Onde que eu estou?! Quem é você?! Como eu vim parar aqui?!

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-Olá? pode me ouvir? senhorita? consegue me ouvir? - Eu podia ouvir uma voz grossa e rouca, mas parecia estar distante, meus olhos estavam pesados e por isso mal conseguia abri-los, mas podia ver vagamente a imagem de um homem

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-Olá? pode me ouvir? senhorita? consegue me ouvir? - Eu podia ouvir uma voz grossa e rouca, mas parecia estar distante, meus olhos estavam pesados e por isso mal conseguia abri-los, mas podia ver vagamente a imagem de um homem. - Senhorita? está ouvindo?

Quando finalmente consegui abrir meus olhos me deparei com um homem que vestia roupas estranhas, uma espécie de colete ou era um terno, não sei, mas sei que nunca vi ninguém usando algo do tipo, somente em filmes, ele usava também botas marrom e uma calça de tecido claro, era um homem muito bonito, seus olhos eram azuis como a tarde, seus cabelos eram castanhos e levemente compridos.

-Senhorita! ainda bem que acordastes, sente-se bem? - Ele parecia muito preocupado

- Acho que sim, só estou com muita dor na cabeça - Eu disse olhando ao redor e percebendo que eu estava em um lugar muito estranho.

Eu estava em uma estrada de terra, ao meu redor haviam muitas árvores e um gramado, na minha frente além do homem também tinha um cavalo preto, resumindo, eu estava no meio do nada, ao notar isso eu tentei me levantar rapidamente mas acabei tropeçando em meu próprio vestido, mas aí vem outro problema, lembro muito bem que hoje de manhã eu coloquei uma calça jeans rasgada no joelho e uma blusa branca e comprida com uma estampa preta que tinha escrito ''Don't stop me now'' porem, agora estou usando um vestido rosa bebê com alguns detalhes de renda, ele era super comprido e pesado, também podia sentir algo apertando minha cintura, e a única coisa que eu conseguia pensar era ''Mas que porr* tá acontecendo aqui?''.

-Onde que eu estou?! Quem é você?! Como eu vim parar aqui?! - acabei fazendo várias perguntas, pois estava muito assustada.

-Perdão Lady, eu sou Lord Christopher Soule Scarbrough, eu estava cavalgando quando de repente a senhorita apareceu correndo, não consegui parar o cavalo a tempo e acabei a atropelando, peço perdão pelo inconveniente. - Ele tinha um olhar preocupado no rosto.- Se não for incômodo, eu gostaria de levá-la a um médico

-Eu? correndo? eu não lembro disso, só lembro de pegar meu celular, ser atropelada por um carro e não por um cavalo, e uma coisa que eu não estou mesmo entendendo é como esse vestido veio parar no meu corpo, me lembro muito bem de ter colocado uma calça.

-Uma calça? - Ele pareceu muito confuso sobre isso - Bom... perdoe-me pela ignorância mas, o que seria um carro? e o que seria um celu-ce-celular?- ele disse as palavras com dificuldade como se nunca tivesse as ouvido antes

''Quem em pleno 2019 não sabe o que é um carro? Esse cara deve ser maluco''

Tentei me levantar novamente e quando ele percebeu me estendeu a mão e disse - Eu poderia ajudá-la senhorita?

-Claro - Peguei na mão dele e me apoiei para levantar com mais facilidade, ele usava luvas vermelhas de um tecido muito macio - Mas como assim em pleno 2019 você não sabe o que é um carro? em que mundo você vive, anjo? - Após ficar em pé senti uma tontura e quase cai para o lado, porém ele segurou em minha cintura me impedindo de cair.

-A senhora deve ter batido a cabeça com muita força realmente, falta cerca de 180 anos para 2019 chegar.

''Peraí, 2019 menos 180 da 1839... mil oitocentos e trinta e nove? HEIN?''

-Espera, estamos em mil 1839? - Eu disse meio sem entender a situação

-Decerto, a senhorita se esqueceu o ano? - seu olhar ficou ainda mais preocupado - perdoe-me, é culpa minha, eu devia ter cavalgado com mais cuidado.

Okay, ele deve ser um completo maluco, ele realmente acredita que estamos em 1839? bom, isso explicaria aquelas roupas estranhas - quer saber? eu vou andando mesmo, não se preocupe comigo, pode voltar para casa - me soltei de seu abraço e tentei caminhar mas estava tonta demais para fazê-lo e novamente quase cai mas ele me segurou outra vez.

-Tem certeza? Mal consegues ficar em pé.

-Eu não sei não e se você for um estuprador? - disse receosa de acompanhá-lo

-Eu nunca cometeria tal ato - ele parecia ofendido - por favor, eu só quero lhe ajudar.

Após pensar por alguns segundos resolvi acompanhá-lo, porque meio que a cidade sumiu, eu estou falando com um homem a cavalo que usa roupas estranhas, eu estou usando roupas estranhas! Talvez sejam alucinações e se forem eu realmente preciso de um médico.- Tá certo, eu vou com você, mas é melhor tomar cuidado, eu já fiz karatê, posso muito bem quebrar seu nariz.

-Karatê? É melhor nos apressarmos. - Ele caminhou comigo até o cavalo e me ajudou a subir, quase caí mas deu certo.

-Segure-se - disse ele antes de subir para que eu não caísse com o balançar da sela, o mesmo se sentou atrás de mim e passou suas mãos pela minha cintura meio que me abraçando por trás.

-Ei espertinho, não tem outro jeito de me levar não? - eu disse meio envergonhada com a situação

-Até tem senhorita, mas só se a senhora quiser cair do cavalo - então eu olhei para baixo e vi como era alto, e por conta do medo segurei forte os braços dele, Christopher deu um leve sorriso debochado de minha ação balançou a cabeça e depois segurou a guia. -Se me permite, a Lady não me disse seu nome.

-Ana, Ana Elise

-É um belo nome. - Então ele começou a cavalgar por aquela longa estrada de barro, até que em um instante uma carruagem veio em nossa direção. ''Peraí, que?! uma carruagem? uma de verdade? igual dos filmes? meu Deus,só tem uma explicação para isso, eu devo ter usado drogas ou eu estou em coma do acidente e isso é um sonho... ou não, é tudo tão real. ''

Quando se aproximou, a carruagem parou e Christopher também parou o cavalo, um homem de chapéu colocou a cabeça para fora de uma janela que tinha na carruagem, ele era loiro, tinha olhos verdes e aparentava ter uns 26 anos .

-Christopher, meu amigo! Acabo de vir de sua casa, te esperei por 2 horas, onde estava?- disse o rapaz que parecia bem animado ao ver o amigo

-Perdão meu amigo, tive alguns problemas no caminho, se não for incômodo, poderia chamar o dr. Almeida? Infelizmente atropelei essa senhorita e ela precisa de um médico - Assim que me olhou, o rapaz tirou o chapéu e me cumprimentou e eu sem entender, também o cumprimentei, acenando com a cabeça.

-Claro, vou chamá-lo e depois volto para conversarmos.

-Fico muito grato - O Christopher deu um sorriso gentil e depois fomos embora, foi a primeira vez que eu o vi sorrir dessa forma, por algum motivo meu coração deu uma leve palpitada, seu sorriso era encantador.

Enfim chegamos na casa dele, era uma espécie de fazenda de rico, literalmente, pois era uma mansão, eu fiquei encantada com o local, mas durante a viagem a minha cabeça doía muito e eu me sentia tonta, a pancada deve ter sido realmente forte. Ele levou o cavalo para um local que tinha um tronco onde outros cavalos estavam amarrados, em seguida desceu e amarrou o cavalo lá, depois veio me ajudar a descer, o que me deixou meio envergonhada pois quando desci quase caí sobre ele e nossos rostos ficaram muito próximos, percebi que ele também ficou envergonhado.

-Desculpa, eu me sinto muito tonta - coloquei a mão na minha cabeça por conta da dor e só aí que eu fui ver que minha cabeça estava sangrando. Assim que vi minha mão com sangue, minha visão embaçou e eu pude sentir meu próprio corpo me puxando para o chão em seguida senti alguém me segurar, e apaguei totalmente, outra vez.

Um Amor De Outra ÉpocaWhere stories live. Discover now