DARKSIDE ⇘ the thundermans

ᴄᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ ᴜᴍ

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Amy levantou ansiosa da cama. Mau conseguira dormir, uma coisa que já era de se esperar. Uma dose de ansiedade dominou o seu corpo. Fazia cerca de cinco anos que não reencontrava a sua família e a agora era a sua chance. A Thunderman lembrou-se do motivo pelo qual tivera que abandonar a sua família e o porque sairá de casa para ir se abrigar na casa da presidente Quebra-tudo para que logo depois fosse presa.

Balançou a cabeça para os lados afastando os seus pensamentos para longe com um pequeno peso na conivência e no coração por ter - meio que - abandonado a sua família no momento em que ela mais precisava. Amy engoliu em seco e soltou um bocejo cansado indo arrumar as suas coisas para sair da casa da presidente.

Nunca é fácil ter que deixar as pessoas de lado e muito menos ter que abandonar uma família inteira. Os olhos castanhos claros se fecharam brevemente por alguns segundos.

Quando abriu-os estavam cheios de lágrimas. Algumas lágrimas escorreram pelos seus olhos molhando sua face enquanto formava uma trilha de lágrimas que percorria desde os olhos até o queixo passando pelas bochechas rosadas.

- Inferno - xingou chutando o ar. Enxugou as lágrimas dos olhos com as costas das mãos com brutalidade e raiva por esta chorando.

Uma batida na porta assustou Amy que sobresaltou-se pulando no lugar em que estava. Não notara que estava tão submersa em seus pensamentos, acordara dos seus devaneios com a batida que lhe causou um pequeno susto e fechou os olhos com um sorriso triste nos lábios vermelhos.

- Amy - chamou a presidente do outro lado da porta - está na hora - a menina ergueu a cabeça fazendo com que alguns fios de cabelo negro caíssem sobre seu rosto.

O cabelo negro que quando criança era longo, agora não passava dois dedos abaixo dos ombros. A menina coçou o nariz e olhou para a mochila que estava pronta com suas roupas e suas coisas necessárias, com seus poderes de telecinese, a mochila parou nas mãos da menina.

- Estou pronta, presidente Quebra-tudo - Amy afirmou quando abriu a porta dando de cara com a presidente que estava cruzandos os braços abaixo dos seios - desculpa a demora - soltou uma rosada fraca e meio envergonhada.

A presidente apenas revirou os olhos e as duas saíram da casa. Respirou fundo. Inspirou. Antes de passar pela porta dupla de madeira da casa da presidente em qual estava dormindo há mais de uma semana. A mulher fora gentil consigo permitindo que ficasse na cada dela até que a menina se acostumasse com tudo o que tinha acontecido e com os seus sentimentos.

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Perto das três da tarde a presidente Quebra-tudo parou o carro que estava a dirigir na frente da casa dos Thunderman's, uma corrente de ansiedade passou por todo o corpo de Amy. A garota balançou a cabeça para os lados tentando afastar seus pensamentos turbulentos e olhou para a mulher que cuidou de si durante cinco - longos - anos com carinho.

- Agradeço por tudo que fez por mim, presidente - a garota abriu um sorriso e seus olhos brilharam levemente - você foi como uma mãe para mim e te agradeço por cuidar tão bem de mim durante esses anos.

A presidente abriu um pequeno sorriso para não desmanchar a sua posse de valentona, mas seus olhos brilhavam pelas lágrimas que preencheram seus olhos. Às vezes Amy odiava seu poder de conseguir sentir o que os outros sentem, pois as emoções se tornavam incontroláveis em muitas vezes.

Dando um abraço caloroso na presidente a menina se retirou do carro e seguiu para a casa em que os Thunderman's estavam morando agora. Dentro da casa estava uma confusão, Billy e Nora estavam brincando de pique-lazer e sem querer queimavam alguns móveis da casa. Os gêmeos Thunderman, Max e Phoebe, discutiam sem parar. Henk estava tentando controlar as crianças assim como Barb.

Uma batida na porta fez com que todos parassem, não pela batida, mas pelo monitor não ter avisado. Barb se aproximou da porta enquanto as crianças iam arrumando as coisas o mais rápido possível.

- Oh, meu Deus! - exclamou Barb Thunderman sentindo o seu coração se aquecer ao ver o rosto da filha que tanto amava depois de cinco longos anos. No outro segundo estava abraçando a menina o mais forte que conseguia - você voltou - um sorriso pequeno surgiu nos lábios da mãe Thunderman.

- Agora estou aqui, mãe - Barb sentira-se feliz por ouvir a palavra mãe saindo em um tom doce e aconchegante da sua filha.

Amy engoliu em seco quando sentiu as emoções de Barb lhe acertarem com força quase que lhe derrubando no chão. Uma mistura perfeita de saudade, amor e carinho que fizera com que os olhos de Amy se encherem de lágrimas. Céus como odiava sentir o que os outros sentiam.

- Barb - chamou Henk olhando para a esposa que estava abraçando alguém que ele não conseguiu ver o rosto.

A mulher se separou da filha a contra-gosto. Abriu um pouco mais a porta para que todos pudessem ver a Thunderman do meio, por apenas alguns
minutos mais nova que a Phoebe e alguns minutos mais velha que o Max. Agora o trio de gêmeos estavam reunidos.

Max e Phoebe se entreolharam assustados quando sentiram a presença da irmã gêmea. Mesmo que fossem gêmeos, os três tinham as suas personalidades diferentes. Enquanto Max era o mau e a Phoebe era o bem, Amy era o bem e o mau juntos na mesma pessoa e isso assustava a alguns, principalmente os dois irmãos.

- Eu voltei - abriu os braços com animação.

As expressões de surpresa e choque fizera com que a filha mais velha soltasse uma risada gostosa e melódica. Max suspirou confuso e se retirou lentamente da sala. Amy olhou para ele e o fez ficar na sala com a sua telecinese. Negou com a cabeça e se aproximou lentamente dele com um sorriso.

- Fugindo de mim, Max?

Os olhos castanhos do garoto giraram dentro das órbitas brancas. Continuava o mesmo garoto rebelde, pensou Amy avaliando o irmão. Seus olhos demoraram na jaqueta de couro preta que ele estava usando. Um pequeno sorriso surgiu nos lábios dela. Iria pegar aquela jaqueta, anotou mentalmente e deixou Max livre de seus poderes.

- Devemos nos preocupar? - perguntou Henk em um sussurro para a sua esposa.

Barb o olhou.

- Por enquanto não, amanhã talvez - fez uma pausa - VAMOS COMEMORAR - gritou Barb com um sorriso.

Amy sorriu docemente, parecia um anjo, mas não era e estava longe de ser um. Se antes a casa dos Thunderman não virou de cabeça para baixo agora iria. Se apenas dois gêmeos já causam um grande estrago imagine três.

Henk lembava-se muito bem das brincadeiras pesadas que Amy e Max faziam um contra o outro e as vezes que faziam a Phoebe como alvo. Muitas vezes tivera que levar os filhos para o hospital com alguns ossos quebrados por causa de uma briga que tinha começado por um motivo besta. Agora tudo iria retonar, mas desta seria pior - estava sentindo que seria mil vezes pior - sua intuição dizia.