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— Você prometeu que não ia surtar! — ela reclamou e apontou aquele dedinho malcriado de uma figa para mim.

— Eu não prometi nada não — rebati.

Levantei de onde eu estava e fui caçar minhas roupas. Àquela altura meu ponto forte já não estava tão forte assim. A descarada continuava olhando mesmo assim, e eu não podia a culpar. Era impressionante.

Júlia revirou os olhos e sorriu debochada quando eu comecei a me vestir.

— Perdeu a pose, gostosão? — perguntou, cruzou os braços.

Mas olha a audácia! Eu ri e foi a minha vez de apontar o dedo pra ela.

— Você disse que eu sou problema, mas tô achando que tá faltando espelho na sua casa, princesa — respondi.

— Ué, achei que o sonho de todo homem fosse sair por aí tirando as virgindades alheias, tá reclamando de quê?

— Alguns caras gostam dessa porra, eu não! — gritei. — Não sei ser delicado e cheio de florzinha não, princesa. Eu gosto de foder.

Enfiei a camiseta de novo e a cara de pau teve coragem de fazer um bico triste.

Andei até onde ela estava e puxei ela pelo braço para fazer Júlia virar de costas para mim. Colei o corpo naquela bundinha gostosa dela e tirei seu cabelo da frente. Coloquei a boca no ouvido e segurei firme no seu quadril.

— Você não faz sentido nenhum, sua louca — reclamei no ouvido dela. — Fica aí, deixando eu fazer o que quiser com esse seu corpo gostoso, fica se esfregando em mim, me paga uma chupada daquelas pra dizer que nunca trepou?

Júlia bufou como se eu tivesse falado algum absurdo.

— Eu disse que sou virgem, não uma santa intocada! — reclamou. — Já fiz tudo que eu tinha que fazer muitas vezes, só nunca...

Ela mexeu a mão e não terminou a frase. E preferi que não tivesse terminado mesmo. Apertei ela contra mim e puxei o quadril mais pra trás, para fazer a bunda ficar bem colada no meu pau. Me subiu uma irritação muito grande. Grande para caralho. Não gostei nenhum um pouco desse "muitas vezes". Não sabia por que, mas a ideia de imaginar essa abusada na cama com algum idiota qualquer me deixou puto.

— Se já fez de tudo, por que nunca deu para ninguém? — perguntei com raiva. Não sabia por que eu estava com raiva, mas estava.

Ela não falou nada, só cruzou os braços na frente dos peitos e começou a bater o pé nervoso no chão. Arregalei os olhos quando entendi.

— Você tá se guardando para aquele babaca almofadinha — acusei no seu ouvido.

Júlia tentou se soltar nos meus braços, mas ela não ia para lugar nenhum não. Passei o braço na cintura dela e prendi com força. Quase esqueci de tudo quando senti cada pedacinho do corpo delicioso dela no meu. Cacete, como eu queria comer essa mulher. Estava ficando louco. Com a outra mão, puxei seu rosto pra mim e dei um beijo bruto na boca dela.

— Não acredito que você tem esse fogo todo no rabo e nunca fez nada por causa do noivinho da sua irmã — rosnei na boca dela.

— Isso não é problema seu — ela respondeu. Tentou se soltar de novo e continuei não deixando.

— O cacete que não é meu. Você sabe muito bem que eu não tô de bom samaritano aqui, princesa. Eu tô aqui porque quero te comer bem gostoso.

Senti o corpo dela tremer nos meus braços e amaldiçoei meu pau por gostar tanto da ideia. Virgem, cacete. Virgem era sempre problema. Precisava de uma delicadeza que eu não tinha, uma paciência que eu não tinha e tinha o risco enorme de ela se apaixonar, toda emotiva como se a primeira trepada fosse a coisa mais importante da vida. É sempre uma merda, nunca entendi essa importância toda não.

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⏰ Last updated: Nov 10, 2019 ⏰

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MATHEUSWhere stories live. Discover now