperventilar, sem conseguir escutar ninguém a sua volta, só pensando no que o padrasto de seu namorado poderia ter feito dessa vez.
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True Disaster
FanfictionO baile esta sendo um sucesso, mas algumas pessoas não estão se divertindo. Billy não entende por que Steve Harrington, o cara que ele quase quebrou a cara quer se encontrar com ele, o que pode sair dessa situação?