I like you too

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segunda chance;

– Eu não acredito nisso, Todoroki- kun.

– Cara, você é burro ou o quê?

Aquelas duas figuras a sua frente reagiam à sua narração sobre o pequeno episódio de ontem que havia ocorrido em seu quarto. Claramente, Jirou e Momo pareciam indignadas e surpresas com toda aquela história.

Após a saída de Katsuki e do o seu momento de reflexão a respeito de suas atitudes anteriores, Shoto resolveu dormir e tentar esquecer os problemas. Acordou no dia seguinte sem tanta animação e com um certo receio de encontrar um certo loiro, o que foi inevitável, tendo em vista que eram da mesma turma e se viam boa parte do dia. No entanto, Bakugou fez o possível para se manter o mais longe possível de si e aquilo o deixava muito mal – mesmo que tenha merecido.

Às vezes dava umas encaradas descretas a fim de checar se o outro não o encarava de volta, e para a sua – talvez não – surpresa, aquilo não ocorreu em nenhum momento. O mais baixo parecia estar mais quieto que o normal e mais uma vez sentia- se mal por saber que tudo foi culpa sua.

Em um certo momento de seu dia Midorya queria falar consigo.

Todavia, para a sua surpresa, o que o esverdeado queria conversar não tinha nada relacionado com aquilo que os boatos diziam. 

Bom, ele basicamente lhe disse que estava gostando muito de uma pessoa e queria pedir alguns conselhos e uma ajudinha para poder se declarar. O mais chocante foi saber a pessoa a qual o garoto queria se declarar:

– O Kirishima? – indagou, espantado.

– Bom, sim. – coçou a nuca, envergonhado.

Aquilo foi totalmente inesperado, porém não deixou de sorrir aliviado e prontamente aconselhar o amigo naquilo que fosse preciso – mesmo que fosse ele a pessoa mais necessitada de ajuda no momento. E em dado momento acabou desabafando e contando toda a situação que havia causado para o amigo, que tentou confortá- lo e ser o mais compreensível possível.

Midorya não sabia extamente como o ajudar, então lhe disse para que fosse pedir conselhos com Momo e Jirou, pois segundo ele: elas eram um casal, então já tinham experiência sobre esse tipo de coisa.

E ali se encontrava. Sentado em sua cama com as outras duas a sua frente e sendo evidentemente julgado.

– Por que você falou tudo aquilo 'pra ele sendo que o sentimento é recíproco? – Kyoka indagou, muito confusa por sinal.

Nem ele sabia o porquê daquilo, para ser sincero. Talvez fosse insegurança ou medo de experimentar esse sentimento novo que vinha o consumindo faziam alguns meses. Ter Katsuki ali na sua frente adimitindo os próprios sentimentos para si foi um momento inesperado e ao mesmo tempo assustador, se achava um covarde por fugir daquilo.

O problema não estava no loiro, não mesmo. Ele podia ter todo aquele extenso vocabulário de palavras de baixo calão e algumas atitudes grosseiras, no entanto, Todoroki podia enxergar outras coisas por debaixo de toda aquela casca. O período em que conviveram juntos serviu para fazer com que ambos se aproximassem mais e pudessem se conhecer melhor. O meio a meio adimirava a sua coragem e audácia, gostava da maneira sutil com que demonstrava se importar com aqueles que eram importantes para si, achava engraçado quando falava inúmeros xingamentos seguidos, reconhecia sua inteligência e apreciava com gosto a beleza do loiro. Enfim, cada detalhe de Bakugou serviu para alimentar cada vez mais aquele sentimento.

Sentia- se um estúpido por negar tudo aquilo, mas tinha medo de não poder ser bom o suficiente para Katsuki. O amor nem sempre foi tão presente em sua vida, nem sequer havia se apaixonado em algum momento, era tudo estranho e novo. Estava habituado em só observar de longe e ter tudo tão próximo e possível o assustou.

Do You Like Him?Onde histórias criam vida. Descubra agora