Jealous [MarkJin]

Capítulo 13

Agora são sete e meia da noite e Mark está acompanhando os meninos até a porta enquanto eu lavo a louça. Os meninos passaram a tarde aqui em casa e foi bem divertido.
Depois de conversar com Jackson, percebi que eu realmente estava sendo muito seco com os meninos e decidi tomar mais cuidado com o jeito que eu iria falar com eles.

— Jinyoung! — Mark falou em um tom bravo ao entrar na cozinha — Eu falei que iria lavar a louça.

— Você que fez o almoço para todos nós, nada mais justo do que eu ajudar lavando a louça. 

— Bom, então vai passando as louças pra mim que eu vou secá-las. — falou pegando o pano e secando as louças limpas que estavam no canto da pia.

Depois de lavar e secar todas as louças, eu e o Mark nos sentamos no sofá da sala. Creio que esse é o momento perfeito para pedir desculpas por ter sido grosso com ele. 

— Jinyoung — Mark falou antes que eu pudesse falar — eu preciso conversar com você. 

— Pode falar. — respondi olhando para ele.

— O que eu fiz que te chateou? Se foi eu ter dito que a gente estava passando muito tempo junto, eu não queria que você se afastasse, eu só queria dizer que eu tenho outros amigos também. — falou rapidamente.

— Mark, fica calmo. Sim, a maneira como você falou isso me deixou chateado, mas você não está errado e nem é por isso que estou agindo dessa maneira. Já superei isso porque é a verdade.

— Então o que aconteceu?

— Eu não sei como explicar, mas sei que estava totalmente errado em descontar as coisas em vocês, em você principalmente. Me desculpa. — falei cabisbaixo. Me sinto mal por mentir que não sei como explicar, mas muitas coisas podem acontecer se eu explicar.

— Eu aceito suas desculpas. — falou.

— Eu realmente não deveria ter lidado com tudo dessa maneira. 

— Eu preciso perguntar, isso é por causa do Tae?

— Acho que ele é o menor dos meus problemas. Não se preocupa, não é nada que você tenha feito, é tudo coisa da minha cabeça.

— Eu estou mal por não saber como te ajudar. — falou abaixando a cabeça.

— Só de aceitar as minhas desculpas você está me ajudando. — disse e coloquei a mão sobre seu ombro.

Logo após isso, Mark ficou me encarando por um curto período de tempo e não tive outra alternativa a não ser encará-lo de volta. Ele possui um rosto tão lindo e angelical, mas fica muito mais bonito quando está sorrindo e não cabisbaixo como agora.

— Aish, isso está me matando! — falou — Eu não consigo deixar de me sentir culpado. Eu não consigo deixar de pensar em todas as possibilidades que causaram isso tudo e que eu estou no meio delas. Não consigo parar de pensar em... — Mark parou de falar de repente e ficou me encarando novamente.

— Mark, a culpa não é sua. A culpa é minha que... — não consegui terminar de falar. Como posso ser egoísta a ponto de expor meus sentimentos e correr o risco de acabar com o grupo?

— Por que a culpa seria sua? Jinyoung, eu não sei o que você está enfrentando, mas se você guardar tudo para você pode ser pior.

— Eu estou com medo. — falei abaixando a cabeça.

— Medo de quê? 

— Medo de estragar tudo. Medo de destruir tudo que conquistamos. Medo das consequências de falar. — falei deixando uma lágrima escorrer.

— Por favor, não chora! — disse chegando perto e limpando a lágrima do meu rosto para depois me abraçar — Está apenas nós dois aqui, você não precisa ter medo. Você sabe que pode se abrir comigo e eu vou manter tudo entre nós, mas por favor, não chora.

— Aish, não consigo continuar guardando isso pra mim! — disse me soltando do abraço.

— Então não guarde! Pode me contar o que aconteceu.

— Eu acho que gosto de você, Mark. — falei virando o rosto. 

Eu não acredito que consegui colocar isso pra fora. Eu me sinto aliviado de ter contado para ele, mas o fato de que ele ficou impressionantemente quieto me deixou apreensivo.

Quando viro meu rosto de volta para Mark, sua expressão é um tanto indecifrável e eu não sei o que fazer. 

— Eu não acredito que isso é realmente verdade. — disse Mark.

— Eu juro que farei de tudo para deixar esses sentimentos de lado e não vou deixar que a nossa amizade acabe. — falei nervoso.

— Mas eu nunca pedi por isso.