Capítulo 12 - Nick

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Oi, amores!!

O capítulo de hoje é bem pequenino, só um aperitivo para amanhã.

Se der eu volto ainda hoje, mas não garanto, é dia dos pais.

Feliz dia a todos os papais!!!

Espero que gostem.

Boa leitura!!

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Nick

Segui com a moto pela praia, sentindo a brisa gostosa do mar, as mãos macias de Manuela em mim, o calor do seu corpo, seu queixo em meu ombro. Uma sensação boa, de aconchego, de que aquilo fosse certo.

Não acelerei forte como eu gostava, fui o mais devagar que pude, curtindo cada momento ao seu lado.

Mostrei a ela meus lugares favoritos, os bares onde tinha tocado antes da fama, os restaurantes que gostava de comer e me surpreendi com aquilo, em querer compartilhar com uma quase desconhecida cada pedaço de mim.

Quando entrei em seu bairro, me vi querendo prolongar o percurso, estendê-lo mais, não deixar que acabasse.

Parei a moto em frente ao seu prédio e senti um vazio quando seu corpo se afastou do meu.

Queria me oferecer para subir, continuar a conversa, e me recriminei por aquilo. Eu tinha prometido a Maira que tomaria conta de sua prima, seria apenas um amigo. Um bom amigo.

Assim que ela desmontou, tirei meu capacete e a ajudei tirar o dela.

— E, então, o que achou do passeio?

— Adorei, Nick! Foi fantástico! — Deu o mais encantador sorriso e me peguei sorrindo junto, feliz com a resposta, por saber que dividia comigo aquele prazer. Que poderíamos fazer muitos outros passeios como aquele.

— Que bom que gostou.

Ficamos calados, apenas nos encarando.

Admirei o quanto era linda, com seu olhar suave e jeitinho doce.

Manuela desviou os olhos, direcionando-o para as mãos, sem jeito.

Lembrei daquela manhã, quando a observei, escondido, brincando com meus cachorros, o carinho especial que tinha por Duque, dando-lhe mais atenção, percebendo que meu negão era o mais carente, apesar de marrento.

Há alguns dias eu vinha observando-a, não conseguia me controlar, parecia um imã me puxando em sua direção, e quando ela percebia, eu disfarçava, fingia fazer outra coisa, não demonstrar o quanto mexia comigo.

— Vou entrar. Obrigada pela carona.

— Foi um prazer.

Antes que se afastasse, precisei tocá-la uma última vez. Segurei seu braço, trazendo seu corpo para mais perto, beijando seu rosto, sentindo a pele macia, o perfume gostoso.

Me vi querendo mais, porém, eu não podia. Amizade era tudo que eu teria com ela.

— Até amanhã, Nick.

Se virou, indo embora, e não gostei do que senti, o vazio que me invadiu. Quando percebi, já a chamava de volta.

— Manuela...

— Oi.

Ela virou, me olhando, esperando que eu me manifestasse.

— Bem, eu... — Me vi nervoso, pela primeira vez sem saber como falar com uma mulher. — Eu queria te convidar para viajar comigo nesse final de turnê.

— Viajar com você? — perguntou surpresa.

— É. Na verdade, comigo e com a banda. Terei pouco tempo nas próximas semanas e acho que assim a gente pode adiantar o trabalho. Você sabe, os dias serão corridos, encerramento de um trabalho, início de outro. Gravações de novos clipes, ensaios...

Falei tudo rápido, atropelando as palavras, querendo explicar o inexplicável.

— Imagino a correria que é.

— Enfim, foi só uma ideia. Mas... acho que seria bom.

— Posso pensar?

— Claro, com certeza. Ainda temos alguns dias. — Olhei o capacete em minhas mãos, disfarçando a ansiedade. — E não se preocupe, eu vou dobrar o seu salário, pagarei também as horas extras, adicional noturno, deslocamento.

— Tudo bem. Agora eu preciso mesmo entrar. Estou louca por um banho.

— Desculpe. A gente conversa amanhã.

— Até amanhã. — Novamente sorriu.

— Até.

Voltei para casa com a cabeça fervendo, confuso com o que tinha sentido, com as coisas que disse e o quanto fiquei nervoso.

Quando cheguei em casa, deitei na cama e não consegui dormir.

Me perguntei o porquê daquilo. Por que aquela agonia no peito? Por que Manuela não saía dos meus pensamentos?

Deus, ela era minha funcionária, a prima da minha melhor amiga, alguém que jurei que não chegaria perto.

Porra! Eu não podia desejá-la. Não podia querê-la.

Cansei de rolar na cama tentando achar respostas para minhas perguntas e levantei.

Desci as escadas, ascendendo todas as lâmpadas por onde passava, precisando de clareza em meus pensamentos, e fui para a academia. Coloquei um rock bem alto, AC/DC, vesti as luvas de boxe e comecei a socar o saco de pancada.

Uma hora depois, eu estava exausto, jogado sobre o ringue, porém, o objetivo maior não tinha sido alcançado.

Manuela estava ainda mais viva na minha memória.

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E aí, gostaram?


Acho que nosso roqueiro foi fisgado.

Não esqueçam de votar e comentar.

Amanhã eu volto

Me esperem

bjusssss

Fabi

Ensina-me a Recomeçar (Degustação)Kde žijí příběhy. Začni objevovat