Draco Dormiens - The Dragon's Breath

Capítulo 26 - A Voz do Dragão

Alaric passou por Amelia e Riddle se endireitou na cadeira. A garota se aproximou de seu primo enquanto ele analisava o nariz de Tom.

− É... Foi realmente um tombo feio para ter quebrado desse jeito − disse o mais velho − Vocês fizeram bem em parar o sangramento. Realizou muito bem os primeiros socorros, Amelia − ele bagunçou o cabelo da garota e tirou a varinha do casaco − Mesmo que seja um nariz quebrado, um feitiço simples é capaz de resolver. Tudo bem pra você, Tom?

− Sem problemas, senhor.

− Bem, então... − ele apontou a varinha para o nariz do rapaz − Episkey!

Ouviu-se um estalo alto. Riddle soltou um pequeno gemido de dor e levou a mão no nariz, fazendo Amy rir.

− Creio que isso resolva tudo − disse o belo Kaniff, guardando a varinha − Tenha mais cuidado ao andar pelo bosque da próxima vez, tudo bem? − ele deu dois tapinhas no ombro do garoto.

− Eu terei senhor. Muito obrigado.

− Se precisarem de algo, é só me chamar − Alaric acenou para sua sobrinha antes de sair da sala e deixar os dois jovens sozinhos novamente.

− Tombo? − questionou Riddle. A garota deu de ombros − Não tinha algo menos idiota?

− Ora vamos, pare de reclamar. Você está com seu nariz de volta, não está?

Ele revirou os olhos.

− Eu vou ir ver o Abraxas, ok? − o rapaz concordou com a cabeça. Amelia guardou as coisas que pegou e vestiu o seu casaco − Se precisar de algo é só pedir pro Alfred.

− Ah... − Disse a garota, retornando pela porta − Segundo andar, sessão 14, terceira prateleira, oitavo livro − E piscou para o rapaz antes de seguir seu caminho.

Amy chamou pelo mordomo fantasma, perguntando sobre Malfoy. Ele dissera que o loiro estava na sala interna já fazia algum tempo. Agradecendo o fantasma, Amy foi até onde lhe fora informado. Ela viu Asta brincando numa das poltronas e Abraxas abaixado em frente à lareira. Ela se aproximou do rapaz e tocou seu ombro. Malfoy jogava alguns papéis no fogo. A garota viu o rosto de Walburga ser queimado pelas chamas.

− Abraxas? − chamou com a voz cuidadosa. O rapaz continuou a jogar os papéis. Lágrimas do choro que Abraxas tentava reprimir escorriam pelo seu rosto. O garoto fungou, jogando o ultimo desenho de Walburga no fogo. Amy ajoelhou-se ao lado do amigo e virou seu rosto para ela, obrigando-o a olhá-la. Abraxas encarava o chão, envergonhado.

− Eu sou um imbecil...

− Não diga isso! − Amelia o puxou para perto e abraçou o rapaz, colocando-se a afagar os cabelos platinados dele. Malfoy abraçou a cintura da amiga e enterrou o rosto no pescoço dela, caindo no choro.

− Como eu pude ser tão idiota assim? − disse por entre soluços.

− Abraxas, olha pra mim − ela se separou do rapaz e o olhou nos olhos, limpando suas lágrimas com o polegar − Você é o garoto mais incrível que eu conheço...

Ele fungou, ainda tentando controlar seu choro.

− Eu confiava nela... − ele fitou o chão − Eu... Eu amava ela...

− Eu sei disso... − ela arrumou os cabelos bagunçados do rapaz − Mas eu também sei que você é forte e que vai conseguir passar por isso − Amy lhe deu um caloroso sorriso, afagando seus cabelos − Eu vou estar aqui com você.

Ele esboçou um pequeno sorriso e olhou para ela.

− Me desculpe por não ter te contado antes...

− Não − ele acenou com a cabeça e limpou o rosto na manga do casaco − Você não tem culpa nisso. Eu sei que você tentou me contar... − Ele suspirou −Agora eu entendo o motivo daquelas perguntas na aula de Adivinhação − Abraxas se sentou mais confortável ao lado de Amelia e a garota fez o mesmo − E você fez certo. Eu provavelmente não iria conseguir acreditar nessa história − ele esboçou um sorriso triste − Me desculpe por não ser um bom amigo naquela época.