Capitulo 26, A carta de Felicity.

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*Ane

Abri a carta e logo vi a assinatura de Felicity.

Ane...
Resolvi escrever essa carta, por que tenho notícias. Primeiramente queria te pedir desculpas por ter agido daquela for com você ontem no escritório do meu pai, e confesso que eu desconfiei um pouco de você, mas isso que você viu mais cedo era tudo armação. Então eu recebi uma carta anônima que eu creio que seja dessa tal de rebelde. E bom ela tinha me avisado que era para mim tomar cuidado com você e com o que eu falo para você e bom isso já me pareceu muito suspeito. Essa pessoa nos vigia 24 horas por dia e temos que dar um fim nisso. Bom eu te explico melhor quando eu for no treino as 00:00 nas terças e nas quintas, temos que parecer que ainda estamos brigadas. Sobre o Tomás, se quiser contar não tem problema ele pode saber, e somente meu pai sabe sobre nosso planos ( te explico lá na luta) e também o Scott e o Aspen iram nos ajudar vigiando a Sofia e a descobrir sobre a nova rebelde.
E é só isso mesmo. Se tiver novidades me escreva novamente ou nos vemos amanhã à noite na aula de luta ok.

P.S. você gosta do Tomás de verdade? Seja a mais sincera possível.

Ass: Felicity!

Logo que terminei dei um pequeno sorriso. Eu não sei ao certo sobre eu e Tomás, ele vem se tornando um melhor amigo para mim, ele me faz bem mais tenho medo que querer algo a mais com ele.
E alguém bate na porta interrompendo meus pensamentos.
Vou em direção e a abro. Eu ainda estava com o vestido do aniversário de Felicity.

- Tomás, Oi - eu digo me surpreendendo por velo ali com uma bandeija com dois pedaços de torta de morango e com dois sucos de uva. E enrolado em seu braço uma capa parecida com a de um violão.

- Oi - ele fala e me olha com um olhar diferente reparando na minha roupa. - Nossa....é...você esta...linda - ele diz sem tirar os olhos do meu corpo e eu me senti desconfortável com isso é dei um passo para trás e logo abro mais a porta para ele entrar. Ele logo deixa a bandeja no balcão e  se vira para mim que fecho a porta.

- o que você está fazendo aqui a essa hora? - eu pergunto olhando para ele e logo olhando para o relógio era 23:46.

- eu que te pergunto o que está fazendo a essa hora com esse vestido. Está pensando em ir a um baile por acaso? - ele diz e eu sorrio da piada sem graça dele. - bom mais respondendo a sua pergunta eu vi que estava a luz acesa e resolvi fazer um a surpresa para você- ele fala.

- uma surpresa, a essa hora, para mim ? - eu pergunto curiosa.

- sim uma surpresa para você.- ele diz e logo pega o violão que está com uma capa preta em cima e logo ele tira alguns adesivos e pega o violão que era quase igual o meu só um pouco mais claro. - o seu violão estragou na chuva e ele era a única coisa que te lembrava da sua irmã. Então eu resolvi comprar um violão novo e te dar de presente e eu irei te ajudar a colar algumas figurinhas. E bom é claro que daqui 2 semanas sua família irá vir para cá e nos iremos deixar alguns espaços para sua irmã colar alguns adesivos.- ele fala e logo eu dou um pulinho de alegria.

- espera, minha família não iria vir no aniversário de Felicity? - eu pergunto toda animada.

- sim, mas aconteceu uns imprevistos e eles só vão vir daqui duas semanas! E o que achou da surpresa? - ele fala. E eu lhe dou um abraço e digo

- Obrigado Tomás- eu falo.

Logo eu levo a minha atenção a comida que era dois pedaços de torta de morango e suco de uva.

- torta de morango com suco de uva, combinação diferente- eu falo me virando e pegando um pedaço de torta. E ele da risada da minha frase - humm amo torta de limão- eu digo e ele da um sorriso achando engraçado o meu jeito.

* Léo narrando

Eu só queria fugir daquele lugar o mais rápido possível. As suas últimas palavras não saiam da minha cabaça.
- eu te amo meu principezinho.- a última palavra de Laila.

Laila era como se fosse a minha segunda mãe ela já era bem doente. Ela tinha 45 anos, ela foi a minha primeira baba. Hoje em dia ela era uma amiga, mais que isso uma segunda mãe.
Ela sabia de todos os meus segredos ela me ajudava sempre. Ela não tinha medo de mim, muito menos pena. Ela me aceitava do jeito que eu sou, mesmo eu tendo essa escuridão.
Mais  infelizmente ela partiu, não pensei duas vezes para mim fugir daquele local. Da área médica. Não sabia ao certo para onde iria, eu estava perdido nesse pesadelo horrível e não tinha como sair.
Quando a luz do quarto de Ane me ilumina lá do jardim. Subo correndo as escadas. Eu estava quase morrendo de tanto chorar, eu mal conseguia abrir os olhos.
Ane talvez poderia ser a minha salvação. Ela também me entende. Dessa primeira vez que a vi. Eu sabia que ela era diferente. Como se fosse a Laila. Só que bem mais teimosa e briguenta e um pouco mais bonita. Tá eu confesso bem mais bonita. E corajosa. Confesso que Laila era bem cagona ela era muito medrosa mais ainda sinto saudades dela. Cada vez que eu me lembro mais o nome dela, mais dor eu sinto, mais lágrimas descem.

Chego na porta de Ane sem bater já vou a empurrando com tanta força que faz um barulhão e logo me desabo colo de Ane. ( eu sei tenho  9 anos para ficar no colo dela  mais sinceramente eu estou cansado) .

*Ane narrando.

Eu estava pegando a última figurinha para mim colocar quando alguém quase arrebenta a minha porta e quando vejo era Léo que estava chorando e vem correndo em minha direção. E me abraça! 
No cantinho do olho vi a cara de Tomás, ele estava muito assustado.

- Ei Léo o que aconteceu? - eu pergunto o abraçando mais forte, para conforta-lo, ele estava chorando muito.

Ele não respondeu! Ele apenas continuou chorando ali no meu ombro por horas e o Tomás apenas fechou a porta e nos abraçou.

. . .

Ficamos ali por horas até que o Léo dormiu, era mais ou menos umas 2:00 horas da manhã e o Tomás se levanta e pega o Léo no colo e logo ele o leva para o quarto e eu vou junto porque Léo não queria largar da minha mão.

Chegamos no quarto dele e o Tomás o deixou na cama, rapidamente o Tomás o cobriu com um cobertor e logo ele saiu e quando eu fui sair para atravessar a porta Léo me chama:
-Ane! - ele diz com uma voz cansada- fique por favor não me deixe - ele diz e eu vou em sua direção e Tomás vem logo atrás.

- Léo você precisa descansar e eu e o seu irmão também.- eu digo me abaixando para sentar ao lado dele e segurando sua mão.

- Tomás, por favor pegue 1 colchão por favor, ou se quiser ficar também pegue 2 colchões- Léo fala.

- Léo eu não posso dormir  aqui - eu digo - eu sou uma das selecionadas! - eu digo- se alguém ver eu estou ferrada- eu continuo.

- bom, primeiro você não é uma selecionada qualquer, segundo é só ninguém ficar sabendo e ninguém ver- ele diz com um olhar de purfavirzinho.

- ok ok mais só hoje- eu digo e logo o Tomás entra com dois colchões.

- ah, quase esqueci eu tenho que me trocar- eu digo olhando para o vestido do aniversário da Felicity.

- ok pode ir mas o Tomás vai com você ok, não quero que você fuja - ele diz e eu e o Tomás sorrimos.

Uma seleção: O começo de tudo (PAUSADO E EM REVISÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora