Doze.

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Brooklyn, New York; 01 de Setembro; 21:12.

Josh sente as mãos suarem frio enquanto aguarda o taxista manobrar o carro em frente à loja.

Lovely Strawberry.

Sina convidara Any para a festa como forma de gratidão ao carinho que a mesma teve com eles desde o dia em que foram pedir o orçamento, mas como não era uma convidada oficial, nem mesmo guardara o seu nome na memória.

Por isso não tinha nenhuma Any no casamento.

É claro que tinha.

Depois de lutar contra Bailey que, insistentemente, pedira para vir com o amigo e implorar por um pedaço de bolo, Josh finalmente está a metros de distância dela.

Ele não se questiona se ela não quer sua presença ali.

Ele sabe que sim.

Josh sai do carro e corre até a porta de vidro, sentindo o coração parar ao olhar pra dentro e encontrá-la: no meio de mesas cheias de clientes e crianças correndo com o rosto lambuzado de chocolate, usando um avental sujo de glacê enquanto conta um dinheiro no caixa.

Apesar do cabelo preso em um rabo mal feito e a visível feição de cansaço, ela continua sendo uma das coisas mais lindas que Josh já viu na vida.

Inspirando o ar pela terceira vez, ele abre a porta e pisa dentro da loja. Um barulho estridente de sino toca pelo movimento e chama o olhar de todos para sua direção.

Inclusive o dela.

Os reencontros de filmes e séries são sempre dramáticos: pessoas correndo e girando no ar enquanto músicas de vitória soam no fundo.

Não é isso que acontece.

Josh caminha até Any devagar. Sabe que não precisa de pressa, eles tem todo o tempo do mundo.

Enquanto se aproxima, nota o rosto surpreso da garota ser tomado por um sorriso sincero. Os olhos de ambos não conseguem se desconectar mesmo com os gritos alheios e conversas de clientes ao redo. Naquele momento, só existiam os dois.

Assim que está perto o suficiente, Josh coloca a mão em seu pescoço e solta o ar aliviado.

— Ainda bem que você me achou. – Any sussurra e Josh ri, selando rapidamente os seus lábios em um beijo.

Pode ser que o dia seguinte estrague tudo. Pode ser que, nos próximos meses, as lembranças do dia vinte e quatro de agosto não sejam mais tão mágicas ou gostosas de serem lembradas... Mas agora eles têm um ao outro e isso faz com que ter apenas o agora baste.

Por Hoje Nós. | BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora