Capítulo 15: Incertezas

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POV Millie

Sabe quando você não faz ideia do que vai acontecer? Por mais que sua mente perambule por varias realidades alternativas, nenhuma delas consegue se estabelecer em certeza? Bem, é claro que sabe, ninguém tem certeza de nada.

Esse é o motivo por qual às pessoas acordam pelas manhãs atrás dê respostas que elas não têm: A falta de certeza. Porque o simples fato de não ter controle, é aterrorizante para qualquer ser humano, seja em um vazamento de água, relações pessoais, doenças incuráveis e catástrofes. O simples fato de não saber o que acontece no final da história, é motivo suficiente para deixar qualquer um de cabelos em pé.

A única coisa que eu poderia afirmar é que eu estava confusa, e a partir daquele beijo, eu não saberia como explicar minha relação com Finn. Estar com ele é como um jogar xadrez sem estar olhando para o tabuleiro, de acordo com às regras dele, nas quais ele poderia mudar à qualquer momento; eu não tinha certeza de nada em relação à Finn.

— Mãe, posso te fazer uma pergunta? - questiono enquanto ajudava ela a dobrar às roupas que estavam jogadas pela casa

— Claro, minha filha - afirmou ofegante, demonstrando o cansaço de fazer aquele ato repetitivo

— O papai um dia já fez algo que você no momento soube explicar, e depois não soube mais? - digo, tentando encaixar em minha atual situação

— Bem, isso é muito específico filha, por que está querendo saber coisas à respeito de seu pai justo hoje? Não precisamos de mais drama dentro dessa casa, você tem visita, inclusive, vá lá perguntar se ele precisa de algo - alertou

Se ela soubesse que minha visita é o drama em pessoa, não me aconselharia dessa forma, ou de jeito nenhum, ela com certeza me faria correr para o mais longe possível. Mas à essa altura do campeonato, fugir dos meus problemas não adiantaria de nada, quando eu saí de Nova York percebi que o problema não fica aonde você quer que ele esteja, ele corre atrás de você viajando até o outro lado do país, em um avião, te dá um beijo e fica sentadinho na sua cama esperando a hora do almoço, enquanto você dobra as roupas com sua mãe.

— Finn? - chamo

— Meu nome - indagou, chamando minha atenção até o quarto

— Você precisa de alguma coisa? - questiono sem olhar diretamente em seus olhos

— Não - responde de forma seca

— Hm, tá legal então, eu vou estar lá embaixo se precisar de alguma coi...- digo tentando descer as escadas discretamente

— Não, não! Espera, na verdade eu preciso! - vociferou repentinamente - Preciso que você me pergunte o que realmente quer saber

— O que eu quero saber? - questiono engolindo em seco, estava escolhendo entre a alternativa de fingir de morta ou morrer mesmo

— Acho que não deveria perguntar isso para mim, e sim pra sí mesma, Califórnia

— E-Eu, não...É, você sabe, que eu... - gaguejo tentando encontrar as palavras certas

— Ei relaxa, não precisa agir dessa forma comigo, sou eu, tá bom? - diz tentando me tranquilizar, mas o fato de ser ele, era o que me deixava completamente desesperada

— Eu sei é só que, eu tenho medo da resposta, então, eu prefiro não perguntar por agora, tá legal? - esbravejei, será que pular de uma casa com dois andares dói muito?

— Não sabia que você era covarde, Califórnia - provoca com um sorriso maléfico

— Eu não sou...- começo, mas sou interropida

Supernova |Fillie| • Não Finalizada •Where stories live. Discover now