Anos após sua mãe falecer, as cartas que ela havia escrito em seu leito de morte são misteriosamente enviadas. Quando o pai que ela achava estar morto aparece em sua porta e disposto a compensar os 16 anos que perdeu da vida da filha. Skylar não vê...
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Louisiana, 10 de novembro de 2004.
Olá Danny, Como estão as coisas por aí? Desde que cheguei meus pais têm sido muito atenciosos comigo, aliás até fizeram meu prato favorito todos os dias durante uma semana. Nunca pensei que iria enjoar da torta de maçã de minha mãe. Apesar disso, não consegui contar a eles sobre os motivos de ter deixado Seattle e nem sei se um dia conseguirei, tudo agora parece um sonho, na verdade não consigo decidir se foi um sonho ou um pesadelo. Estou lhe escrevendo pois durante esses meses tentei organizar tudo que aconteceu na última vez que nos encontramos, nunca conseguirei te agradecer o suficiente por ter me acolhido na sua casa quando eu mais precisei, após aquele terrível acidente. Mas sinto que não soube lidar bem com as coisas, principalmente naquela noite na lanchonete dos seus pais, não sei como me sentir depois disso, não quero perder sua amizade já que ela é uma das únicas coisas boas que me resta. E além disso, você sabe que tenho sentimentos e pendências não resolvidas com Charles, não seria justo com você e nem comigo. Sinto muita falta de você meu amigo, espero que não me odeie por não ter me despedido e ter escrito uma carta medíocre como essa meses depois. Espero também que um dia nos encontremos novamente. Com amor, Ella.
Dean me encarava enquanto eu lia as últimas palavras da carta.
A bebida parecia fazer meu estômago queimar e minha cabeça latejava com o som alto do lugar.
"Sky?" Ele perguntou aflito.
"Eu acho que vou vomitar Dean" Respondi e fui rápida a correr para o banheiro que eu tinha saído a pouco tempo.
Meu estômago ardia ainda mais e lágrimas saiam de meus olhos na urgência de vomitar. Não conseguia absorver as informações da carta ao contrário disso, tudo não passava de um grande borrão na minha mente.
Encostei a cabeça na tampa enquanto recuperava um pouco de minhas forças, olhei para o garoto ao meu lado e pude perceber que ele não estava sozinho.
