Capítulo 14

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Os jovens estavam apreensivos.
Era hora de deixar a "segurança" que as paredes da casa paroquial os trazia.

- Antes de sair, façamos uma oração para pedir que Deus nos proteja. - Disse Padre Romildo.

Alguns ali, ja desconfiavam internamente sobre a existência de Deus, mas eram incapazes de dizer algo com medo dos julgamentos que receberiam dos demais. No entanto, tal dúvida era compreensível, já que situações difíceis causavam aquilo. O fogo testa o ouro. E a fé é testada nas adversidades

É muito fácil crer quando estamos felizes e tudo vai bem. Difícil é permanecer fiel quando tudo vai mal.

E como era contraditório tudo que estavam vivendo, com tudo que haviam aprendido ali.

Quem sabe aquele, não era o próprio fim do mundo?

Mas, e eles? Não estavam ali, fazendo o que era certo? Mereciam aquele fim?

Bem, ainda não era o fim de verdade. Ainda estavam vivos e com um objetivo que visava a sobrevivência.

Todos deram as mãos fazendo uma corrente.

- Pai eterno e misericórdioso, guia-nos por este caminho que estamos prestes a trilhar. Nós não entendemos o que está havendo e estamos com medo. Encoraja-nos Senhor e nos fortalece. Tudo isso te pedimos em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. - O padre falou, e no final todos fizeram o sinal da cruz e responderam amém em uníssono.

- Vamos! - Disse Vall. - Não esqueçam, por mais que estejamos assim, não significa que podemos confiar. Sejam um deles. Procurem andar se escondendo.

Todos concordaram e começaram a sair da casa. Alguns com mochilas nas costas. Cada um levava algo que fosse servir como arma. Andavam se arrastando, fazendo a melhor atuação de zumbi possível. Enquanto se arrastavam pela praça, vagarosamente, a vontade era de sair correndo. Os zumbis pareciam alheios a eles.

Zumbis em NOMA Where stories live. Discover now