6. Forgetting Jesse St. James

1.2K 52 84
                                    

Título Traduzido: Esquecendo Jesse St. James

Uma rajada de vento frio balançou as cortinas do quarto e trouxe consigo o som de buzinas e portas de ônibus abrindo e fechando; acordando Rachel das profundezas de seu sonho de natureza sexual e de tirar o fôlego que ela pensava não possuir a capacidade de ter. "Oh, doce Jesus." A diva exalou em um gemido trêmulo enquanto rolava na cama; seus cabelos castanhos cobrindo o travesseiro onde ela escondia o rosto. Do lado de Quinn havia um simples bilhete da loira informando a Rachel que ela tinha saído para caminhar com um de seus cães, mas que voltaria logo, assinado com beijos e abraços, Q.

Rachel não conseguia sequer lembrar-se de cair na cama na noite anterior (ou melhor dizendo, no início daquela manhã) e estava ciente de que sua pele ainda estava coberta de maquiagem. "Oh, isso é nojento." Rachel suspirou, sentando-se enquanto esfregava o rosto.

A noite havia se saído bem melhor do que Rachel esperava, e encontrar Jesse não fora tão ruim assim. Eles tinham muito em comum e era ótimo ter mais alguém do passado em sua vida. E ela tinha outro amigo. Bem, mais ou menos, Rachel admitiu relutantemente enquanto pensava nos prós e contras de ter Jesse St. James como amigo. Ela mal podia lembrar do último tópico da conversa na noite anterior; o plano.

Bem... não era exatamente um plano, por assim dizer, normalmente planos possuíam etapas. Esse plano possuía apenas uma. E era realmente simples, e algo que era não se poderia dizer a Jesse com toda a sinceridade. Ela queria fazer ciúmes para Quinn, e então a loira se abriria um pouco mais. Ela se expressaria melhor. Rachel queria, não, precisava, que Quinn deixasse o que quer que fosse a que ela estava se apegando. Ela queria a Quinn da noite anterior a formatura em seu quarto. Ela queria a Quinn da noite em que saíra com seus amigos, a Quinn da pista de dança e mais tarde na cama. Ela queria que Quinn rachasse e quebrasse até perder o controle. E se a loira estivesse nua enquanto perdesse o controle?... Tanto melhor para Rachel Berry.

Mas não era sobre o sexo... não completamente, pelo menos. Quinn expressava de diversas maneiras diferentes o quanto se importava com Rachel. Ela só esperava que a paixão escondida por trás dos olhos cor de avelã se manifestasse. Ela ouvira as histórias sobre o Quinn no ensino médio, Quinn Fabray e suas orações e empurrar de mãos para longe. Rachel estava profundamente grata que elas não houvessem se beijado sob o olhar atento de uma pintura de Jesus. Mas isso não significava que Quinn estava livre. Ela estava se segurando e a diva sabia disso. Era como uma barreira entre as duas e Rachel não gostava disso. Porque quando se tratava de Quinn Fabray, não havia barreira que impedisse a obsessão de Rachel Berry. Ela gostava de observar a loira bocejar logo depois de acordar. Na opinião de Rachel, Quinn poderia fazer seus joelhos amolecerem. E ela queria um pouco disso.

"Banho. Um banho friiiio." Rachel murmurou, deslizando para fora das cobertas em direção ao banheiro; era difícil andar quando o espaço entre suas coxas vibrava como um tambor Africano. A diva achou que era isso que se ganhava depois de vinte meses sem sexo. Vinte meses? Minha vida sexual não é um bebê! Já se passou um ano e oito meses sem que eu tenha tido relações sexuais. Sabe... vinte meses parece menos patético. Ou talvez isso tudo pareça patético!

Recostando-se na banheira e descansando a cabeça na borda, Rachel relembrou dos vividos detalhes de seu sonho. Longos cabelos loiros faziam cócegas em seu estômago. Mãos pálidas passeavam levemente sobre sua pele. Palavras sussurradas que a faziam gemer de excitação. Corpos deslizando de encontro a dedos famintos e bocas se consumindo em desejo. "Eu vou precisar de outro banho." Rachel choramingou enquanto virava a torneira para eliminar de vez a água quente.

Enquanto secava os cabelos, enrolada apenas em uma toalha, no quarto, ela sorriu para as diferentes fotografias dela e de Quinn penduradas nas paredes, cômodas e mesas. A maioria delas haviam sido tiradas dentro do apartamento: Quinn com a língua de fora enquanto Rachel sorria ao seu lado, no sofá; a loira não tão feliz enquanto remexia algo na tigela na cozinha, Rachel sentada sobre o balcão, sorrindo; Rachel enrolada entre as coleiras de cinco cães enquanto Quinn rolava de rir; uma simples foto das duas sentadas em um banco no Central Park. Cada fotografia tirada ou por Rachel ou por Quinn com braço estendido. Quase como se só a dupla existisse. E por muito tempo realmente só havia Quinn e Rachel. E embora a diva gostasse de ter amigos agora, ela sentia falta dos dias em que eram apenas as duas contra o Mundo. Ou algo menos dramático.

I'll Be (Faberry) - TraduçãoWhere stories live. Discover now