Capítulo 15

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Entro no bar indicado por Martin King na mensagem que me mandou hoje mais cedo por Instagram

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Entro no bar indicado por Martin King na mensagem que me mandou hoje mais cedo por Instagram. O lugar tem a fachada velha e um letreiro em neon lilás, algumas pessoas bêbadas estão sentadas nas mesas e me lançam um olhar estranho quando adentro o local. Sinto-me deslocada naquele ambiente, pois o barman me encara com um olhar ameaçador e com razão porque nenhum adolescente deveria estar ali.

Martin acena para mim, me chamando para a sua mesa e o me dirijo até lá. Por um milagre, Martin entrou em contato comigo depois que sai da casa de Holly, acho que tem alguma influência dela sobre isso, porém não quis esticar o assunto apenas marcamos um lugar para nos encontrarmos.

O barman traz um refrigerante em lata para mim e uma dose de uísque para Martin.

— O que você queria falar comigo? — Martin pergunta.
A minha vontade é de jogar tudo o que penso em cima dele e mandar o mesmo se foder, porque eu não vou ficar sendo ameaçada pela esposa dele que da qual eu nem sabia da existência até ontem.

— A sua esposa me ameaçou no meio da rua, enquanto eu estava trabalhando. — Respondo baixo, olhando ao redor.

— E o que você quer eu faça?

— Eu quero que você dê um jeito nisso, eu não tenho nada a ver com a relação de vocês. Não quero ser chantageada por ela, eu tenho uma vida e não posso deixar que ela piore ainda mais.

— Calma loirinha, relaxa! Ela não vai fazer nada, ela só quis te assustar e você está deixando que ela faça isso. — Martin acaricia o meu antebraço. — Minha esposa não vai estragar o que existe entre nós. 

— Nós? Você só pode está brincando. Não existe um “nós”, nunca vai existir um “nós”, então acho bom que você se livre das provas que ela tem contra mim. — Digo desesperada, livrando o meu braço da sua mão.

— Ela não tem nada contra você.

A sua expressão relaxada ao bebericar o uísque me incomoda profundamente. Tenho certeza que ele sabe das chantagens da mulher e o fato de ter um detetive seguindo os seus passos, ou seja, ele não vai me ajudar. Eu não faço ideia dos motivos que deixam Martin tranquilo nessa situação ou tudo não passe de um draminha familiar / adolescente para ele. Ele não me leva a sério.

Eu não acredito que estou sendo idiota mais uma vez, em todo esse tempo só precisava me manter afastado dele que ela vai acabar me deixando em paz. Eu não preciso está nesse muquifo de bar, não preciso falar para Martin King acalmar a esposa dele. Eu apenas tenho que ir para casa.

— Foda-se, cara! Ela colocou um detetive na sua cola. — me levanto com tudo, totalmente incrédula com a minha tamanha estupidez. — Como eu já disse: foda-se. Eu nunca mais quero ver você e nem a sua mulher maluca, então esqueça de mim. — Pego o refrigerante em cima da mesa e saio do lugar antes que atraia mais olhares para mim.

Martin King ainda vem atrás de mim falando sobre não ter medo da mulher e que eu estou caindo no joguinho dela, apenas ignoro tudo e peço um Uber de volta para minha casa. No caminho de volta para casa, eu sinto um mix estranho de sentimentos, estou feliz por ter dado um basta nessa vida ruim, triste por ter desapontado Justin e a mim mesma e nunca terei coragem de explicar isso a ele, e muito com uma ansiedade esmagadora de energia negativas que podem dá em merda a qualquer momento, porém tudo isso me leva a conclusão de quanto Martin King é um ser babaca demais para eu usar as minhas energias e a minha educação pedindo a sua ajuda inútil. 

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