Explora o ser, o inabitado.
As vezes vaiado, as vezes contemplado.
As vezes pequeno, gigante no palco.
Na flor da pele, a emoção.
Vulgo o fulgaz.
O clown contemplado da razão
Que habita em mundos que se cria e o satisfaz.
Em sua casa há muitas moradas, como já citava o poeta.
Amargurado pela sua condição
Que só se motiva com o pé no palco, com o musical e uma canção.
Ser artista é enfrentar as barreiras e criar um gênero
As vezes perdido dentro de si, que se acha sem ser efêmero.
O teatro é seu alivio emocional.
Descarrega as dores de sua trajetória na emoção real.
Ser ou não ser, eis a questão? Ser, ser e ser, é a certeza do ator.
Que mesmo no papel mais pequeno, abraça e contempla com alegria e amor.
A tristeza da nota que fermata quando desafina
Mas ele sabe pra que veio, a razão do seu ser
A fatídica condição da sua sina.
Que inunda olhares e expressões, que deixa seu interior transparecer.
Em qualquer casa, ele se destaca, é extraordinário.
Teatro ou circo, tanto faz.
A alegria é real, o ser revolucionário.
Que de texto em texto ou sem fala, cria, transforma, proporciona e cada dia, em cada segundo se refaz.
O artista não precisa de dinheiro, essa não é a intenção.
O artista vibra e dança conforme a canção.
O ser livre, se revoa no clarão.
Você está pronto para presenciar o espetáculo? Chorar, sorrir, apaixonar, sonhar, idealizar ou simplesmente se calar, não importa
É naquele momento em que a arritmia cardíaca e a endorfina faz sentido para o coração.
Ser ou não ser?
Eis a questão.