I like you, but do you like me?

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um bakugou putasso;

"Midorya vai se declarar para o Todoroki amanhã"

A frase o fez interromper a sua refeição para prestar mais atenção na conversa a qual até aquele momento não fez nenhuma questão de se importar.

– Como é?

Questiona quase de imediato àquela figura de cabelos rosas, surpreendendo a todos presentes e até mesmo a si próprio, justamente por demonstrar mais interesse do que deveria com uma simples frase.

– Err… Bom, eu fiquei sabendo da Jirou, que soube da Momo, que soube da Tsu-

– Não enrola, porra!

– Enfim, a Ochaco contou a Tsuyu que o Midorya vinha querendo se declarar ao Todoroki faz um tempinho já. Parece que finalmente ele tomou coragem e pretende fazer isso amanhã, não é fofo?

Não! De maneira alguma aquilo era fofo! Não mesmo!

Todos os xingamentos que conhecia se passaram pela sua cabeça, e todos direcionados a um certo garoto de sardas e madeixas esverdeadas. Por que sempre tinha que ser ele a estragar todos os seus momentos – raros – de tranquilidade? E por que tinha que envolver também justamente o garoto que ultimamente vinha tomando conta de seus pensamentos?

Naquele momento a sua raiva por Deku pareceu triplicar e ultrapassar o que poderia ser considerado limite, e quanto mais processava sobre, pior ficava.

Se fosse por qualquer outra coisa envolvendo Midorya teria ignorado certamente como sempre fazia, contudo, agora se sentia frustado por saber que o motivo do seu ódio diário nutria sentimentos pelo seu crush.

Pois é, você não leu errado. Crush.

De uns tempos pra cá – há umas três semanas – Katsuki havia admitido a si mesmo o que não poderia mais ser negado, a paixãozinha por Todoroki Shoto. E no início pareceu complicado, óbvio. Afinal, estamos lidando com Bakugou Katsuki e tudo relacionado a este nome parecia complicado. E bem, após isso passou a tratar toda a situação com naturalidade e se contentava em observar discretamente – não exatamente sendo discreto – o garoto a distância.

Foi bem estranho como de uma hora para outra passou a observar e gravar cada mínimo movimento executado por Todoroki, e ao mesmo tempo era irritante a forma como tudo naquele merdinha era extremamente adorável. Se pegava imaginando como seria beijar cada pedacinho daquele ser, como seria segurar e bagunçar aqueles fios coloridos e também, como seria receber carinhos dele e se sentir amado.

E por um piscar de olhos tudo aquilo parecia prestes a acabar por culpa do Izuku! Talvez não saberia lidar com todas as possíveis demostrações de carinho, que poderiam ser direcionadas somente a si, para aquele inútil. Isso não podia acontecer!

Sem proferir uma palavra sequer, saiu da mesa do refeitório e foi para algum lugar que pudesse ficar isolado antes do retorno das aulas. Seus colegas estranharam o seu comportamento, mas acabaram nem dando tanto bola por se tratar do temperamental Bakugou. Apenas um certo ruivo observava tudo aquilo com um olhar analisador e crítico.

As aulas do dia estavam encerradas e os alunos podiam transitar livremente – com algumas limitações, obviamente – pela escola ou apenas ir aos seus dormitórios descansar, como foi o caso de Katsuki. Percorria o caminho até seu aposento sem nenhuma pressa aparente e escutando uma música aleatória de sua playlist no volume máximo. Ele estava no mundo da lua e parecia mais quieto que o normal, tanto que pareceu nem notar uma certa aproximação.

Do You Like Him?Where stories live. Discover now