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POV Anastasia


Quando chagamos na clínica, Prescott já estava a minha espera, eu me esforcei muito para controlar o choro e quem sabe assim pudesse me acalmar. Mas eu simplesmente não conseguia, daí eu chorava por não conseguir me acalmar. Não senti nada além da fisgada no ventre e cansaço nas pernas. A minha médica/anjo da guarda foi espetacular fazendo o sangramento parar. Tio Taylor e meu pai estavam com caras de poucos amigos, minha mãe com o rosto vermelho provocado pelo choro e eu não estava diferente. Aos poucos a medicação no soro parecia me dar sono.

- Descanse Dra. Steele.

A voz é familiar mas deve ser um dos enfermeiros. Logo senti um leve carinho no meu rosto depois dormi.



Acordo meio desorientada  mas logo percebo que estou na clínica e quando lembro o motivo de estar aqui levo as mãos ao meu ventre e suspiro aliviada por estarmos bem. Olho para o lado esquerdo e me surpreendo ao ver quem está no sofá dormindo todo torto.

Não tenho noção do tempo, por isso a melhor distração é admirar enquanto ele dorme. Quem contou a ele que estou aqui? Como ele soube?

- Ana? - Ele me tira dos meus pensamentos.

- Oi! - Não sei o que dizer.

- Você está bem? Está sentindo alguma coisa? Por que não me chamou quando acordou? - Pergunta vindo até mim.

- Estou bem. Como... Por que você está aqui? Dormir nesse sofá pode ter destruído a tua coluna. - Comento com receio do que ele pode me falar.

Ele me olha nos olhos com tanto carinho, senta na beirada da cama, segura minha mão e diz:

- Que bom que vocês estão bem. Esse sofá é realmente prejudicial para quem dormir nele. - Rimos juntos.

- Vou chamar a Prescott para te avaliar. - Ele diz.

- Espera Boyce, você não me contou o motivo de está aqui.

- Eu estava de saída quando vi você dando entrada, falei com o Taylor e ele me contou o que houve. Eu fiquei aqui para a Leila ir em casa e voltar. Na verdade não dormi tanto tempo assim, ela já deve estar chegando.

- Poxa! Obrigada Boyce. - Falo realmente grata.

- Pelo quê? - Pergunta confuso.

- Por você não me fazer perguntas. E também por ser um bom amigo e ficar aqui ao invés de aproveitar o seu descanso. É bom ter você aqui. - De fato gosto da companhia dele.

Ele ri, diz que não preciso agradecer e que vai chamar a Prescott. Demora pouco e a priquê entra como um furacão, a julgar pelo comportamento dela sei que aconteceu algo.

- Ei o que houve? - Indago curiosa.

- Nada de importante. - Ela vem até mim. - Como está se sentindo? - Pergunta pondo a mão na minha barriga e fazendo um carinho, isso me faz abrir um sorriso.

Agora tudo que se refere ao meu filho ou filha, com exceção do pai, me faz estampar um sorriso no rosto.

- Acordei a pouco tempo, fiquei surpresa quando vi o Boyce dormindo no sofá. - Arqueio a sobrancelha direita num tom interrogativo.

Lógico que ela se fez de desentendida.

- Eu precisei ir em casa pegar umas roupas para você.

Resolvendo o Passado Where stories live. Discover now