Cap 27

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--Eu não vou voltar para casa e não vou voltar com ela.

--Eu sei querido, mas tem que entender, por mais que tenha acontecido algo entre Ester e esse cara, ainda pode ser seu filho. --Acariciei o rosto tenso de Angelo.

--Você entende que precisamos amparar ela? --Simon perguntou.

--Eu sei, agradeço por isso, espero mesmo que seja meu, porque... eu não sei o que fazer se não for, Ester está com quase seis meses, esse bebê é meu filho, são quase seis meses na expectativa de ver o meu filho nascer, não sei o que fazer se não for meu. --Angelo falava com lágrimas nos olhos.

--Estaremos aqui para tudo, independente do que acontecer, sabe que sempre pode contar comigo e com os seu pai, não é? --Ange sorriu.

--Eu sei, no quesito pais, fiquei com os melhores. --Envolvi o loiro entre meus braços e Simon a ambos.

--Agora coma direito Ange. --Simon falou e voltamos a comer, quando acabamos continuamos conversando. Estava distraída com Angelo até que senti como o Konecki mais velho brincava com a pulseira em meu pulso. --Peanut, eu e sua mãe queremos contar algo.

--Não é cedo para o sexo do bebê?

--Oh não, não é sobre o bebê. --Suspirei antes de continuar. --Seu pai e eu resolvemos dar mais um passo... queríamos que fosse o primeiro a saber, não queria contar ainda, mas seu pai está para arrancar meu pulso por baixo da mesa. --Angelo riu, sabia que Simon odiava guardar segredos. --Nós estamos noivos.

--Uou, isso... quer dizer é incrível... estou feliz. --Angelo falou de forma decepcionante. --Sério é incrível.

--Peanut, as coisas vão se resolver, ainda é jovem, sei que ama Ester e não se sinta culpado por não ficar animado com essa notícia, está tudo bem. --Simon segurou a mão do filho qur sorriu sem graça.

--Assim eu espero. --Angelo continuou imerso em seus pensamentos durante o restante do almoço e insistiu em ir embora mais cedo que o programado, disse que havia trabalho na faculdade a fazer.
Simon e eu fomos para casa, não havia mais o que fazer, um exame de DNA enquanto o bebê ainda está no ventre é um risco que eu jamais poderia impor sobre um possível neto meu.
Quando chegamos em casa resolvemos continuar desfazendo as caixas com algumas coisas minhas, quando trouxe tudo da minha antiga casa para Londres acabou acontecendo tantas coisas e também com o trabalho, não terminei de desfazer as caixas. Simon também aproveitou para se desfazer de algumas coisas que estavam guardadas no porão de casa, depois fomos para a cama assistir um filme, ou pelo menos era a intenção.

--Não Simon! Hahahahaha. --Ele fazia cosquinhas enquanto eu me contorcia sobre a cama, até que o mesmo parou e depositou um beijo em meus lábios.

--Agora é sério, você já comeu quase todos, é justo que eu fique com o último. --Simon se referia ao chocolate que haviamos comprados.

--Por favor Chris... --Falei enquanto beijava o porto sensível do seu pescoço.

--Isso é golpe baixo Laurie. --Simon falou entregando o chocolate que eu devorei rapidamente.

--Eu sei. --Beijei o homem para que sentisse o sabor do chocolate em minha boca.

--Mmm... pensando bem, o gosto é melhor na sua boca. --Simon voltou a me beijar chupando minha língua, sorriu e logo pareceu lembrar de algo.

--Achei algo quando estava tirando suas coisas das caixas no porão. --Simon levantou e trouxe uma caixa média, havia muitas coisas dentro dela, até que ele retirou uma caixa de veludo vermelho com minhas iniciais nela..

--Isso é...? --Comecei empolgada.

--Sim, sua nove milímetros. --Abri a caixa de veludo e minha 9mm de cabo branco estava lá. --Estava pensando em te levar no clube para treinar, acho que já faz tempo que você não pega em uma, lembro que gostava de praticar.

--Na verdade desde que saí de casa, esqueci ela aqui, teria sido útil.... --Simon abraçou-me.

--Está tudo bem agora.

--Bem, o importante é que estou bem e ele preso, então vamos ao clube? --Falei animada.

--Gostou da idea?

--Eu amei, deixa só eu carregar ela. --Coloquei a munição e Simon foi tomar banho enquanto eu me vestia, saímos de casa direto para o clube de tiro, minha licença estava em dia, mesmo que eu não usasse e não tivesse mais com a minha 9mm, gostava de deixar a licença em dia para caso eu resolvesse comprar outra ou buscar minha antiga. Entramos no clube e eu me posicionei no espaço designado, ajustei o alvo em uma distância mais próxima, a final havia um tempo que não praticava, Simon e eu colocamos os fones para proteção.

Narra Simon

Adele estava tão animada, ela sempre amou praticar tiro, sempre falei que se Adele não fosse médica com certeza seria policial. Ela se posicionou, então coloquei os fones, logo disparou várias vezes até que parou e apertou o botão para que o alvo viesse até ela, Adele mostrou-me onde havia acertado.

--Não perdeu o talento. --Ela trocou a folha do alvo. --Agora vamos dificultar Laurie. --Posicionei o alvo ainda mais longe, na posição que costumava colocar antes de nos separarmos.
A nove milímetros foi presente meu para ela, aniversário de casamento, sei que parece um presente estranho, mas Adele amou, no dia do nosso aniversário levei ela para tirar a licença e depois para escolher a arma, lembro do vendedor me alertar sobre dar uma arma como está para minha esposa, mas eu nunca tive porque temer levar um tiro da mulher que amo.
Adele voltou a disparar e eu me assustei por estar distraído, ela riu da minha reação e parou retirando os fones.

--O que foi? Está com medo de mim?
--A loira se aproximou acariciando meu peito.

--Não querida, pelo contrário, estou amando a visão daqui. --Falei descendo minhas mãos de suas costas até a bunda dela.

--Quer tentar? --Adele perguntou carregando a arma e mudando o alvo.

--Sabe que sou péssimo nisso hahahaha.

--Vamos, eu te mostro como faz. --Desistir de lutar contra ela, Adele me ajudou com a arma e mostrou como fazer. --Espera só eu colocar os fones. --Assim que ela colocou comecei a atirar, alguns tiros não chegaram nem perto do alvo, outros com a ajuda da loira chegaram até o alvo.

--Falei que era péssimo. --Abracei Adele que sorria sem parar.

--Não foi tão ruim amor. --A loira beijou-me profundamente.

--Acho que mereço mais beijos como consolo, não acha?

--Já está se aproveitando hahahaha. --Ganhei meu beijos e Adele voltou para sua posição. Meu celular soou e eu avisei que iria atender.

Simon:

Alô?

Elias:

Simon, estou tentando falar com a Adele, o celular está fora de área.

Simon:

Estamos no clube de tiro, o divórcio já não estava concluído? Algum problema legal com a venda da casa em EUA?

Elias:

Acho melhor sentar, não tenho boas notícias.

Segunda ChanceWhere stories live. Discover now