8 - Aparências!

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O milkshake finalmente ficou pronto e Minnie voltou tomando ele para casa, Rodolfo deu o seu para mim pois não estava mais com vontade depois do que houve no shopping.

Então voltamos e logo ele me direcionou para seu quarto, porém ao abrir a porta do elevador, vejo logo de cara que há uma porta aberta que eu não havia notado mais cedo e dentro meu pai apontava para o alto como se mandasse alguém pregar algo.

Rodolfo foi a frente e caminhei devagar até adentrar o local e ver um quarto branco com detalhes em preto e vermelho por todo ele.

Uma cama de solteiro ao meio, uma mesa baixa para estudos ao lado, onde havia um grande espaço vazio, um notebook, e na parede contrária à cama um guarda roupa que tomava conta de toda a parede.

Minnie não estava conosco pois foi chamada para algo no andar de minhas irmãs, mas meus olhos se admiraram com o lugar, até que observo uma foto de Minnie e Rodolfo abraçados em um banco de praça onde ele depositava um beijo no topo da cabeça dela, enquanto a menor sorria de lado com o carinho o que me fez perceber que havia uma semelhança entre o sorriso dos dois e aquilo me deixou inquieta.

—O que está acontecendo aqui, chefe? - a voz dele me traz de volta e o fito enquanto meu pai sorri de orelha a orelha e definitivamente vejo que Minnie não tem o sorriso dele, me fazendo querer ver novamente o sorriso de Rodolfo, mas ao contrário ele está sério desde quando saímos do shopping.

—Como Minnie me pediu, montei um quarto só para ela no seu andar, para ela ficar perto da Isabella! - reviro os olhos ao ouvir meu nome. —O que achou? - meu pai segura no ombro de seu braço direito e uma cena me chamou atenção mesmo que não pareceu nada para meu pai.

Rodolfo bateu sua mão tirando o toque de meu pai dele, veio até mim me pegando pelo punho e me puxou para fora me levando até seu quarto, abriu a porta e me puxou para dentro trancando a mesma.

Então levei um susto quando ele socou a parede ao lado da porta deixando um buraco ali e me afasto. A marca era perfeita com sua mão e havia algumas rachaduras.

Eu não entendia o que se passava com ele, pois me pareceu que os dois tinham um relacionamento de chefe e conselheiro bem sólido, não tendo assuntos ou algo do tipo que os separassem. Pelo menos era o que eu pensava.

Seus punhos estavam cerrados e seu maxilar trancado, deixando que cada nervo seu se sobressaltasse. Seus olhos estavam fixos ao chão e não se movia, como se pensasse em algo e estivesse se acalmando de dentro para fora.

—O que... - quando penso em dizer algo, ele me olha e me arrependo logo depois.

—Cale a boca! - arregalo os olhos me afastando mais alguns passos e trombo na cama caindo para trás, porém ao chão.

Faço careta fitando ele a porta que me observa e lentamente sua feição suaviza ao me observar tentado me levantar.
Sinto dor em minha bunda e logo sou levantada por ele que cola seu corpo ao meu e me olha diferente.

Parecia querer me conhecer mais para talvez me contar todos seus segredos e não ter que fingir. Mas para que fingir?

—Me desculpe! - ele se afasta como se eu fosse algo contagioso, me deixando confusa. —Eu não queria... - ele para de falar e nega com a cabeça. —Vou sair... - ele se vira me deixando sem entender o que acabou de acontecer e sai me deixando trancada novamente.

Então retirei minhas sandálias, e devagar me ajeitei na cama, abracei um travesseiro e me lembrei do dia que passei junto à Rodolfo e Minnie, imaginado que se não fosse a máfia, talvez eu quisesse ter uma família, exatamente como aquela.

Então retirei minhas sandálias, e devagar me ajeitei na cama, abracei um travesseiro e me lembrei do dia que passei junto à Rodolfo e Minnie, imaginado que se não fosse a máfia, talvez eu quisesse ter uma família, exatamente como aquela

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Por que não posso contar? - uma voz de sussurro surge, e sinto que meu corpo ainda pesa pelo sono que estava tirando agora pouco. —Ela parece legal...

Os sussurros diminuem o suficiente para eu não ouvir e tento ainda de olhos fechado entender se era sonho ou realidade, porém volto a ouvir vozes.

Porque não sabemos se podemos confiar nela, Nina! - me remexo ao ouvir que talvez fosse Rodolfo que estaria de volta e abro os olhos devagar ao vê-lo junto à Minnie que sorri caminhando até mim e fica de joelhos a minha frente na cama.

—Oi, Bella! - franzo o cenho e aperto meu travesseiro. O sono estava bom. —Papai me deixou ficar perto de você no mesmo andar que o tio Rodolfo! - fito o homem logo atrás dela que está incomodado com algo, mas não diz uma palavra.

—Já viu... - bocejo me levantando. —O quarto? - ela assente com um sorriso de lado e elevo meus olhos ao homem que não diz nada e está sério me deixando frustrada. —Que bom, Minnie... - ao dizer seu nome sinto uma inquietação em Rodolfo que some para dentro do closet e fico confusa. —O que aconteceu?

A ruiva somente me olhou e fitou o closet para onde ele tinha ido e me deixou confusa, a menina se sentou e ficou em silêncio.

—Como você conseguiu sair daqui? - sua pergunta me pegou desprevenida, e não me encarava como Rodolfo fazia quando não queria ter que me olhar em momentos e situações que pareciam decisivas.

—Fiz um acordo com nosso pai! - então seus olhos azuis me atingem. —Sim! Eu prometi que lideraria tudo se ele não deixasse que ninguém soubesse como eu era e quando eu voltaria... - suspiro ao lembrar que já fazia dois anos que fugia dele pois já havia acabado o acordo.

—Então você vai mesmo ficar no lugar do papai? - sua pergunta pareceu ter sido feita por alguém e não por ela, como se estivesse ali para obter informações. —Você não se parece com ele... - a fito de lado e ela está com o olhar longe. —Nossas outras irmãs, sim, se parecem com ele, em todos os aspectos, mas você não! - então me encara e o silêncio toma conta.

—Não se engane, Minnie! - ela franze o cenho. —Sou mais parecida com o senhor Amaro do que imagina! - ela arqueia uma sobrancelha do mesmo jeito que Rodolfo e aquilo me deixa sem chão, por um momento achei ver ele nela, ali, bem na minha frente e minha mente quase entrou em colapso.

Como aquilo seria possível? Ela não era filha dele ou algo do tipo, e sim minha irmã, porém não se parecia nem comigo e nem com meu pai, e nisso ela estava certa, a genética de meu pai era forte o suficiente para deixar vestígios dele em suas filhas, mas nela não.

Ao contrário do que ela disse, eu tinha algo de meu pai e somente por isso eu herdaria o trono da máfia, unicamente pela razão que seu dom com as armas passou para mim e nisso ele soube quem seria a próxima líder, mesmo que eu não quisesse.

—Quem é sua mãe, Minnie? - ela fica em silêncio e foge seu olhar.

—Alguém que não pensou duas vezes ao me entregar para o papai! - percebi um tom de uma ferida ainda aberta e a vejo descer da cama. —Cadê você, tio? - ela corre para o closet e me deixa sozinha tentado juntar as peças que foram jogadas de uma vez em minha mente.

Por que Minnie se parece tanto com Rodolfo?

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Quais são os segredos??

Palpites??

Bjs

Ella - Escolha a quem proteger Onde histórias criam vida. Descubra agora