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MARIA JÚLIA 👄

Um vestido preto colado nas coxas, as costas abertas e com pouco decote, um salto alto e uma make, só faltou um detalhe... minha peruca loira.

Eu e Bia fazíamos isso desde os nossos 15 anos com o nosso RG falso, paramos depois que conheci Kalebe, o pai dela como o meu é protetor demais, não mais que o senhor Vitor, já que meu pai criou nós 3 praticamente sozinho.

Vesti ela quando entrei no carro e dei partida, gostava de me transformar em outra pessoa mais não deixava meus cabelos negros de lado nem ferrando.

A balada ficava distante do meu condomínio, e raramente encontrávamos pessoas conhecidas lá.

Bia reservou uma mesa para nós duas, já que um camarote chamaria muita atenção.

Ela como sempre fez amizade com algumas meninas e fui até o bar pedir algo, vamos dizer, forte.

O barman corria pra lá e pra cá, olhava para todos os lados menos pra mim, estava de salto, porém precisei ficar na ponta dos pés fazendo meu vestido subir um pouco para ele me notar.

XxX: difícil pedir uma bebida? — virei o rosto e precisei levantar um pouco a cabeça para olhar aquele homem ao meu lado —.

Sapatos puxado mais para botas, calça jeans e camiseta que colava no seu peito e braços.

Uau.

Pensei comigo até parar meus olhos em seu rosto, seu olhar tomou o meu, nossos olhares fixados um no outro me fez esquecer do mundo por um momento.

Maju: Oi? — falei não lembrando mais da sua pergunta e ele riu —.

MEU DEUS. Que sorriso é esse?

XxX: perguntei se está difícil pedir uma bebida — me encarou por alguns segundos e fez um gesto com a mão fazendo o barmen caminhar em nossa direção — o que você quer beber? Suco? — ele segurou o riso e me fez revirar os olhos —.

Maju: Johnnie Walker com coca por favor — desviei o olhar para o barmen que me olhava atentamente e assentiu com a cabeça —.

XxX: pra mim wisk puro com 2 pedras de gelo.

Maju: uau, radical — falei espontânea e ele riu —.

O barmen trouxe nossas bebidas e segurei a minha, antes mesmo de dar um gole seu olhar pousou no meu outra vez e senti minhas bochechas corar.

XxX: um brinde — estendeu seu copo com wisk e fiz o mesmo —.

Maju: ao o que?

XxX: ao seu belo cabelo loiro — eu ri alto e balancei a cabeça—.

Maju: um brinde então.

Dei um enorme gole na minha bebida e desceu queimando pela minha garganta, não fiz careta nem nada, apenas abri um belo sorriso e saí dali sem dizer nada.

Bia estava com uma garrafa de Stella na mão dançando até o chão e parei para rir.

Bia: sumiu, estava com alguém né? — abriu aquele sorriso canalha e mostrei língua — estava relembrando o bar daqui — ela riu alto e me puxou para dançarmos —.

Eu já estava no meu terceiro copo, Deu, esqueci como era beber assim loucamente sem me preocupar com nada.

Meu pai estava viajando, Kalebe... bom, foda-se o Kalebe.

Abri um sorriso ao pensar nisso e me entreguei de corpo e alma para a música, e lá estava ele o belo moreno parado no bar me olhando pela pequena fresta que havia ali, não sei o que deu em mim, meu corpo balançava conforme a música, meus olhos fechavam, abria e encarava-o dando alguns sorrisinhos, e ele? Bom ele era sério e misterioso, bebericava seu drink enquanto não tirava os olhos de mim.

Bia se perdeu com algum boy e eu caminhei até o banheiro me esquivando de alguns homens chatos que segurava em meu braço, e desviava o cabelo para não descobrirem a minha identidade.

Entrei no banheiro e me olhei no espelho, uau Maria Júlia você está... bêbada.

Ri com o meu pensamento, literalmente um pouco alterada.

Sai do banheiro e quando ia passar pelo corredor sinto alguém me puxar pelos braços.

Ele de novo.

Maju: está me seguindo?

XxX: talvez — deu o último gole de seu wisk e colocou o copo encima do lavado que havia nesse corredor para todos usarem —.

Maju: hm, estranho — olhei para seus lábios e desviei para o seus olhos, há... e que olhar era aquele? Era como se ele me quisesse ali mesmo — esse olhar...

XxX: não me diga que você sabe ler olhares — ele deu uma risada divertida me fazendo rir também —.

Maju: as vezes um olhar diz mais do que mil palavras — falei séria e ri de mim mesma — Aí meu Deus, eu não disse isso — balancei a cabeça e ele tocou meu braço sorrindo pra mim —.

XxX: e o que você acha que o meu olhar diz?

Maju: não estou bêbada o suficiente para falar sobre isso.

XxX: então não precisa dizer, apenas me mostre — ele era divertido, ao mesmo tempo sério e misterioso —.

Aquele olhar e aquela voz, ele falava baixo, porém era o suficiente para ouvir e me fazer estremecer por dentro.

Olhei em teus olhos, desvie para sua boca e voltei para o seu olhar novamente.

Abri e fechei a boca algumas vezes porém não saia nada.

O lindo homem misterioso não pensou 2x antes de entrelaçar sua mão em meus cabelos e me puxar para ele, nossa respiração estava próxima e sorri ao sentir aquela mistura de menta com wisk.

Os nossos lábios se completaram perfeitamente, parecia que foi feito pra mim, abri um pouco a boca e ele invadiu cada espaço, chupou minha língua e voltamos a nos beijar, envolvi meus braços em seu pescoço na ponta dos pés já que ele era alto, suas mãos desceram até minha cintura e ele apertou.

Parei o beijo e desviei o olhar para a porta que estava próxima da gente, ele me olhou, desviou para o mesmo olhar que eu e abriu um sorriso.

De mãos dadas invadimos essa porta, porém ele conhecia cada caminho em que estava me levando, deixei-o me guiar e entramos em um escritório que ficava na parte de cima da balada, ele era todo de vidro e dava pra ver as pessoas lá embaixo, sorrindo, bebendo, dançando, beijando e o principal... se divertindo.

Estava próxima do vidro e senti o mesmo atrás de mim, sua boca no meu pescoço foi ideal para me fazer arrepiar dos pés a cabeça, fechei meus olhos e abri quando ele me virou e ficamos cara a cara.

Sua boca me chamava, mesmo calado, o seu olhar conversava comigo e isso era a sensação mais louca que eu já tive.

O lindo misterioso me encostou na parede e voltou a me beijar loucamente, deslizei a unha pela tuas costas e subi por debaixo da camisa, ele era definido até demais.

MANDONA Where stories live. Discover now