Let me know ♡ Kim Namjoon

Chapter 7

Assim que cheguei em casa decidi ligar para a Jane, e dizer sobre minha ideia de ir pra Coréia.

Ela disse: que iria comigo. Sua desculpa foi de que sempre quis viajar para um país diferente, mas acabou se entregando quando disse: Eu sempre tive um fraco por asiáticos. O que me fez rir muito.

Como é impossível dizer não a Jane não contestei. Até porque será bom ter uma companhia já que eu estaria sozinha.

Eu estava tão ansiosa que comprei as passagens para a manhã seguinte.

Depois de arrumar minhas malas, eu estava me preparando para dormir. Já se passava das duas horas da manhã.

Quando de repente escutei um barulho de algo se quebrando na sala.

- Hyuk Oppa, é você? - perguntei enquanto entrava na sala um pouco receosa.

- Yaah! Sol! Eu falei pra você não me esperar acordada.

Ele veio caminhando em minha direção e botou as mãos em meus ombros.

Logo senti o cheiro forte de álcool que exalava do mais velho.

- Hyuk! Você andou bebendo?

- Ye! Esse era o único jeito de eu criar coragem pra te dizer o que eu tenho que dizer - ele disse se sentando no sofá e escondendo o rosto entre as mãos.

- O que você tem que me contar, Oppa? - eu disse em tom curioso - Espera, como você sabe o meu nome verdadeiro? - perguntei um pouco perdida.

Pelo que eu me lembre ele saiu tão de repente que nem deu tempo de falar nada, nem mesmo meu verdadeiro nome .

- É sobre isso que eu quero falar, Sol, por favor me prometa que depois que eu falar a verdade você não vai me deixar? Eu não posso mais esconder isso de você.

- Do que você está falando? - eu perguntei assustada com aquela situação - Por que está chorando?

- Eu...eu sempre soube de tudo. Sempre soube quem você é.

- C-Como assim?- interroguei com os olhos cheios de lágrimas.

- Seis anos atrás, quando aconteceu o acidente com você um policial apareceu no hospital falando que a vítima do atropelamento não tinha família e vivia em um orfanato. Aí quando eu te vi naquela maca: uma garota frágil e sozinha sem ninguém no mundo para protegê-la. Eu me enxerguei em você, já que eu também tinha vivido em um orfanato e nunca tive ninguém ao meu lado. Então quando você acordou e disse que não se lembrava de nada, interpretei aquilo como um sinal. Eu tinha que te proteger. Por isso, paguei o policial para que o mesmo não reportasse ao orfanato que você estava no hospital. Eu já tinha recebido a proposta de emprego no exterior, então decidi aceitar e te trouxe comigo. - ele disse tudo isso chorando.

- Então você está dizendo que sempre soube quem eu era? Mentiu pra mim esse tempo todo? - perguntei tentando segurar as lágrimas que insistiam em querer cair.

Ele aproximou se ajoelhando a minha frente.

- Me desculpa, Sol. - Por favor, você é a única pessoa que eu tenho. Por favor não me deixa.

Eu já ouvi essas palavras antes.

- Eu entendo o quanto é ruim não ter ninguém em quem se apoiar.- pronunciei - E também entendo que você achou que estava fazendo o melhor pra mim. Eu não vou te deixar, porque apesar do que você fez, sempre esteve ao meu lado, mas eu não posso te perdoar ainda, preciso de um tempo pra pensar. Amanhã cedo estou indo pra Coréia, e quando eu voltar nos conversamos.

- Eu entendo que você precisa de um tempo pra pensar. Obrigado por não desistir de mim mesmo depois do que eu fiz. - ele se levantou do chão e me abraçou.

- Okay! Agora eu tenho que dormir porque meu vôo é cedo - eu disse retribuindo o abraço- E você precisa de um banho porque esse cheiro de álcool não está nada agradável - falei sorrindo fechado.