- HA!

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Ana fica parada esperando que aconteça algo enquanto está com uma cara nada legal...
Lídia baixa o vidro do carro e diz:

- Entra!
- Oi? Não mesmo!
- Por favor?
- Faça-me você o favor! Não vou entrar no seu carro, eu sinceramente tô bem cansadinha de você
- Desculpa, deixa que eu vou te deixar em casa
- Quer me fazer esse favor, como os outros favores que você faz? Estou emocionada! 
Fala Ana debochando. 

- Para de drama e entra logo!
- Eu não vou entrar, não escutou?

Lídia saí do carro abre a outra porta, olha nos olhos de Ana e diz:
- Entra!
- Não!

Ela fecha a cara.
- Ok, então não entra!
- Não vou entrar, relaxa

Lídia fecha o carro e Ana saí caminhando, fingindo que ela nem está lá. 
  ''Chata demais viu.''   Pensa ela.

Ela entra no mercado e pergunta ao moço que está no caixa onde tem uma parada de ônibus mais próxima. Rapidamente Lídia aparece.

- Ha!
Diz ela em tom alto.
- Você nem sequer sabe onde tem uma parada!

Ana olha pra ela a ignora, vira para o moço do caixa e diz:
- Ignora essa louca, então... Onde fica?
- Duas ruas abaixo, virando a direita.
- Tá bom, obrigada viu?

Ana quer sair do mercado mas Lídia está na porta, ela passa rápido e dá um empurrãozinho nela. O moço do caixa, fica olhando as duas sem entender nada. Até que Ana consegue sair e Lídia vai atrás dela.

- Ana! Qual é, deixa eu te deixar em casa vai!
- Nem estou te ouvindo.
- Te compro um sorvete
- Onw, sério?
Pergunta ela com as mãos na bochecha.

- Uhum!
Diz Lídia animada.

- E eu tenho o que? Cinco anos? Já disse que vou de ônibus! 
- Por favorzinho
- Caraca meu, isso tá ficando chato já! Eu cansei tá legal? Tô indo embora, fica bem!
- Não vou ficar bem
- Então para de ficar me seguindo, vai embora cara, você nem sequer trocou de roupa! Isso tá ridículo!
- Eu tô tentando fazer com que fique tudo bem
- Ai como você é uma boa moça em! Eu tô bem 
- Não tá
- Você não está dentro de mim para saber
- Ana eu me preocupo com você sabia?
- Você quer o que? Um premio por isso? 
- Pode parecer que não mas gosto de você
- Onw! Me sinto lisonjeada!
Diz ela debochando.

- Ana por favor, para de ser assim, você precisa entender
- Eu tô falando outra língua por acaso? Já te disse que entendo, tudo, tudinho! 
- Que bom! Agora para com isso, entra lá no carro que vou te deixar em casa
- Você não vai fazer mais nada por mim, já não faz por você mesma quem dirá para os outros!
- Eu juro que tento, mas é difícil você precisa entender!
- Já disse que já entendi! Você é assim, não posso mudar, tá tranquilo seja feliz com seu príncipe encantado
- Não se trata somente disso
- O que mais? Relaxa, não digo pra ninguém o que aconteceu com a gente
- Ana, eu me preocupo com você...
- Caraca meu! Você consegue ser insuportável, eu tô cansada você não escuta? Eu cansei, não era isso que você queria? Agora você conseguiu eu tô cansada! É sempre a mesma coisa, eu converso contigo, a gente sorri, brinca, troca uns carinhos e depois você dá uma surtada! Se você gosta de se sentir um lixo em um relacionamento, porque eu sei que você sente eu não tô nem aí mais! Eu não quero nem a sua amizade, se é que tínhamos isso né... 

Lídia fica paralisada, surpresa ao ouvir tudo que Ana falou.

- Desculpa... Eu sou assim mesmo, ás vezes não consigo ver o que acontece, não consigo lidar com o que sinto nem com o que penso, você não merece nem ficar perto de mim, mas quero que saiba que eu tentei tá? 
Fala cabisbaixa.

Ana se sente culpada, respira fundo, chega próximo dela e segura sua mão.
- Olha, só vai pra casa tá bom? Depois a gente se fala...
- Depois a gente se fala?
Pergunta Lídia com um sorriso meia boca.

- É, só vai tá?
- Deixa eu te deixar em casa por favor!?

Ela respira fundo novamente, coloca uma mexa de cabelo atrás da orelha, olha para Lídia que sorri...

- Tá, mas não tenta puxar assunto
- Prometo!

Ana solta a mão dela, Lídia não sabe se pega de volta... Mas rapidamente ela segura a mão dela e acaricia com os dedos, como uma forma singela de carinho. As duas vão para o carro. Elas colocam o cinto e Lídia começa a dirigir.

- Eu sei que prometi que não puxaria assunto mas... Eu não sei onde é sua casa, então...
- É próximo da escola, me deixa naquela pracinha que tá de boa
- Pracinha?
- É 
- Tá bom...
Lídia fica segurando um sorrisinho, tentando não olhar pra Ana. 






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