Capítulo 19

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Kagome
Não podia estar acontecendo, o que aquele homem fazia aqui? Assim que ouvi a voz de Sesshoumaru tratei de voltar ao normal e me dirigi ao banheiro, notando que não havia mais ninguém no banheiro, molhei as mãos e passei uma água no rosto para me acalmar.
- por que Kouga está aqui? Droga, agora que estava dando uma chance a mim mesma ele tinha de aparecer? Não importa, esqueça isso e finja que não o conhece. – disse a mim mesma antes de retornar para aquela mesa.
Voltei para a mesa e cumprimentei de forma adequada os dois homens e permaneci em silêncio até o fim daquela reunião, depois voltamos para a empresa aonde fiz o que deveria para Sesshoumaru. Depois do final das reuniões seguimos para o mercado aonde era divertido ver Sesshoumaru todo perdido usando terno.
Algumas mulheres o olhavam maliciosamente e outras o achando estranho por estar de terno, quando ele perguntou o que era engraçado não evitei em dizer o que pensava e ele me surpreendeu ao dizer que era meu namorado.
Ele estava deixando claro o tipo de relação que tínhamos e não posso negar que isso me agradou, ainda mais o seu jeito possessivo em querer que eu diga que ele é meu namorado para afastar outros. Terminamos de escolher os ingrediente e seguimos para o caixa, mexi em minha bolsa para pagar e em seguida senti a mão de Sesshoumaru sobre a minha.
- eu pago. – disse e eu fui reclamar quando ele não permitiu. – eu não sei nada de cozinhar mais pelo menos irei levar os ingredientes. Não adianta resmungar. – disse a estendendo o cartão de crédito para a moça do caixa. Sabendo que não teria jeito, aceitei, após pagar levamos as compras para o carro.
- vamos pegar Rin antes? – perguntei assim que entramos no carro e após colocar o cinto ele deu partida.
- Sim, pegamos Rin e no caminho Shippou. – disse prestando atenção no volante.
- buscar Shippou? – perguntei e ele assentiu, afinal não era o mesmo caminho e ele teria de dirigir um pouco mais.
- vamos paga-lo e assim Rin e Shippou poderão brincar. E seu irmão terá um tempo para ele e a namorada a mais. – disse e eu sorri. Ele tinha razão.
- está bem. – respondi.
Passamos na escola de Rin e a pegamos, algumas crianças perguntaram a Rin se eu era a mãe dela e pude notar a sua tristeza ao responder que não tinha mãe. Mas dentro do carro ela já estava mais animada falando do que tinha aprendido e me perguntando coisas que estava em dúvida. Em seguida pegamos Shippou que ficou muito feliz e os dois falavam animadamente no banco de trás.
Chegamos em casa e pedi para Sesshoumaru não reparar já que a casa era pequena, Rin e Shippou foram brincar e com a ajuda de Sesshoumaru levei as compras para a cozinha. Conversamos enquanto eu preparava o jantar.
- Rin parece sentir muito a falta de uma mãe. – comentei e o vi um pouco triste.
- acredito que sim, Rin nunca soube o que é ter uma mãe. Talvez isso tenha a influenciado a se afastar de mim. – disse sem me olhar.
- você nunca me falou sobre a mãe de Rin. Desculpe perguntar mais o que aconteceu a ela? – perguntei e ele suspirou.
- a mãe de Rin foi embora quando Rin tinha quatro anos. Não a vimos desde então. – respondeu amargurado, não sabia o que dizer. – talvez tenha sido culpa minha já que eu exigia muito dela e não aceitava o tipo de vida que ela desejava. – completou.
- exigia muito? – questionei e ele suspirou me encarando.
- eu queria que ela fosse responsável e cuidasse melhor de Rin. Eu queria uma esposa e uma mãe para minha filha, mas ela só queria o luxo que eu poderia a oferecer. Como me recusei a lhe dar os luxos ela nos deixou, pediu o divórcio conseguindo um acordo alto e nunca mais a vi. – disse e eu podia entender como ele se sentia.
- eu sinto muito. Mas Rin está melhor sem ela, acredite. Rin aprendeu e ainda está aprendendo valores e caráter, sua filha jamais se tornará como a mãe. Não deveria se sentir culpado e sim grato por ter conseguido proteger sua filha de uma mulher que não soube o que significa ser mãe. – disse e dei as costas a ele para colocar alguns legumes na panela.
- você tem razão. – respondeu, sorri um pouco triste. Eu também deveria pensar assim, Shippou está melhor sem o pai.

Sesshoumaru
A cada vez que permaneço mais ao lado de Kagome mais me surpreendo em como ela compreende Rin e eu, ela tem nos unido e nos tornando uma família de verdade. A vi colocar alguns legumes na panela e já que estávamos no assunto resolvi perguntar também.
- e o Shippou? Ele não sente falta de um pai? – perguntei e ela me olhou triste enquanto picava a carne.
- como qualquer criança, sim ele sente. Mas diferente de Rin ele não conheceu o pai, para ser sincera espero que ele nunca o conheça. – respondeu.
- por que? – perguntei e ela suspirou.
- o pai de Shippou foi capaz de abandonar o filho que nem se quer havia nascido, nunca se mostrou interessado em conhecê-lo. Passei por tudo sozinha e espero que possa ensinar meu filho a nunca abandonar uma mulher que carregue seu filho. Quero que meu filho tenha caráter e nunca faça o que o pai fez. – respondeu, não podia julga-la, ela provavelmente sofreu muito estando sozinha e sem dinheiro, dependendo muito do irmão para tudo.
- entendo. Shippou é um bom garoto, você o está criando bem. – disse e ela sorriu.
- obrigada. Poderia provar? – perguntou me estendendo uma colher com molho.
- claro. – respondi  peguei a colher provando. – está delicioso. – disse e ela sorriu.
- que bom. Já está quase pronto. – disse e passamos a falar sobre coisas aleatórias e a nos conhecer mais e mais, assim que a janta ficou pronta chamamos Rin e Shippou para jantar.
Passamos uma noite agradável e acredito que para as crianças éramos como uma família tendo uma refeição junto. Já era passada das onze da noite quando me despedi de Kagome e carreguei Rin para o carro.
- chegue em segurança. – disse me olhando.
- lhe mandarei uma mensagem quando chegar. Vá descansar. – disse lhe dando um selinho, em seguida entrei no carro e a vi entrar em sua casa antes de partir para a minha.
Assim que cheguei, levei Rin para seu quarto e a deitei cuidadosamente em sua cama a cobrindo e depositando um beijo em sua testa. Me afastei e desliguei a luz pronto para fechar a porta.
- papai. – chamou Rin e me virei para ela.
- deveria estar dormindo. – disse e vi ela abrir um olho.
- eu vi o senhor beijar a senhorita Kagome. Isso quer dizer que ela será minha mamãe? – perguntou inocentemente.
- eu não posso prometer, Kagome e eu estamos nos conhecendo e não queremos magoar você é Shippou se não der certo. – disse me aproximando.
- eu vou torcer para a senhorita Kagome se tornar a minha mãe e Shippou se torne meu irmãozinho. Pareciamos uma família hoje. – disse sorrindo, me abaixei ficando a beira de sua cama e a olhei.
- não quero que se magoe filha. Quando tiver certeza da minha relação com ela você é Shippou serão os primeiros a saber, está bem? – perguntei e ela sorriu.
- Sim. Te amo papai. – disse esticando os braços, me aproximei e ela me abraçou, correspondia seu abraço.
- também te amo minha filha, agora vá dormir. Tem aula amanhã. – disse e ela me soltou.
- Boa noite. – disse fechando os olhos.
- Boa noite. – me levantei e fechei a porta e segui para meu quarto.
- eu também desejo que Kagome e Shippou se tornem parte de nossa família minha filha. – disse a mim mesmo antes de seguir para o banheiro e tomar um banho.

Notas da autora

Olá, obrigada a todos que estão votando e deixando seus comentários

Desculpe a demora, mas com o final de ano se aproximando eu acabo ficando na correria para arrumar algumas coisas e fico sem tempo para escrever o que me faz demorar mas postagens

Kiseu😘😘

Love AgainWhere stories live. Discover now