Capítulo 1

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"O povo tenta escapar do casório, mas depois que casa não consegue nem imaginar como a vida seria sem aquela bendita pessoa."

ꟷ T. M. Kechichian, autora da série Enigmas.

Rômulo

A noite de ontem foi a melhor da minha vida. Acho que tenho repetido isso desde que Antonia e eu nos acertamos, mas não posso negar que a forma selvagem como nos amamos foi épica.

Seu corpo nu totalmente entregue às minhas vontades, como se fossemos um só, meu pau se encaixando perfeitamente em sua boceta, totalmente ajustado, em um vai e vem inebriante.

Lamentável foi ter que concordar em levá-la embora, depois do sexo maravilhoso que fizemos.

— O que você tem? — Minha noiva se aproxima.

Continuo encostado no balcão, apoiando um cotovelo sobre ele.

— Nada. Só tava me lembrando da nossa trepada de ontem. — Sorrio, complacente.

— Pelo amor de Deus. Cala a boca, Rômulo. — Ela olha, afoita, para os lados.

— Não menti, cabrita. — Abraço sua cintura.

— Mas não precisa anunciar.

Colo minha boca na sua e automaticamente seu corpo se derrete, moldando-se ao meu, como sempre acontece. Por um segundo, esqueço que estamos na barraca de dona Lélia e desço a mão, dando um aperto gostoso em sua bunda.

— Tira a mão daí. — Ela puxa meu braço para cima.

— Não consigo. — Desço novamente.

— Eita! Lasqueira! — Corto o beijo, fitando meu irmão se aproximar.

— O que quer, mala?

— Nada, não. Vim bater um papinho com a sogra. — Vinicius ergue uma sobrancelha.

— Tem nada pra falar com ela, não. Eu é que vou!

— Que isso, Rômulo? Por que ele não pode falar com a minha mãe? — Toninha fica intrigada.

— Nada — Vinicius e eu respondemos.

— Vocês estão aprontando, isso, sim. Se eu ouvir qualquer coisa sobre aposta e casamento na mesma frase, juro que conto para minhas irmãs. — Ela aponta o dedo de mim para Viny, enfatizando a fala.

— Relaxa, cunhadinha.

— É, cabrita. Pode ficar tranquila. — Beijo sua bochecha e ela se afasta.

— Foi por pouco.

— Pouco? O que fazendo aqui? Eu vou falar com a sogra, ache outra pessoa para te ajudar.

— Não vai adiantar. — Marcelo chega à conversa.

— Só por que você já veio? Tenho mais lábia, maninho — debocho.

— A sogra não quer saber desse papo hoje, ela já avisou.

— Droga! — Viny protesta.

— O que os três estão fazendo parados aí?

— Eita, porra! — Assusto com a voz atrás de nós.

Viramos juntos, dando de cara com a figura baixa e impositiva de dona Lélia. As mãos no quadril, o olhar desconfiado, o mesmo que as filhas têm, mostrando que não está no seu melhor dia para ser aliciada a um lado da aposta.

— Então?

— Sogrinha, querida... — Viny tenta e é cortado.

— Se vieram falar de casamento, tirem o cavalinho da chuva.

[Degustação] Devotado Para Mim - Livro 5Where stories live. Discover now