Capítulo doze ✨

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Josh Beauchamp

É o quarto canapé que eu como. Vim dirigindo, não posso beber bebida alcoólica, mas posso comer o que eu quiser.

É isto!

O espaço é muito bonito. Pudera, o lugar fica no meio de um dos bairros mais nobres de Nova York.

O salão tem uns arranjos dourados, mesas com flores vermelhas e o nome de cada pessoa marcado.

Várias filiais da KID estão aqui. A nossa empresa é a mais famosa em fabricação de brinquedos.

Olho para o lugar e penso que, quando fiz finanças e contabilidade na faculdade, jamais imaginei que trabalharia em uma empresa de brinquedos. Mas, eles pagam tão bem, eu tenho meu próprio escritório. Quer dizer, meu e de Any, mas eu não estou reclamando. Trabalho em um andar que não tem praticamente ninguém.

É o sonho de qualquer cara.

Na mesa destinada a mim, Any e Marie, só eu me encontro aqui. Marie foi falar com não sei quem e nada de Any aparecer.
Ainda estou um pouco chateado por ela ter recusado minha carona. O que custava?

Penso em ligar para ela, devido a sua demora, mas desisto. Por que eu ligaria? Eu nunca liguei. Eu tenho o número dela, peguei com os dados da empresa, mas nunca liguei.

O carinha do canapé passa de novo e eu pego um. Ele me olha com raiva.

Relaxa aí, cara!

Penso enquanto mastigo fazendo minha melhor cara de presunçoso. Any odeia essa minha expressão e, por conta disso, eu amo fazê-la para ela.

— Com licença? Qual é o nome que está escrito ai mesmo? Maria? — Uma mulher morena de cabelos lisos, me pergunta apontando para o envelope em minha mesa.

Está escrito Marie em letra maiúscula e gigante, dá muito bem para ler. Pelo jeito que a morena pisca os olhos e mexe no cabelo, sei qual foi a intenção de vim aqui.

Abro um sorriso.

— Desculpa, está escrito Marie.

Ela faz um beicinho e eu tenho vontade de rir.

Foi fofo, vai?!

— Mas eu bem que gostaria que estivesse escrito Maria. É o seu nome, certo?

Ela ri.

Tá vendo Any, é fácil sorrir para mim!

— Eu gostaria de saber se... — Maria se interrompe porque alguém tromba nela, sentando na cadeira que ela segurava com as mãos. — Aí! Não me viu aqui, não?!

Acho que Maria ia se sentar ali.

— Desculpa — Any diz, nem olhando para cara da mulher e chamando o garçom, que passava com o champanhe, com as mãos.

Dou uma olhada nela enquanto ela percorre o salão com seus olhos curiosos.

Como não a vi chegar? Por que a pressa pra sentar?

Seu cabelo está seco e solto. Eu amo quando está assim. Seus cachos caem suavemente pelo seu ombro.

Espera? Ela está de vestido? Vestido longo, tapando toda a perna, mas mesmo assim. É um vestido.

Sua maquiagem está sutil, mas chique.

O rapaz da bebida chega, Any pega uma taça apressada e bebe tudo de uma vez, fazendo uma careta logo em seguida.

Eu e Maria, diacho ela ainda está aqui, arregalamos os olhos.

Any engole e diz para o garçom:

Contraste | beauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora