CAPÍTULO 2

694 65 12
                                    

Keneti

Minha manhã correu numa velocidade incomum, vai ver porque tava só o sono e dormi quase todas as aulas.

Depois do meu último tempo encontrei Cole, meu brother é formos almoçar em uma restaurante qualquer.

- então você tá morando com uma garota? - perguntou - é gostosa, pelo menos? - cole só pensa nisso.

- Dá pro gasto - dei de ombros - é gostosinha, Mais parece ser insuportável. Estuda lá na PIO também.

- ae, eu conheço? Qual é o nome?

- Camila - bebi minha coca - nem perguntei qual curso ela faz. É uma morena, baixinha, cabelo no ombro, cintura fina, toda estressadinha.

- Po, o que mais tem na faculdade é morena de cabelo no ombro né meu parceiro, mas não tô lembrando de nenhuma Camila não, será que ela vai pros rolê da faculdade?

- nem tem cara - relembrei o jeito cheia de não me toques dela - deve ser uma daquelas calouras e frescurentas.

- pelo menos é garota é gostosa kj - ele riu - é tu tem um apê gigante pra aproveitar com a morena.

Fiz cara de foda-se, tava mó foda-se mesmo, não tava nem passando naquilo, tava de boa de menina enjoada no meu pé.

Quis sair de casa por dois motivos, um deles é que não suporto que fiquem no meu pé, não gosto de cobrança e o que mais tinha em casa era isso

Só queria arrumar um lugar com um aluguel mais de boa e meter o pé daquele apê.

Fui pra Brás&Co, a empresa de construção civil e urbana que trabalho como inspetor de execução de obras.

A empresa é do meu tio Luke, então trabalho ali desde que comecei o estágio obrigatório da faculdade, eu até curtia o trabalho e o lugar, não tinha nenhuma pretensão de arrumar outro trabalho.

Chegando lá já bati o ponto é peguei a lista de afazeres do dia: relatórios e mais relatórios, e uma reunião com a equipe de trabalho no final do dia. Já tava prevendo sair dali quase oito da noite.

- Boa tarde, kj - eu tava tão concentrado em terminar os relatórios sobre a evolução do cronograma de uma das obras que nem vi quando a Corinne entrou na sala - como foi a mudança?

A encarei e vi que ela estava encostada no batente da porta.

Usava uma saia dessa que vai até o joelho, uma camisa social que estava aberta um pouco demais e os cabelos soltos deixavam ela ainda mais gata, se é que é possível.

Porra, concentra Keneti.

- é aí, Corinne - voltei a digitar, evitando olhar pra ela - foi tranquilo - resolvi não comentar sobre a treta do apartamento, senão sabia o que ia ouvir.

- tentei te ligar ontem, você não atendeu, fiquei preocupada - ela se aproximou da mesa e se debruçou contra ela - e o seu irmão também.

Ri ironicamente - beleza, Corinne.

- Sabe que se você precisar de qualquer coisa você pode me ligar, né? - perguntou.

- tô ligando - olhei ela e viajei no decote da camisa dela - obrigado.

Ficamos ali naquela troca de olhares: eu, o decote dela, ela, ela, eu, o decote dela, até o telefone começar a tocar e eu me virar pra atender.

Quando desliguei ela já não estava mais ali e eu agradeci mentalmente por isso.

Corinne era uma filha da puta, sabia do poder dela sobre mim e não media forças em usar.

Corinne é minha cunhada, casou com meu irmão mais velho fez um ano e meio, mas nos conhecemos desde adolescência.

E éramos os três sempre juntos, os dois mais juntos na real, e eu igual um cachorrinho atrás da Corinne, e ela sempre curtiu isso, não podia negar que também curtia um pouco ser feito de gato e sapato por ela.

Quando eles namoravam já era insuportável ter que aturar os dois juntos, depois que eles casaram então ficou insuportável de morar no mesmo lugar com os dois, Travis sempre aproveitou qualquer oportunidade que tinha pra esfregar na minha cara a carreira bem sucedida, a mulher gostosa que ele tinha ao lado dele e como ele era mais bem resolvido que eu.

Sempre fui foda-se pro que ele falava, Mas aturar ter que ouvir a mulher que eu gosto pra caralho dar pro meu irmão todo dia era demais pra mim, que não tenho sangue de barata.

Quando meti o louco dizendo que ia embora, Travis riu e disse que duvidava, e a Corinne choramingou dias dizendo que ia sentir saudades.

Verdade é que eu nunca Vou entender aquela mulher, tá casada com meu irmão, diz amar ele, mas as condições que ela me dá quebra minhas pernas demais.

Passei o resto da tarde com a cabeça na Corinne, só pra variar um pouco.

Entreguei as pendências que eu tinha e fuiora reunião com os caras no finzinho do expediente.

Tinha coisa pra caralho pra alinhar com eles, então só sai de lá 19h e pouco.

Só queria ir pra casa comer uma besteira qualquer e me jogar no sofá.

regra número 3 | kjmila Onde histórias criam vida. Descubra agora