2.

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Camila retocava a maquiagem em frente ao espelho, quando num flash se viu nos braços de Dalila, que apontava uma arma para a lateral do seu corpo.

"Eu vim fazer justiça pela morte do meu pai." A loira falou puxando a morena em direção à porta.

Camila olhou para o reflexo da loira no espelho.

"Quando eu vim aqui hoje, eu vim pra matar você" Dalila falava baixo próximo ao ouvido de Camila "Mas depois dessa festa tão bonita, eu mudei de ideia... Eu não vou mais matar você. Você sabe o que eu vou fazer?"

"Dalila, me solta. Por favor."

"Eu não vou te matar, pode ficar tranquila. Qual seria a graça de te matar? Tudo acabaria pra você....você nem viveria para pagar pela morte do meu pai... Eu tive uma ideia melhor, eu vou matar outra pessoa... sabe quem?.... A sua noivinha"

"Dalila, não. Para com isso, pelo amor de Deus." Camila sentiu um mal estar, como se tivesse subitamente faltado o oxigênio no ambiente.

"Nós vamos lá pra fora agora e eu vou matar a sua querida esposinha bem na sua frente. Vou tirar de você o que você mais ama, assim como você fez comigo."

"Não, Dalila. Eu matei seu pai, eu atirei nele... se você quer vingar a morte dele, me mata!"

"Eu sei que você matou o meu pai.... assim como eu vou matar a sua noivinha e vou te deixar viva pra enterrar ela e passar o resto dessa sua vida miserável sabendo que ela morreu por sua causa....você vai ter o sangue dela nas suas mãos, assim como você tem o sangue do meu pai, sua assassina infeliz"

"Dalila, fui eu que matei seu pai. Ela não tem nada a ver com isso.... Eu nem conhecia ela. Eu atirei nele... pelas costas...me mata agora e você finalmente faz justiça pelo seu pai"

"Cala boca, sua infeliz, eu sei o que você está tentando fazer... se você continuar falando do meu pai, eu faço a vagabunda da sua namoradinha sofrer até você implorar pra eu matar ela de uma vez..."

"Por favor, Dalila. Eu te imploro, não faça nada com ela... Por favor, pensa na sua filha.."

"Você não ouse falar da minha filha, sua desgraçada!"

"Dalila, eu não quis matar o seu pai, eu não tinha escolha, ele teria matado a minha mãe. Eu tinha que salvar a vida da minha mãe."

"E você salvou...Mas agora vai pagar com a vida da sua amada. Vamos lá pra fora pra você olhar pra ela pela última vez...você vai ficar quietinha, ouviu? Nós vamos lá pra fora e você não vai abrir essa sua boca, se você tentar fazer qualquer coisa pra proteger aquela infeliz, eu mando mais alguém pro inferno junto dela... menos você, porque você vai viver pra pagar pelo que fez." Dalila começou a puxar Camila para fora do banheiro.

"Não, Dalila. Não! Por favor, eu te imploro, deixa ela..." Camila gritava.

"Camila! Camila" De longe, ela ouviu uma voz que a chamava. Abriu os olhos e não conseguiu enxergar muita coisa, estava num quarto escuro. Sentiu que o corpo estava coberto de suor, o coração batia forte contra o peito e mal conseguia respirar.

"Calma, Cá. Tá tudo bem" Ela reconhecia aquela voz. Era a voz de Valéria.

"Val..." Aos poucos, seus olhos foram se adaptando ao escuro e ela conseguiu enxergar o rosto da ruiva. Valéria estava em pé ao lado da cama onde Camila deitava. Ainda estava no hospital.

"Eu tô aqui, meu amor. Foi só um pesadelo. Tá tudo bem" Disse a ruiva.

"Val..." Camila falou, ainda se sentia meio tonta. "Ela me disse que ia te matar."

May I have this dance? - VamilaWhere stories live. Discover now