O Rei Insano

21 2 0
                                    

a princesa no deserto

agora chora

flocos de neve

afiados como o inferno,

sua linda face pálida, corta

a princesa foi condenada

a morrer sozinha e congelada

longe de tudo

a neve é teu mais belo tumulo

o seu pai a condena-la

pelo pecado ou maldição

que sua filha, o rei trai-rá

motivo qual explicaria

se antes a princesa, estivesse viva

o rei alucinado, mata os condenados

o pescoço, esse sendo arrancado

pelo sádico carrasco

junto com a morte

vinha o pavor

o pavor do machado o corte

o medo do reino

sabendo...

que a unica barreira, para sua morte

é apenas uma questão de tempo 

a princesa, num ato de coragem envenena a janta do rei insano

e cheio da mais perversa crueldade

mandou sua esposa, provar de seu jantar

arrependimento da princesa veio

mas nada adiantaria

sua mãe morta

espuma branca, da sua boca saindo

o rei sádico, comprovou seu pensamento

viu em sua filha, a traição

ele perdera sua esposa

mas isso à ele não importa

tudo que ele via, era ira

sua filha ao deserto gelado

condenou a morte

os guardas a pegaram 

amararam-a num poste

que o único fim era esse

matar da mais crueldade, os piores condenados

o rei fora junto participar

da execução de sua traidora

sangue do seu sangue

carne de sua carne

os guardas terminaram de amarra-la

as mãos atras de seu corpo

postura ereta

o rei pegou seu chicote

pedras, chumbos e pedaços de ossos

na tiras de couro amarradas

o rei a chicoteou uma vez em seu peito

depois, outra, e outra, e outra vez

a neve ao seu redor estava vermelho pelo seu sangue

o rei com sua tropa condenou-la ao inferno

com seus ritos e maldições

a princesa agora chora, pela mais intensa dor e frio

e também por saber que seu pai

o reino ira dizimar

alma por alma até por fim

ele for o único a restar

para assim seu solitário fim encontrar

junto com as milhares almas

a que ele matara

junto à ele a assombrar 

e a eternidade ser castigado

O rei insanoWhere stories live. Discover now