O nosso amor

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[Pov's Natsu]

Deixei o que quer que fosse, achar que tinha escapado, para então encurralar aquela coisa, foi então que descobri que não passava de uma garota, na verdade, uma gata, assim como eu.

Começo a olha-lá mais atentamente, seus pés pareciam meio machucados mas nada sério, as pernas torneadas grossas como toras, cintura larga, barriga lisa e como só estava de sutiã e calcinha, pude ver perfeitamente seu umbigo, seios fartos, pescoço límpido e cabelos loiros, além das orelhas e rabo negros, a deixando muito sexy; sem dúvida, ela faria qualquer cara babar nela e qualquer mulher morrer de inveja por sua beleza.

Mas quando fui olhar seu rosto, o vi contorcido em uma careta, graças ao medo que devia estar de mim, quer dizer, eu não estava sendo nada gentil, então até dá para entender sua aflição. Inspiro profundamente, sentindo seu cheiro inebriante invadir meu nariz, cheguei mais perto de seu pescoço, cheirando e então beijo a pele dela, escutando um suspiro, volto a olhar para ela, "eu preciso ver esses olhos!" penso:

- Olhe pra mim! - ordeno e ela logo obedece, me dando a chance de ver aqueles lindos olhos achocolatados bondosos, mas ao mesmo tempo ferozes, o que fez meu coração bater mais rápido apenas por esses pensamentos, quer dizer, eu não me sinto assim com ninguém desde a Lisanna - quem é você? - pergunto, querendo matar minha curiosidade.

- Lu-lucy… - sussurra e que voz linda e melodiosa, o que eu não daria para ouvi-lá todos os dias… ops, peraí! Será que….

- Por que estava me espionando? - nesse momento, ela abaixa o olhar, envergonhada, mas isso só piora, já que ela vê meu dorso.

- Eu não estava espionando e sim admirando - explica, antes de levantar o olhar para mim - é que você é bonito e parece ser gentil - diz, né fazendo sorrir, ela é uma graça, então me afasto um pouco dela, lhe dando espaço, o que parece deixá-la mais calma.

- Venha, você precisa descansar, e nem tente retrucar! - digo, não dando espaço para discussões, mas então escuto um gemido de dor, o que me faz virar rapidamente e num segundo, estava ao seu lado - o que foi?

- Meu pé… está doendo! - explica.

Ela tenta dar um passo adiante, mas ela se desequilibra e eu a seguro bem a tempo, ela então levanta o rosto, nos deixando cara a cara, olho no olho, bem, não exatamente nos olhos e sim nos lábios um do outro. Balanço a cabeça, tentando me lembrar de que ela precisa de ajuda, sendo assim, passo meus braços ao seu redor, a pegando no colo estilo noiva:

- É melhor eu te carregar até minha casa, assim você não irá se machucar mais ainda! - explico, começando a andar.

Ficamos quietos o percurso todo, cada um em seus próprios pensamentos, até que chegamos a minha cabana, apenas empurro a porta, logo a fechando, coloco a loira sentada em uma cadeira e lhe entrego um pão, enquanto pego o necessário para cuidar de seu pé. Quando volto, a mesma está quieta e observa tudo, apenas me agacho, começando meu trabalho, contudo, eu queria saber mais sobre ela, entende-la:

- De onde você veio Lucy? - pergunto, a vendo olhar atenta a meus cuidados.

- Nasci em uma cidade ao sul.

- Mas então você tem casa e está bem longe dela agora.

- Eu não tenho mais casa… - sussurra, me fazendo arregalar os olhos, ela vendo meu rosto, explica - por causa da minha aparência, homens maus me pegaram e levaram para um lugar aonde eu tinha de limpar as coisas e deixá-los me tocar - diz, me fazendo ferver de raiva por dentro - e se eu cometesse algum erro eles me batiam… - sussurra, estremecendo com a lembrança, deixando uma pequena lágrima cair.

O que há na floresta?Donde viven las historias. Descúbrelo ahora