EU SOU UM ASSASSINO!

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MICHAEL MODE ON '

Eu estava desesperado, não podia deixá-la amar uma mentira, o Michael que ela pensa que eu sou não existe, eu sou um filho da puta que matou a própria irmã.

Peguei-a pelo pulso e a sentei na cama.

Manti uma distância segura de uns trinta centímetros e comecei a contar o que aconteceu em 2011.

-Mirella,meu pai era chefe daquela maldita quadrilha,ele estava atolado de dívidas e a máfia da oposição matou cada pessoa da minha família até que sobrou, meu pai, mãe, a Barbara, a Catherinne e eu.

Numa noite, invadiram nossa casa e começaram a revila-la por completo, Bárbara conseguiu chamar a polícia e os invasores fugiram.Meu pai também tentou mas ele estava quase saindo de casa e eu vi uma arma no chão, eu a peguei e vi que estava carregada. Eu mirei na perna dele, para tentar retarda-lo mas a Catherinne estava perto demais, eu estava tomado pela raiva e atirei.

Meu pai previu o que eu ia fazer e puxou minha irmã para se defender e o tiro acertou em cheio o peito da minha irmãzinha.-Nós dois choravamos e ela me abraçou.-a Barbara acertou uma facada na panturrilha dele e a polícia chegou a tempo de prendê-lo.

Eu não fui indiciado pela morte da Catherinne,porque foi em tentativa de auto defesa mas mesmo assim eu a matei, Mirella.

-Mikey,não foi culpa sua...-Mirella tentou me confortar mas o que eu menos precisava dela era pena.Ela nunca iria me amar depois do que eu acabara de confessar.

-Não preciso da sua pena okay!-gritei me afastando dela.-Me esquece, não quero machucar ninguém aqui.

-Michael, para.

-Eu sou um homem ruim, se você for esperta vai esquecer que eu existo.

Dito isso eu sai do seu quarto sem olhar para trás e me tranquei no meu.

Olhei para minha foto com Catherinne e pedi perdão a ela mais uma vez.Coisa que fazia pelo menos dez vezes ao dia, todos os dias.

Olhei para o unicórnio de cristal e me lembrei do dia em que sai para comprá-lo. Eu o ia dar de presente de aniversário a Catherinne, que faria 4 anos dois dias depois que ela morreu.

Ela adorava unicórnios. Me dizia para pintar o cabelo para ficar parecido com um. A única cor que ela viu no meu cabelo além do original foi o vermelho.

Me deitei na cama e tirei uma foto da carteira.

Catherinne me abracava e eu estava com o cabelo cor de fogo.

Passei a noite a chorar.

Eu já perdi minha irmãzinha e agora perdi o amor da minha vida também.

As vantagens de ser seu Vizinho Michael Clifford EM EDIÇÃOWhere stories live. Discover now