Maristeb - 16

1K 104 45
                                    

Olá meus amores, feliz Natal pra todas vocês e que estejam festejando ao lado da família e de quem vocês amam. Não revisei, mas queria deixar esse mimo para vocês!!!

O silêncio que tinha ali naquele mesa somente foi quebrado com a campainha soando novamente e logo que a empregada abriu a porta eles puderam ouviu o salto alto muito mais conhecido ali naquela casa do que eles gostavam e Estrela deu um breve sorriso de maldade querendo saber a reação de Maria e do próprio pai. O vestido escandaloso foi o primeiro a ser visto e o sorriso que trazia no rosto sumiu assim que viu a presença de Maria ali.

— Boa noite! — tentou ser o mais normal que pode. — Que bom que estamos todos aqui reunidos, eu serei breve porque sei que não me querem na família e muito menos dentro dessa casa! — começou seu discurso e logo voltou seus olhos para Estevão. — Eu ainda estou sem entender a sua atitude comigo de dias atrás e por isso só vim dizer que estou grávida!

E os olhos de Estevão no mesmo momento buscaram os de Maria que já estavam cheios de lágrimas... Grávida? Ela estava grávida de Estevão e mesmo sabendo que isso poderia acontecer já que os dois tinham um relacionamento, ela não queria, não queria que ele tivesse um filho com outra mulher e sua vontade foi levantar e sair correndo dali, mas não era mais uma menina e sim uma mulher adulta que tinha que ouvir e aguentar qualquer coisa naquele momento.

Maria respirou fundo e olhou para frente, não queria mais olhá-lo e ele voltou seu olhos para Ana Rosa que tinha a mão na barriga e um grande sorriso nos lábios era a sua grande chance de segurá-lo e não deixaria que nada atravessasse seu caminho: Nem mesmo Maria. Ele a olhava e não conseguia acreditar que teria mais um filho, não com ela, Estrela assim como Heitor ficou de pé e os encaram com o rosto vermelho.

— Isso só pode ser um golpe da barriga! — Estrela gritou.

Ana Rosa como já tinha tudo pronto para aquelas possíveis acusações, abriu sua bolsa e tirou de dentro um envelope.

— Aí está o exame de sangue e antes que digam que eu o forjei... — sorriu. — É na clínica que todos vocês passam e o médico é da confiança de seu pai!

Alba que ouvia atentamente as palavras dela se levantou e disse:

— Eu acho que as emoções nessa casa estão todas a flor da pele e quero que vocês respirem e sentem-se para jantar...

— Eu não vou sentar à mesa com uma pistoleira! — Estrela falou com ódio. — Já basta ter que olhar pra essa contratada! — olhou para Maria com os olhos queimando de ódio.

Maria respirou fundo e por fim tomou coragem para ficar de pé e olhou a todos.

— Você tem razão, Estrela! — respirou fundo mais uma vez e olhou para Alba. — Eu sei que seu convite foi de coração, mas foi um erro ter aceitado! — pegou suas coisas e caminhou para a saída.

Alba não pensou duas vezes e foi atrás dela assim como Estevão ameaçou ir mais Ana Rosa o segurou ali junto a ela, não iria permitir que ele fosse atrás daquela mulherzinha e acabasse com seu momento.

— Precisamos conversar Ana Rosa! — ela concordou com a cabeça. — Mas não agora! — se soltou dela e caminhou saindo dali.

Ela olhou para os filhos dele e Estrela deu um sorriso de deboche para ela.

— Esse filho não vai segurá-lo e você já sabe por quê! — desdenhou.

— Um filho é um filho! — ela falou e logo virou as costas para ir atrás de Estevão.

Já do lado de fora Maria se surpreendia com a presença de Estevão já que ela ainda conversava com Alba sobre o que tinha se passado, conversava não, ela se lamentava por ter aceitado aquele convite e agora estava ali de frente para ele. Estevão tinha a respiração acelerada ao se aproximar bem dela, sem se preocupar com a presença de sua tia, ela quase que podia sentir o corpo dele querer colar ao dela.

— Você quer me enlouquecer? — a mão tocou o braço dela sem que ele conseguisse evitar aquele contato que tanto sentia falta.

— Não e justamente por isso estou indo embora da sua casa e da sua vida! — se afastou do toque dele. — Ana Rosa está lá dentro te esperando! — virou caminhando para ir pro outro lado do carro.

Ele olhou para trás e já não tinha ninguém ali, Alba tinha segurado Ana Rosa dentro de casa porque sabia que os dois tinham que conversar. Estevão caminhou até Maria e a segurou por trás a sentindo tremer em seus braços de imediato com o toque de seus corpos, ele cheirou seus cabelos se embriagando com aquele perfume maravilhoso que somente ela tinha e ela se deixou perder em seus braços.

— Você me enlouquecer... — falou com a voz rouca em seu pescoço. — Maria...

— Me deixe ir, Estevão... — pediu numa súplica, mas não queria ir de fato.

Estevão a virou para ele e tocou seu rosto a fazendo fechar os olhos com seu toque, sentia tanta saudade, mas sabia que as coisas iriam se complicar com a chegada de uma criança entre eles. Ela conhecia bem mulheres como Ana Rosa e sabia que ela não desistiria fácil e a prova estava naquela criança que ela tinha feito questão de esfregar na cara deles.

— Eu não consigo te deixar ir... — colou sua testa na dela e a mão dela por fim subiu pra seus cabelos.

— Não me deixe... — deixou seus lábios mais próximos ao dele. — Eu sinto tanto a sua falta!!

— Eu também... — confessou e sem conseguir mais resistir a puxou mais para si e a beijou.

Um beijo de saudade que renovava as esperanças em seus corações e ela o apertou mais em seus braços com medo que ele a deixasse depois daquele beijo, só que Estevão não tinha a pretensão de deixá-la naquele momento e a beijou com mais intensidade a apertando contra seu corpo e o carro que era mais uma testemunha daquele grande amor que crescia. O ar se fez preciso e mesmo que eles não quisessem se soltar era necessário, mas eles não se afastaram e respiraram juntos trocando alguns selinhos enquanto se acariciavam com saudade.

— Eu amo você! — ela falou com a respiração ainda acelerada. — Eu nunca pensei que pudesse cair em minha própria armadilha, mas eu caí e foi à melhor coisa que me aconteceu nessa vida!!

— Maria...

— Estevão, eu sei que você pensa que eu te enganei e de fato foi assim no começo, mas depois eu senti e sinto... — o olhou nos olhos. — Eu sei que você sente o mesmo por mim, mas também entendo que está confuso e agora tem um bebê no meio disso!

— Eu... Eu nem sei o que vai ser dessa história toda, mas eu preciso de você! — confessou mais uma vez.

— Eu estou aqui, mas você precisa se resolver com Ana Rosa, eu não vou ficar no meio de vocês dois! — acariciou o rosto dele e deu um beijo leve em seus lábios. — Eu preciso ir, mas você sabe onde moro e o meu telefone! — deu um meio sorriso.

— Eu não quero que vá! — a segurou mais junto dele.

— Mas é preciso pra que você resolva suas coisas com ela... — o abraçou forte e ele retribuiu da mesma maneira. — Eu amo você!

Maria deu vários beijinhos nele até que chegou a seus lábios e mais um beijo foi trocado entre eles e ela se afastou, entrou no carro e dali saiu com o coração apertado, mas com a certeza de que teriam uma chance. Ele a olhou ir e somente entrou em casa quando o carro sumiu, tinha outro assunto pra resolver e sabia que não seria fácil...

A CONTRATADA - MyEWhere stories live. Discover now