-Lia? Sério?- Estou praticamento em choque por ele estar tentando acusa-la
-Mor são simplesmente os fatos, ela veio da Corte Outonal, essa já devia ser motivo suficiente para não confiarmos nela, e depois de uma semana que ela aparece em nossas vidas, esse ato declarado de rebelião acontecesse?
Ele tem argumentos, e sinto que estão todos acreditando, mas eles não conhecem ela. Eu conheço. Sei de tudo pelo que ela passou, toda história conturbada , e totalmente arrasadora, ela passou por muito coisa ao longo da vida, e isso simplesmente a fez ficar mais forte, e extremamente gentil e doce quando preciso, ela é capaz de ser uma soldada impiedosa, mas não faria isso comigo, na minha Corte. Ela tem consideração por mim, e não consigo acreditar tão facilmente.
Não vou desistir.
-Nós sabemos muito bem, que não podemos julga-la, apenas pelo lugar de onde nasceu e viveu. Eu a conheço há anos, tenho a total confiança que ela não faria algo igual.
Eles se entreolham, estão decidindo se vão dar o benefício da dúvida para ela.
-Sabe onde ela está? - Feyre perguntou
- Da última vez que ela me disse estava morando junto com Lucien
- Nós todos iremos lá, e daremos o benefício da dúvida, mas vamos ter que fazer perguntas que ela pode não gostar.
-Eu sei, mas você tem que tirar a prova.
- Elain, você poderia ir com a gente? Acho que seria mais fácil conversar com os dois com você presente.
Feyre pede. Elain está totalmente desconfortável com o pedido dela, mas por fim assente com a cabeça. Feyre é a única que sabem onde ele mora, e aparentemente é em um lindo prédio no centro da cidade.
Quando chegamos, Elain bate na porta, consigo sentir a presença de dois corpos dentro do apartamento, estamos todos apertados no corredor apenas esperando alguém abrir a porta.
Estou um pouco nervosa, não a vejo faz uns quatro dias, e o motivo da minha vinda aqui não é um dos mais agradáveis, estamos prestes de acusa-la de assassinato.
Pela Mãe. Isso não vai da certo.
Nervosismo enche dentro de mim, estou preste a abrir a boca para convence-los a desistir disso, quando ela abre a porta.
Fico chocada.
A primeira coisa que eu vejo é o sorriso descarado, e eu sorrio de volta, vejo que ela ficou extremamente surpresa com a nossa visita, e muito desconfortável , vejo ela fechando um pouquinho a porta pra esconder se atrás, ela parece envergonhada.
- Oi, bruxinha.- Cassian fala.
Mas que merda é essa? Ele está flertando com ela? Ele faz aquele sorriso sedutor que já vi conquistar várias.
Quando volto a atenção pra ela, descubro o porque. Ela só esta vestindo uma camisa social, de um macho sem dúvida, é grande pra ela e vai até a metade da cocha, os dois primeiros botões estão abertos, e consigo ver o decote.
São cinco da tarde, o que é que ela está fazendo?
- Oi?- Lia mais pergunta que cumprimenta.
Rhys começa a falar
Eu estou vermelha, e não sei porque. Bom, na verdade eu acho que é porque tudo o que eu queria é ser a pessoa que está lá dentro com ela.
- Oi, Lia. Sei que é uma surpresa estarmos aqui, principalmente sem avisar, porque tenho certeza que você estava ocupada- Ela fica vermelha quando ele fala isso- Mas precisamos conversar com você.
-Comigo? Agora? É tão importante assim?
Um momento de silêncio.
-Sim precisamos, agora.
Ela assentiu, abriu a porta para todos entrarmos, estamos nos sentindo desconfortáveis, mas a Lia, ela passa dos limites.
O apartamento é médio, a bancada separa a cozinha da sala, ela atravessa a cozinha pega na prateleria um copo de vidro, e coloca uma boa dose de bebida nele.
Estamos esperando alguém falar alguma coisa.
- Longe de mim ser rude, mas o que vocês querem aqui?
-Estou esperando o Lucien para começarmos.
Ela estava no meio do gole quando começou a rir descaradamente, e quase cospe tudo no chão.
-O que? Vocês acham que aquele que está no banheiro é Lucien?
Azriel assente
-Não, não, não, não, não, eu falei pra vocês, somos como irmãos, eu nunca faria isso.
- Então, quem que está lá? - Pergunto
- Uma informação um tanto desnecessária para você, querida Mor.
Ela fala isso dá um sorrizinho e continua com sua bebida.
-Bom, o assunto que temos a tratar é de certa urgência, então...
- Sim, em que posso ajudar vocês ?
É minha hora de falar.
-Lia- Ela olha pra mim- Teve um assassinato na floresta ontem, de um dos Lordes do acampamento.
Paro um pouco, esperando que ela junte as peças e eu não tenha que terminar.
-Entendo, realmente uma perda para os ilyrianos, mas o que eu tenho haver com tudo isso?- Ela pergunta curiosa com tudo
- Ele foi queimado- Azriel fala antes que eu pudesse responder.
Ela volta a cabeça pra ele, arregala os olhos de choque. Entendendo porque estamos aqui. Porque ela tem o dom do fogo, então seria a primeira suspeita
-Então quer dizer que vocês vêem na minha casa não para pedir ajuda, mas de me acusar de homicídio? Porque diabos eu faria isso?- Ela fala em um tom, mais alto na voz, claramente indiganda
Nesse momento o macho que estava no banheiro sai. Todos nós viramos a cabeça, estava focada em como ela ia receber a notícia que esqueci a presença dele
-Lia, sabe onde eu deixei minha camisa?
Quando ele percebe a nossa presença para, reconheço ele, é o dono de uma das baladas mais frequentadas de Velaris.
-Estou interrompendo alguma coisa?
-Está, Elion.
Respondo curta e grossa.
Ele olha para mim, dá um sorriso.
-Que pena que chegou tarde Mor, ou poderia ter se juntado a nós dois.
-Ok, chega.
Lia que saiu do choque, vai em direção a Elion, pega seu braço e entra no quarto. Cinco segundo depois ela sai de roupão, e ele começa a abotoar a camisa.
- Foi um prazer rever todos vocês, Grão-Senhor, Grã- Senhora- Ele fala de cumprimento, olhando para todos mas parando os olhos em Lia- Depois volto para uma segunda rodada, Lia.
Ela só responde levantando o copo com bebida.
Ele sai pela porta.
-Agora podemos voltar onde estou sendo acusada de um crime?
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Corte de Vingança e Ódio
FanfictionDepois da derrota e morte do Rei de Hybern, o Círculo Íntimo tenta superar as tragédias do passado, mas outro perigo está a espreita, e com ajuda de uma nova amiga terão que enfrentar a vingança pelos que foram mortos pela Guerra